Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A história de uma barda


"Ele está vivo?” – perguntou o mercador ao jovem guerreiro que o acompanhava.

“Sim” – o jovem respondeu – “Mas por muito pouco”.

“Vamos levá-lo” – o mercador respondeu – “Se for a vontade de Pelor, ou do deus deles, ele viverá... se já viveu até aqui...”

Eu costumo pensar que aqui se iniciou minha história.

Bons visitantes e companheiros de jornada, nada mais justo que eu lhes revele e conte um pouco de minha história. Há 35 anos, ao sul do continente de Lantos, no inóspito deserto de Kamaro, eu nascia e me tornava mais uma das filhas da tribo de Myrra, a primeira meio-elfa entre seus habitantes. Antes disso, no entanto, muito havia acontecido. Um dragão azul assolava a região havia algum tempo, e boatos de que ele continha em seu tesouro um importante artefato mágico élfico atraiam os mais diversos aventureiros em seu encalço. Em um desses grupos de aventureiros estava meu pai, Anastrel.
Quando um mercador de Myrra o encontrou, ele já estava praticamente morto. Seu grupo abatera o dragão mas a busca mostrara-se trágica: todos haviam sido mortos pela criatura, exceto por meu pai. Ferido e já sem meios para curar-se, ele saiu do covil da criatura e andou por alguns quilômetros antes de cair inconsciente. Foi um milagre (ou como minha mãe diz, foi o destino) que fez com que o mercador o encontrasse pouco tempo depois.

Trazido para nossa tribo, ele foi tratado por Leora, uma das mais estimadas bardas de nossa comunidade. Todas as mulheres de Myrra são treinadas para cuidar de doentes e feridos, auxiliando os poucos clérigos com que contamos. Leora, que contava e conta com o dom da visão, havia sonhado no dia anterior que encontraria no deserto uma pessoa que mudaria o seu destino e o destino da tribo de Myrra... quando acordou e viu que um mercador trazia de sua viagem um elfo semi-morto, sua surpresa foi grande...

Não fica difícil prever o que se sucedeu para que meu nascimento se desse, um ano depois desse acontecimento. Meu pai, antes disso, havia retornado ao covil do dragão e não encontrara o artefato que procurava. Pior do que isso, o tesouro havia sido avariado, sendo óbvio que alguém mais havia passado por ali. Tudo o que restara eram gemas e uma grande quantidade de moedas de ouro, mas no deserto o ouro não possui tanta importância...

O autor deste “saque” revelou-se após o meu nascimento. Um clã de meio-dragões que venerava o dragão azul morto pelo grupo de meu pai recolhera-se após sua derrocada, esperando fortalecer-se para dominar a região. O ataque deles foi súbito, mas não inesperado, graças ao talento de minha mãe. No entanto, o clã havia aliado-se a uma bruxa da noite. Esta desejava o poder de visão de minha mãe, que havia se tornado conhecido para além da tribo de Myrra. Naquele dia, eu e ela quase fomos levadas (pois a bruxa acreditava que eu também possuía tal talento) e nossa tribo sofreu graves perdas. Mas fomos salvas por meu pai. Nas semanas seguintes, ele e minha mãe tiveram um papel central no afastamento e aniquilamento dos meio-dragões. E o artefato que meu pai procurava, um poderoso arco feito por seu avô, foi finalmente recuperado.

Apesar dos eventuais problemas que tínhamos, eu cresci e vivi anos felizes em Myrra, embora a vida no deserto não seja fácil. Fui treinada por minha mãe para ser uma barda como ela. Um dia, porém, quando completava meu vigésimo nono aniversário, minha mãe teve uma visão que a exauriu fisicamente e ela desmaiou. Ao acordar, ela disse que eu deveria partir, e seguir buscando um homem, um paladino chamado Evan. Meu pai e ela discutiram acirradamente, embora ele soubesse que o coração de minha mãe também estava aflito, e ele não quis permitir a minha partida. Mas, havendo herdado o dom de minha mãe, como a bruxa havia previsto, eu acreditava em destino. E, no meu coração, eu também sabia que deveria partir. E eu sabia que deveria ir sozinha.

Eu os deixei, amedrontada, mas sabendo que era o certo a se fazer. E foi assim que tudo começou...

5 comentários:

  1. Uma história e tanto a sua, amiga Astreya. Creio que deveria ser contada também nos salões de Valhalla, nos "Contos de Asgard".

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  2. Tens razão, amigo Frodo! Conversarei com o venerável Odin sobre isto!

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  3. Tu mereces a fama que tens, nobre Astreya. Fascinante é tua história, e como mestre Frodo disse, seria muito bem vinda entre os Contos de Asgard.

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  4. Você vem de uma nobre linhagem, barda Astreya; durante minhas viagens, encontrei várias pessoas do honrado povo de Myrra, e estou certo que eles se orgulham muito da "Estrela do Alvorecer" que nasceu nas areias de Kamaro.

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  5. Obrigada, bom ranger... espero que eles estejam bem. Se for de sua vontade, nobre Odin, enviarei minha história para que a publique em seus salões.

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