Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

quinta-feira, 31 de março de 2011

Ennio Morricone - A Missão


Ennio Morricone é um compositor e maestro italiano nascido em 10 de novembro de 1928. Foi responsável pela trilha de mais de 500 filmes e séries televisivas, e depois de muitos anos sendo apenas indicado ao oscar e nunca ganhá-lo, em 2007 recebeu uma das estuetas douradas, um oscar honorário entregue a ele por Clint Eastwood. No entanto, minha opinião é de que ele deveria ter ganho tal prêmio em 1986, por esta razão:


On Earth as it is in heaven - Ennio Morricone (The Mission)


Falls - Ennio Morricone (The Mission)


Brothers - Ennio Morricone (The Mission)

Uma das mais belas trilhas sonoras já composta.

terça-feira, 29 de março de 2011

Blind Guardian em nossas terras!


Recentemente, fiz a feliz descoberta de que os incríveis bardos do Blind Guardian estarão no Brasil para quatro apresentações em locais bem distintos:

Porto Alegre
Data: 6 de setembro (terça-feira)
Local: Opinião

São Luís
Data: 8 de setembro (quinta-feira)
Local: Trapiche

São Paulo
Data: 9 de setembro (sexta-feira)
Local: CTN (Centro de Tradições Nordestinas)
Venda online: Ticket Brasil

Curitiba
Data: 10 de setembro (sábado)
Local: Curitiba Master Hall
Venda online: www.diskingressos.com.br

Como não podia ser uma barda egoísta, espalho a notícia a quem ainda não sabia e deixo-lhes com uma canção do novo álbum da banda:


A Voice in the dark - Blind Guardian

sexta-feira, 25 de março de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 7)


As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 7)

Por ODIN

Mesmo sentindo-se atordoado pelo efeito da luz púrpura que iluminava o salão, Oyama não hesitou e correu em direção ao gigante do fogo. O gigante rosnou e esperou pacientemente até que o monge estivesse próximo o bastante.

Quando julgou ser o momento certo, o gigante desferiu um poderoso golpe em forma de arco horizontal contra Oyama usando seu pesado martelo de ferro. Habilmente, Oyama projetou seu corpo para trás se abaixando, fazendo com que o martelo passasse a poucos centímetros de sua testa. Em seguida, o monge contraiu seus músculos e projetou seu corpo para frente, colocando-se novamente em posição de combate.
- Meu amigo Hargor me ensinou a lidar com sua escória, cão! – gritou Oyama dando um salto para frente para encurtar a distância entre ele e seu oponente já preparando um de seus poderosos chutes.
O gigante rosnou novamente e se esquivou para o lado no instante em que o chute de Oyama iria atingir seu joelho. Oyama se surpreendeu com a esquiva, mas já se virou novamente de frente para o gigante, apenas para receber o impacto do pesado martelo de ferro atingindo ferozmente suas costelas do lado esquerdo.
- Filho da... – praguejou Oyama enquanto era arremessado com a força do golpe do gigante.

Devido a sua vasta experiência em combate e graças aos treinos que recebeu em Darakar, Oyama fez um rolamento que amorteceu completamente o impacto que ele levaria na queda. Quando começou a se recobrar, viu o gigante caminhando pesadamente em sua direção. Neste instante, Oyama conteve seu impulso de se atirar novamente no gigante e esperou.

O gigante do fogo se aproximou de maneira lenta e bastante ordenada. Ao ver que Oyama não esboçava nenhuma reação, ele ergueu seu martelo e desferiu um golpe vertical de cima para baixo que esmagaria o crânio do monge. No instante exato, Oyama se deslocou para a esquerda apenas para evitar o impacto do martelo, e desferiu um soco com toda sua força na mão do gigante no instante em que o martelo atingiu o chão.

Oyama pôde ouvir o som dos dedos do gigante se quebrando enquanto ele largava o pesado martelo no chão. O gigante estava levemente abaixado, e quando Oyama se preparou para desferir mais um golpe no joelho direito do monstro, sentiu a enorme cabeça do gigante se chocando violentamente com a dele. A cabeçada que o gigante dera em Oyama fez com que o monge se desequilibrasse, e neste instante exato o gigante do fogo usou sua outra mão para tentar esmagar Oyama.

Mesmo com a cabeça sangrando e a visão começando a turvar, Oyama conseguiu se esquivar do pesado punho do gigante, e usando toda a força e equilíbrio que ainda possuía, deu um salto e desferiu um forte soco vertical de baixo para cima, fazendo seu punho explodir dolorosamente nas genitálias do gigante.

O gigante do fogo urrou de dor, mas ainda manteve presença de espírito suficiente para chutar Oyama violentamente em seu flanco direito, arremessando o monge para longe.

Oyama tentou fazer o rolamento como antes, mas agora, com suas costelas quebradas dos dois lados, caiu como uma pedra no chão. O gigante momentaneamente se ajoelhou de dor, e por mais que tentasse, não era capaz de carregar seu martelo com a mão direita, pois três de seus dedos foram completamente esmagados. Ele desferiu mais um grito de fúria, se levantou e agarrou o martelo com sua outra mão. Oyama lançou um cuspe cheio de sangue e também gritou quando se colocou de pé.

- HAHAHAHAHAHA - gargalhou sadicamente o demônio que observava tudo com um deleite completamente doentio – muito bom! Muito bom MESMO!

O gigante começou a caminhar em direção ao monge, mas desta vez, cambaleava e tropeçava, como se a dor lancinante que ele sentiu por causa do golpe de Oyama o fizesse ser mais afetado pela perturbadora luz púrpura.
- Quebrei sua concentração – sorriu Oyama enquanto cuspia um dente no chão – já é um começo...
Ignorando a dor, Oyama correu na direção do gigante. Ele sabia que teria apenas um golpe, mas contava que o gigante estaria mais lento agora e que não seria tão hábil usando o martelo com a mão esquerda. Se ele fosse capaz de saltar uma vez e se apoiar no joelho do gigante para um segundo salto, conseguiria fazer seu punho atravessar um dos olhos do gigante, acabando de uma vez por todas com o maldito.

Quando Oyama se aproximou e deu o primeiro salto, o gigante girou o corpo para trás, na tentativa de atingir Oyama em cheio nas costas, quebrando assim a espinha do monge. Em pleno salto, Oyama percebeu a estratégia do gigante, mas não havia nada a fazer; se ele fosse mais rápido, evitaria o martelo e mataria o gigante. Se não, ele teria mais um ou dois segundos de vida.

Neste instante, um pequeno clarão azulado surgiu no salão, e Oyama pôde ver Tallin saindo dele com seus trajes rasgados e um brilhante anel azul em um dos dedos.

- PAREM! - gritou a elfa com toda a força de seus pulmões – Oyama, Hargor, parem com isso AGORA!!!

terça-feira, 22 de março de 2011

A Cavalgada das Valquírias




Ela já foi usada em "Apocalypse Now" e não faltam referências a ela na cultura pop. Isso prova apenas que a famosa "A cavalgada das Valquírias", do compositor alemão Richard Wagner (1813 - 1883) não perdeu sua força e o impacto de sua bela melodia continua a maravilhar-nos!

Que as valquírias cavalguem nos céus de Asgard e Midgard e que esta canção possa povoar nossas mesas de RPG embalando grandes batalhas!

quinta-feira, 17 de março de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 6)


Boa tarde, caros visitantes! Com grande honra, trago-vos neste dia a sexta parte do capítulo VII das Crônicas de Elgalor. Boa leitura e que os ventos da boa sorte estejam convosco!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 6)

Por ODIN.

- É o melhor que você pode fazer? – gritou Oyama em meio a mais absoluta escuridão – Eu já vi meretrizes que batem mais forte do que isso!

Oyama estava cercado por dúzias de corpos de criaturas humanóides disformes, repletas de tentáculos, garras e dentes afiados. O monge guerreiro estava meramente escoriado, e sua voz ecoava desafiadora por todo o salão escuro.
- É SÓ ISSO? - gritava Oyama.

- Está orgulhoso de si mesmo, “monge”? – ecoou uma voz sinistra vinda das paredes laterais do salão - Estes são os mais fracos de meus servos. Se quer mais desafio...

Neste momento, um portal avermelhado surgiu na frente de Oyama, a cerca de meio metro do monge.
- ... entre no portal e me enfrente – continuou o demônio.
Oyama deu um passo à frente. E em seguida, cuspiu dentro do portal.
- Ao contrário do que aquele mago maricas diz, eu não sou idiota – respondeu Oyama dando mais um cuspe - Não vou passar por este portal.
- Então você é um covarde? - provocou o demônio.
- Por que você não vem para cá então, todo poderoso arquilorde das trevas? -riu Oyama – Ah, me esqueci... Você só pode ficar tagarelando como uma lavadeira, não é?
- Eu poderia esmagá-lo como uma de suas pulgas, humano patético – respondeu o demônio - mas já que você não é homem o bastante para vir até mim, vou lhe dar um desafio mais adequado.

- Ande logo então – disse Oyama – não tenho o dia todo.
- Mas para o seu azar, capacho dos anões – respondeu o demônio ironicamente – eu tenho. Eu poderia mandar milhares de meus servos mais fracos até que eventualmente você caia de exaustão e seja devorado, mas isso dificilmente seria divertido de se ver.
- No seu lugar, eu me preocuparia mais em matar a gente do que me divertir – respondeu Oyama ficando impaciente – É por isso que sempre lavamos o chão com a sua corja. Vocês são tão arrogantes que ficam estúpidos. Mais estúpidos.
- Fala o “monge” que mal sabe recitar um mantra, e que passa mais tempo em brigas de taverna do que em reflexão sobre a própria existência ridícula – provocou o demônio.
- Normalmente deixo estas coisas frescas para o Aramil – disse Oyama – Se quiser conversar, sugiro que vá até ele, porque eu não tenho mais paciência nenhuma para agüentar suas baboseiras.

- Eu faria isto, mas Aramil está... indisponível no momento – gargalhou o demônio – de qualquer forma, vocês estão sendo muito egocêntricos. Acham mesmo que a razão de ser de todos os “maus” é matar vocês?
- Então o que você quer? – perguntou Oyama ainda mais impaciente.
- Saborear um pouco de caos e dor alheia – respondeu o demônio enquanto um portal púrpura se abria poucos metros à frente de Oyama.
- Você vai enfrentar agora a criatura que matou Bulma – continuou o demônio – e por favor, esforce-se para durar alguns segundos. A bárbara me propiciou uma diversão maravilhosa, e espero que você faça isso ao menos em parte.

- Não acredito que Bulma ou Aramil estejam mortos – disse Oyama enquanto observava atentamente o portal por onde ele agora via a sombra de um grande vulto.
- Isso não faz a menor diferença, “monge” – respondeu o demônio em um tom suave e irreverente – porque muito em breve, você também estará morto.

Oyama saiu do meio dos corpos das criaturas que ele havia derrubado e entrou em posição de combate. Ele lutaria a sério agora para acabar logo com aquilo e depois ridicularizar o maldito demônio. “Se eu derrotar logo esta criatura, é sinal que Bulma também o fez” pensou Oyama.

Um pequeno clarão rompeu no salão, que agora estava levemente iluminado por uma pálida e atordoante luz púrpura. Oyama percebeu que a luz perturbava um pouco seus sentidos e noção de espaço, mas não se importou. Ele destruiria o que quer que o demônio jogasse contra ele.

Nisso, um gigante do fogo negro e de barbas e cabelos incandescentes saiu do portal. Ele era extremamente musculoso e carregava um enorme martelo de ferro frio, adornado com dezenas de mechas de barbas de anões. O gigante cambaleou por causa do efeito da luz púrpura, mas logo se recobrou e rosnou de forma bestial.

- Tente agüentar vivo ao menos dois minutos, Oyama... – gargalhou o demônio enquanto o monge e o gigante gritavam e corriam um na direção do outro...

terça-feira, 15 de março de 2011

Metal Ladies


Apenas uma homenagem, ainda que atrasada, ao dia das mulheres nesse mês de março! Um viva para essas mulheres que nos representam no metal com suas belíssimas vozes e muito talento.

Tarja Turunen, em Nemo - Nightwish


Sharon den Adel, em Faster - Within Temptation


Simone Simons, em Another me in Lak'ech - Epica


Vibeke Stene, em My Lost Lenore - Tristania


Cristina Scabbia, em Enjoy the Silence - Lacuna Coil


Parabéns a todas as mulheres que visitam este Cancioneiro!

sexta-feira, 11 de março de 2011

As Brumas de Avalon


São várias as versões existentes das lendas arturianas, mas alguns elementos clássicos como o mago Merlin, o cavaleiro Lancelot e sua amada Guinevere, a maligna bruxa Morgana Le Fay, além do próprio Arthur, é claro, estão sempre presentes.

No entanto, a versão apresentada em "As Brumas de Avalon", famosa série de livros escrita por Marion Zimmer Bradley, difere bastante dos contos que ouvíamos quando crianças. Nela, Morgana é uma heroína treinada para ser feiticeira em Avalon por sua poderosa mentora Vivienne, passando por uma história de dor na qual chega a gerar o filho do próprio irmão (por meio de uma infeliz armadilha no qual nenhum dos dois sabia o que estava fazendo, já que estavam mascarados), Arthur, um rei aqui retratado como um homem frágil e atormentado pelo fanatismo católico da mulher, Guinevere (Gwenhwyfar), que é por sua vez apaixonada por Lancelot. Existe uma reconstrução de toda a mítica arturiana nesta versão de Bradley, já que ela é focada e protagonizada em sua maioria pelas mulheres da trama, trazendo em grande parte a visão de Morgana sobre os acontecimentos que a rodeiam e o apogeu e a queda da terra mística de Avalon e do reinado de Arthur.

Para aqueles que não tiverem tempo ou paciência de ler os quatro volumes da saga, existe também um filme, não tão fiel à literatura mas interessante, com o mesmo nome da quatrilogia. Hoje trago para vós excertos de bela trilha sonora composta para esta película:


Igraine meets Uther/Arthur is born - Lee Holdridge


Morgaine grows up - Lee Holdridge


Morgaine's journey - Lee Holdridge

E aqui, a música tema da película (pela magistral Loreena Mckennitt) com algumas de suas cenas:


The Mystic's Dream - Loreena Mckennitt

A clouded dream on an earthly night
Hangs upon the crescent moon
A voiceless song in an ageless light
Sings at the coming dawn
Birds in flight are calling there
Where the heart moves the stones
It's there that my heart is calling
All for the love of you


A painting hangs on an ivy
Nestled in the emerald moss
The eyes declare a truce of trust
And then it draws me far away
Where deep in the desert twilight
Sand melts in pools of the sky
When darkness lays her crimson cloak
Your lamps will call me home


And so it's there my homage's due
Clutched by the still of the night
And now I feel you move
Every breath is full
So it's there my homage's due
Clutched by the still of the night
Even the distance feels so near
All for the love of you

domingo, 6 de março de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 5)


E mais uma vez, é com grande honra que apresento-vos, caros viajantes e visitantes,
a quinta parte do sétimo capítulo das Crônicas de Elgalor, no qual Astreya e Aramil lutam para sobreviver e encontrar uma forma de sair de sua prisão...

Boa leitura, e que os ventos da fortuna sempre vos acompanhem!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 5)

Por ODIN.

As criaturas rastejantes se aproximavam rápido, rosnando e gemendo. Elas se pareciam com reflexos distorcidos de pessoas deformadas, tinham grandes garras e presas e a pele fria e cinzenta. Aramil estendeu seu cajado e recitou um encantamento. Nada aconteceu.
- Maldição... – reclamou o mago – com você grudada em mim e seus pensamentos idiotas em minha mente, não consigo me concentrar o bastante.
- Ótimo! – exclamou Astreya aflita com sua espada em mãos enquanto as criaturas grotescas rosnavam ainda mais alto – Um mago que não consegue usar magias...
- Poupe-me do MEU sarcasmo, meio elfa – disse Aramil – digo, meio humana, e faça alguma coisa!

Astreya girou sua cimitarra mirando a primeira das criaturas que se aproximou, rasgando sua garganta em um golpe perfeito. Neste momento, a barda notou que a frieza de Aramil que estava lentamente se espalhando por seu espírito finalmente tivera alguma serventia. Outra criatura avançou sobre Aramil com suas garras, e o mago tentou bloquear o ataque com seu cajado. Seus reflexos de combate estavam mais apurados, e ele obteve êxito. Ainda assim, as criaturas estavam em um número muito grande, e seria apenas uma questão de tempo até que elas sobrepujassem os dois heróis.
- Cuidado! – gritou Astreya vendo que uma das criaturas desferiu um soco no maxilar do mago.
- Argh... –disse Aramil sentindo o punho da criatura lhe arrancar sangue de tal forma que o mago quase perdeu a consciência – Não vamos conseguir...
Antes de terminar sua frase, Astreya cortou a garganta da criatura que havia atacado Aramil, e o mago olhou para a barda e notou que ela não foi afetada pelo golpe que ele havia recebido. Os dois estavam presos um no outro e compartilhavam emoções e pensamentos, mas não os ferimentos que seus corpos recebiam. Ele ergueu seu cajado e antes que Astreya percebesse o pensamento dele em sua mente, bateu seu cajado de metal com toda sua força na nuca da barda.
Astreya caiu inconsciente, quase puxando Aramil para baixo. O mago bateu seu cajado no chão e disse para si mesmo:
- Finalmente um pouco de silêncio. Espíritos do fogo ouçam meu chamado e envolvam-nos em sua barreira protetora, e despejem sua fúria naqueles que desejam nos ferir.

Quando Aramil recitou a última palavra, um círculo de fogo surgiu do chão ao redor dele e da inconsciente Astreya, carbonizando instantaneamente todas as criaturas disformes que os cercavam. Assustadas e surpresas, as outras criaturas correram para as paredes fugindo do fogo.
- Assim é melhor – disse Aramil mantendo a barreira de fogo alta apenas por precaução – agora, basta encontrar uma saída daqui.
- Só há uma saída, mago egoísta -ecoou a voz do demônio por todo o salão – bem, na verdade, existem duas...
- Duas? -perguntou Aramil mantendo-se atento a qualquer alteração a seu redor.
- Sim – disse o demônio quase gargalhando de prazer – uma chave, no coração de cada um de vocês! Se quiser sair, basta arrancar o coração de Astreya! HAHAHAHAHAHA!
- Você não está falando com um retardado mental como Oyama ou Bulma, e nem com uma sentimentalista idiota como Astreya, cria do abismo! – Gritou Aramil – você vai ter que fazer muito mais do que isso para me enganar ou para me colocar em um dilema moral.
- Isso quer dizer que se o amuleto de Thingol não estivesse protegendo vocês contra minhas magias mais nefastas, você arrancaria o coração da barda, não é?
Aramil não respondeu.
- NÃO É? – perguntou novamente o demônio fazendo com que um forte vento soprasse em todo o salão – E você sabia, mago que todas estas criaturas que você matou eram prisioneiros inocentes, que foram... aprimorados pelas minha finas artes de tortura?
- Agora estou realmente emocionado – disse Aramil com seu habitual sarcasmo enquanto expandia seu círculo de fogo e queimava as poucas criaturas que ainda estavam vivas.
- HAHAHAHA! -gargalhou o demônio – vejo potencial em você, elfo. Mas isso não muda o fato de que você NUNCA vai sair daqui, pois nunca vai encontrar o portal.

Neste momento, Astreya começou a despertar.
- Aramil... seu... – disse Astreya enquanto se levantava.
- Eu não vou poder sair... –repetiu Aramil para si mesmo.
- Astreya, me ouça com atenção – disse Aramil – de certa forma, o maldito disse a verdade. Acho que a chave para sair está mesmo em nossos corações.
Nisso, o mago fechou os olhos e bateu seu cajado na própria cabeça, caindo inconsciente.
- HAHAHAHA, isso é ridículo! O verme ficou com tanto medo que se escondeu e abandonou você sozinha, Astreya. SOZINHA.
As palavras do demônio feriram a alma de Astreya mais do que qualquer espada poderia fazer com seu corpo. Ela odiava esta palavra. No entanto, ela se lembrou do que Aramil havia dito, e do que sua mãe sempre lhe ensinara:
- “A luz de uma pequena vela pode dissipar um pouco da mais densa escuridão” – repetiu a barda para si mesma, lembrando-se de seus amigos, sua família e principalmente, de seu amado Coran. Ela não estava sozinha.
Neste momento, Astreya sentiu seu coração repleto de amor e esperança, e um portal se abriu logo à sua frente.
- HUMPH! – bufou o demônio com desinteresse – Haverá um dia, Astreya, em que a luz de uma vela não será capaz de dissipar a escuridão. Eu deixarei vocês seguirem em frente apenas para que você sinta todo o desespero que esta verdade há de lhe trazer. Eu vi seu futuro, barda, e lhe garanto que se você soubesse o que o destino lhe reserva, você não sairia desta torre.
- Você não permitiu minha passagem, demônio – nós a conquistamos.
- Repita isso daqui há três dias, barda – disse o demônio fazendo o vento soprar mas forte – repita isso daqui há três dias...

Astreya o ignorou, e arrastando o corpo de Aramil que ainda estava preso ao seu, passou pelo portal.

sábado, 5 de março de 2011

Heaven and Hell - Vangelis


Diferente, interessante e belo. Assim gosto de definir este trabalho do compositor cujo modo experimental de compor sempre me agradou. Talvez nem todos os ouvidos possam gostar do modo como Vangelis experimenta, mas é inegável o fato de que tais canções nos despertam pelo menos sensações diferentes (e podem ser um interessante acompanhamento musical para aventuras de todos os gêneros!)


Symphony to the powers B - Heaven and Hell - Vangelis


Heaven and Hell 3rd mov. - Vangelis (Bastante conhecida por ter embalado a série Cosmos de Carl Sagan).

E, abaixo, meus dois excertos favoritos desta fascinante obra:


Heaven and Hell part 2 excerpt 2 - Vangelis


12 o'clock (Heaven and Hell) - Vangelis (Este trecho inclusive já foi tocado em um de meus pergaminhos - aconselho que ergam o volume e apreciem toda a beleza desta canção que é uma das peças musicais que mais gosto!)

Um bom carnaval para todos! E comprometo-me a, nas próximas semanas, consertar a falta de pergaminhos que vem acometendo o Cancioneiro!