Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

terça-feira, 28 de junho de 2011

Trilhas Sonoras Antigas I - Miklos Rozsa

Quando pequena, meu alter-ego teve contato com várias trilhas sonoras de antigos compositores e mestres da boa música, que emprestavam seu talento aos grandes contos e épicos do cinema em uma época áurea. Há tempos penso em escrever um pergaminho com esse tema, mas é fato de que tais canções são tão especiais para mim que frequentemente esperava estar inspirada para tanto.
Contudo, como a música é uma dádiva, vale mais a pena dividi-las! Nestes pergaminhas trarei algumas das canções mais inspiradoras de antigamente, junto com algumas informações sobre seus compositores. Hoje começo com meu compositor antigo favorito, o incrível Miklos Rozsa.

1 - Miklos Rozsa

Nascido em 1907 em Budapeste, compôs muitas músicas, balés e sinfonias antes de ser contratado pela Metro-Goldwyn-Mayer. Primeiro, compunha num estilo mais psicológico e noir, como na trilha sonora do filme Spellbound, de 1946, para depois adentrar uma fase marcada pelo estilo épico e religioso, inspirado num estilo grego-romano clássico. Isso se deve, claramente, ao fato de que muitos filmes daquela época possuíam cunho religioso e histórico. Existem poucos fãs do trabalho deste excelente compositor no Brasil, mas ele é referência (e com justiça!) de muitos compositores famosos, como Maurice Jarre e John Williams.

Abaixo, coloco excertos de suas duas trilhas sonoras que considero as mais bonitas: a do épico "Ben Hur" e do belíssimo "Rei dos Reis".


Star of Bethlehem - Miklos Rozsa (uma das melodias mais encantadoras e emocionantes que já escutei).


Fanfare to prelude - Miklos Rozsa (épica e impactante, já foi utilizada pela banda Manowar no início de seus shows!).


Prelude - King of Kings - Miklos Rozsa (Uma canção que certamente evoca sentimentos de elevação e glória, independentemente do contexto)

Espero que tais canções possam inspirá-los assim como assistir o capricho com o qual os prelúdios e introduções de filmes eram feitos antigamente me inspiram. Que possamos recuperar um pouco o encanto do cinema épico antigo em nossas aventuras! Independentemente de serem músicas compostas para filmes religiosos ou não, certamente estas canções podem ser utilizadas nos mais diferentes contextos e têm uma beleza atemporal.

sábado, 25 de junho de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 5)


Boa tarde, nobres aventureiros! É com grande satisfação que vos trago mais um capítulo das Crônicas de Elgalor. Sem mais delongas, espero que apreciem! Boa leitura e que os ventos da fortuna vos acompanhem.

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 5)

Por ODIN.

A porta dourada do grande salão real de Darakar se abriu. Respeitosamente, Hargor adentrou aquele que era o mais nobre e honrado de todos os salões do reino dos anões.
- Eu Hargor, filho de Darukan, o saúdo, grande rei – disse o clérigo fazendo uma reverência – trago comigo Coran Bhael, o Valente, filho de Bremen e rei de Sírhion, e Thingol Shaeruil, o Dourado, rei de Sindhar e Alto Rei de todos os elfos.
Coran e Thingol fizeram uma mesura em sinal de respeito e seguiram logo atrás de Hargor.
- Erga-se, bravo filho de Darakar – soou uma voz grave e poderosa – aproximem-se e sintam-se todos à vontade. Temos muito o que discutir - obviamente, aquela era voz de Balderk I, o Grande Rei dos Anões, e considerado, quase que de forma unânime, o mais poderoso guerreiro de toda Elgalor.
Balderk I estava usando sua armadura de batalha prateada e seu manto cinza chumbo. Sua longa e espessa barba branca estava bem penteada e presa em tranças com pequenas fivelas de prata, e ao seu lado jazia o Arauto das Tempestades, o poderoso machado de Balderk I, e um dos três grandes tesouros dos anões. Balderk possuía ombros largos e constituição robusta, até para os padrões dos anões. Mesmo tendo pouco mais de 1,50 metros de altura, seu semblante sério e experiente parecia esconder, atrás de sua imagem de austeridade, uma fúria capaz de colocar de joelhos até mesmo os mais cruéis gigantes do fogo. O Salão Real era adornado por diversas armaduras e armas perfeitamente criadas nas forjas dos mestres ferreiros de Darakar, e o trono era todo feito em mitral e adornado com runas discretas em outro e prata, que davam a ele um aspecto sóbrio e imponente. Logo no centro existia uma bela mesa retangular de ônix com seis lugares. No local apontado para Hargor, haviam dois rolos de pergaminhos, um pequeno pote de tinta e uma pena prateada. Balderk I levantou de seu trono e assumiu uma cabeceira da mesa central. Thingol Shaeruil assumiu a outra e Coran Bhael sentou-se à frente de Hargor.
- Como sabes, lorde Balderk – começou Thingol Shaeruil – temos menos de dois dias para realizar os preparativos para esta pequena, porém importante guerra. Portanto, vamos direto ao ponto.
- Eu estava apenas a vossa espera, Alto Rei de Sindhar – respondeu Balderk em tom austero e frio; ele era um homem que gostava de resolver seus assuntos de maneira rápida e direta, mas não admitia que alguém tentasse lhe dar ordens, muito menos em sua Casa – eu já tenho um local onde podemos realizar o combate de maneira honrada e nos preparar para a emboscada óbvia que iremos sofrer.
- O que tens em mente? – perguntou Coran percebendo que Thingol já demonstrava sinais de aborrecimento por não ter sido consultado a respeito daquilo.
- O Vale do Escudo Partido, onde travamos juntos uma guerra contra o último “rei demônio” dos orcs cerca de 300 anos atrás – respondeu o rei dos anões – meu povo possui passagens e túneis secretos que podem deslocar facilmente nossos homens em menos de um dia de Darakar até lá, e ainda estaremos sob as proteções mágicas das 7 Barreiras dos Antigos.
- Conheço o local e posso levar meu exército até lá sem sua ajuda – respondeu Thingol – e como este é um lugar bastante afastado de meu povo, e bem conhecido pelo seu, não me oponho a realizar o combate ali.
- E quanto a você, lorde Coran – perguntou Balderk ao rei de Sírhion ignorando o tom hostil de Thingol.
- Conheço a região pelos registros deixados por nossos povos – respondeu Coran – mas acho o local próximo demais de Darakar – poderia ser arriscado para seu povo.
- Estabelecemos barreiras poderosas com o trabalho árduo de nossos construtores e clérigos nos últimos 200 anos – disse Balderk de maneira séria mais muito mais cortês do que o tom que costumava usar quando conversava com Thingol – estaremos bem.
- Meus exércitos marcharão pelo leste – respondeu Thingol – Bheleg os conduzirá através da Floresta dos Elementais e pelas Planícies do Sol. Eles estarão lá em cerca de um dia e meio.
- Completamente expostos – apontou Balderk – no caminho E no local da batalha.
- Nem os orcs seriam estúpidos de julgar que iríamos até lá sem nossos exércitos, Senhor dos Anões – respondeu Thingol – seria tolo achar que estaríamos ocultos estando apenas encobertos por túneis escuros e algumas proteções mágicas menores.
- Menores!? – rugiu Balderk golpeando a mesa – Talvez, Thingol Shaeruil, você devesse...
- O que Thingol quis dizer – apressou-se Coran antes que a situação fugisse do controle – é que os únicos locais que sabemos estar seguramente protegidos contra observações mágicas são Darakar, Sírhion e Sindhar. Eu enviarei os Cavaleiros da Lua de Sírhion em seus pégasos pelo oeste, atravessando o mar de Prata. Bheleg e eu levaremos apenas um quinto de nossas forças, deixando a maioria de nossos homens para proteger Sírhion e Sindhar caso nossos reinos sejam atacados.
- E a magia de Thingol fará com que esta pequena força pareça substancialmente maior para eventuais espiões e observadores – concluiu Balderk ainda com vontade de fechar os dedos no pescoço de Thingol pelo comentário arrogante do rei de Sindhar.
- Farei um acordo com os espíritos da Floresta dos Elementais – completou Thingol sem preocupação alguma por ter ofendido Balderk – estou certo de que nos ajudarão. Após nós dois derrotarmos o avatar de Gruumsh, nossos exércitos esmagarão seus homens, não importa quantos orcs ele traga consigo.
- “Nós dois” – disse Balderk propositalmente fingindo uma pequena gargalhada – Isto será um combate entre guerreiros, mago! Mesmo eu sei que na tentativa de garantir que não haja interferência, os porcos usarão barreiras mágicas que colocarão um conjurador em completa desvantagem.
- Eu agradeço-te por compartilhar teus vastos conhecimentos sobre magia arcana, ANÃO – disse Thingol de maneira claramente depreciativa – mas a decisão sobre quem irá representar os elfos não te diz respeito algum!
- Esta é a segunda vez que me enfurece, ELFO – disse Balderk fazendo um gesto para que Coran não tentasse novamente apaziguar a situação – controle sua língua tola, pois da terceira vez sua provocação não será respondida apenas com palavras!
- Guarde sua fúria para Skarr ou para aqueles que o temem, Balderk de Darakar – respondeu Thingol encarando ou rei dos anões – EU sou o Alto Rei dos Elfos e irei representar meu povo.
- Você é um idiota arrogante que um dia ainda vai ter a cabeça separada do pescoço – respondeu Balderk – mas realmente, a decisão é sua. Eu exijo apenas a primazia do combate. Se quiser lutar com Skarr primeiro, marcaremos...
- Não será necessário – respondeu Thingol antecipando o que Balderk obviamente diria – Se quiser, pode lutar primeiro. Não me importo.
Dito isto, Thingol se levantou e virou as costas para deixar o Salão Real.
- Vejo vocês no Vale do Escudo Partido em dois dias – disse o alto elfo sem sequer se virar.

Coran fez uma mesura e saiu logo em seguida. Balderk e Hargor se entreolharam, e ambos sentiam que dali a dois dias, aconteceria um combate sobre o qual bardos por muitos e muitos anos escreveriam canções regadas a sangue. A guerra dos reis estava para começar.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Diário de Astreya

Reis não podem retornar do mundo dos mortos.

Há muito tempo foi isso que me ensinaram, quando eu, fascinada pelas histórias que me contavam sobre heróis voltando à vida, perguntei se todos nós poderíamos, então, recuperar aquelas pessoas que amávamos e que partiam. Perguntei a minha mãe, na mesma noite, porque não trazíamos minha avó Samra de volta.

“Sua avó se foi em paz, minha querida, e foi pela vontade dos deuses que sua alma deixou este mundo. Seu corpo, sua simples moradia provisória neste plano material em que tudo, uma hora ou outra, se vai, não podia mais suportar o peso dos anos. Não se deixe enganar, minha pequena Astreya – é raro que alguém possa voltar a esse mundo com o mesmo nome e com a mesma carne. As almas se renovam em roupagens através de incontáveis vidas, mas o retorno por meio da ressurreição é raro; é um milagre precioso e que nunca vem sem nenhuma conseqüência ou mesmo fardo”.

Naquela noite, conversamos sobre isso. E ela me contou a história de uma rainha que havia tentado trazer de volta seu amado rei morto em combate. Usara de todos os seus recursos, chamara de longe os clérigos mais poderosos, sábios e capazes. Rezara a mais de um deus para que estes permitissem que seu rei voltasse para ela. Mas nada funcionou. Minha mãe então me disse que os ciclos da vida devem fluir, e que um rei deve deixar a vida para que seus filhos possam continuar seu legado, para o bem ou mesmo para o mal. Essa era a lei, esse era o propósito que o destino impunha a cada homem ou mulher que assumisse a coroa e se transformasse em monarca.

A rainha, percebendo que seu amado jamais voltaria para ela, deixou que a água de uma correnteza levasse seu corpo, permitindo assim que sua alma tivesse o reencontro pelo qual ela tanto ansiava. E somente assim ela pôde ter seu desejo concedido.

Hoje eu me lembrei deste dia, e desta história. Não poderia ser diferente. Penso no rei Balderk e no orgulhoso Thingol. Pode ser que ambos, ou mesmo nenhum, encontre o mesmo destino que o rei do conto de minha mãe encontrou. É algo que não consigo vislumbrar. Parece que minha mente está mais nublada do que nunca – nenhuma visão veio para me assombrar ou aliviar. Qualquer que seja o resultado deste embate, no entanto, imagino que nossos destinos irão mudar para sempre. Isso eu sinto, e de alguma forma sei. Elgalor passa por um período de transição. E eu imagino se um reino tão fechado, e de certa forma fragilizado pelo preconceito e pela cegueira da dor, terá lugar nessa mudança. Imagino o que será de Sindhar. Imagino o que será de seu povo caso seu rei parta. Em quem poderão confiar? E o que será da princesa de Sindhar...

Ela, tão bela e diáfana, com seus cabelos de quase prata, pele alva e vestes impecáveis, parece intocável pelo tempo, pelo que se passa fora de sua floresta. O que será dessa princesa, que representa a impecabilidade de seu povo, e, ao mesmo tempo, sua fragilidade. A fragilidade daqueles que se escondem e temem os que são diferentes de si, temem demonstrar seus sentimentos... Tomará então o trono, a princesa Meliann, caso o rei Thingol, baluarte de Sindhar, parta? Espero eu que ela não tenha de carregar tamanho fardo, em meio ao caos que virá a se instaurar entre nós, caso um desses reis tombe e os desígnios do odioso deus dos orcs se cumpram.

Rezo hoje então, pelos reis Balderk e Thingol. E rezo por Coran. Tento ignorar o que o demônio da Torre do Desespero me disse, mas algo me diz que dias difíceis estão por vir. Dias que testarão toda a nossa resistência e bravura.

Que Corellon e Pelor estejam conosco...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 4)


Boa noite, nobres visitantes! É com grande honra que trago-vos ainda outro registro das Crônicas de Elgalor, no qual chegamos ao belo e orgulhoso reino dos anões de Darakar. Espero que apreciem, e boa leitura!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 4)

Por ODIN.

Poucas horas após o fim da reunião em Sindhar, Thingol Shaeruil e Coran Bhael foram levados por magia até os Portões Cinzentos de Darakar, o reino dos anões. Juntos deles estavam Astreya, Aramil, Evan e Bheleg Aldalen, o capitão da guarda real de Sindhar. Os Portões Cinzentos eram virtualmente indestrutíveis, e só podiam ser vistos por anões ou por seus convidados. Como a visita dos reis élficos já era esperada, todos puderam ver sua entrada.

- O que sabe sobre Darakar, Astreya? – perguntou Evan observando com admiração o imenso portão de aço e chumbo que se erguia na maior e mais vigorosa montanha de toda Elgalor.
- Este é o principal reino dos anões – respondeu Astreya puxando da memória as informações que lembrava – é uma fortaleza natural, com milhares de túneis e salões subterrâneos. Algumas poucas partes foram construídas acima do solo ou na encosta das montanhas, e dizem que mesmo para quem sabe o caminho, são necessários sete dias e sete noites para atravessar o reino de norte a sul ou de leste a oeste.
- Fascinante... – ironizou Aramil entediado – felizmente dispomos de magias que podem nos tirar daqui bem antes disso.
- É verdade – disse Astreya – SE o rei Balderk I remover a barreira que impede magias de teletransporte e invocações dentro do reino.
Quando Bheleg estava prestes a entrar na discussão, os Portões Cinzentos começaram a se abrir, e todos puderam ver Hargor e Oyama, acompanhados por cerca de oito guerreiros anões armadurados e bem armados.
- Em nome do Grande Rei Balderk I, sejam bem vindos a Darakar, nobres amigos e prezados representantes de Sindhar – disse Hargor de forma direta, mas com a diplomacia que aquela situação exigia – o Senhor de Darakar aguarda Coran de Sírhion e Thingol de Sindhar na sala de reuniões. O restante de vocês terá que esperar no Salão dos Antigos.

Astreya desejava fazer parte da reunião como trovadora real de Sírhion, mas quando viu que Bheleg abaixou a cabeça em consentimento ao comunicado de Hargor, decidiu que não seria sábio forçar a situação. Ele provavelmente também desejava acompanhar seu senhor na reunião que ocorreria.

Hargor conduziu todos por um vasto corredor, repleto de tochas e pedras que emitiam uma bela luz branca e azulada, iluminando o caminho para que os “não anões” pudessem enxergar normalmente. As paredes eram decoradas com estátuas de pedras magníficas, representando orgulhosos guerreiros anões portando belas armas e armaduras, e travando combate contra orcs, gigantes e demônios. Mesmo o Alto Rei Thingol Shaeruil reconheceu em silêncio o belo trabalho que havia sido feito ali.
- São belas estátuas – disse Evan.
- São mesmo – respondeu Oyama – um dia ainda vou pedir para fazerem uma minha também!
- Acho que nem os anões seriam capazes de captar toda sua... “grandeza”, Oyama – disse Aramil com o habitual sarcasmo.
- Pode falar o que quiser de mim, magrelo – respondeu Oyama despreocupado – mas tome cuidado para que sua verdadeira opinião sobre os anões não seja ouvida aqui, ou alguém vai voltar para casa chorando e sem a língua.
- Se está tão preocupado com meu bem-estar, Oyama – disse Aramil – deveria ter tomado um banho antes de nos receber.
- Calem a boca, idiotas – rosnou Hargor tentando falar baixo – não é hora para isto!
- Hargor, onde está Bulma? – perguntou Astreya tentando aliviar um pouco a tensão.
- Treinando – respondeu o anão – com alguns membros da Guarda do Trovão.

Todos ali, inclusive Aramil, sabiam que a Guarda do Trovão era composta pelos melhores e mais experientes guerreiros dentro do exército de Darakar. Em Elgalor, eles são considerados a mais bem treinada força de combate corpo-a-corpo do mundo. Bheleg, em especial, trabalhara muito para que a Guarda Real de Sindhar chegasse a este nível de habilidade, mas como o guerreiro experiente que era, sabia que ainda levaria mais algumas décadas para que isso ocorresse.

Durante todo o trajeto que restava, todos permaneceram em silêncio. Após percorrer o grande corredor por quase vinte minutos, Hargor guiou todos por uma sucessão de portais mágicos, e logo após passarem pelo sétimo portal, reis e heróis chegaram ao Salão dos Antigos. Este era o maior salão de Darakar, e era do tamanho de um pequeno palácio. Havia diversas estantes de livros, armas, armaduras e grandes cadeiras habilmente entalhadas em pedra negra. Seis belas e ornamentadas portas de aço envolviam todo o Salão, e no meio delas, uma porta dourada com a figura de um poderoso anão armadurado usando uma espécie de “elmo coroa” guardava a passagem para a sala do Grande Rei. As paredes, de mais de vinte metros de altura, eram ornadas com belas gravuras que junto a escritos na língua dos anões contavam toda a história do povo de Hargor. Com exceção de Coran e Thingol, que já haviam estado ali, todos ficaram momentaneamente chocados diante da magnificência daquele local.
- Logo vocês receberão comida e bebida, amigos – disse Hargor sentindo um forte orgulho pelo legado de seu povo que se fazia presente naquele local – apenas Thingol Shaeruil e Coran Bhael devem passar por aquela porta comigo.
- Então você vai entrar também? – perguntou Aramil.
- Sim – respondeu Hargor – como não possuímos muitos bardos, são os clérigos de Darakar quem registram todos estes acontecimentos. A mim foi conferida a grande honra de registrar esta reunião. E não se preocupem, pois uma cópia será passada aos trovadores mestres das Casas de Sindhar e Sírhion.

Aramil pensou em comentar que não acreditava que Hargor registraria tudo imparcialmente, mas sabia que esta era uma das acusações que, se feitas em Darakar, certamente levariam um homem para a forca. Arrogante, porém sábio, Aramil decidiu se manter calado.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dinossauros também amam a boa música...


Um dos temas que marcou bastante a infância de meu alter-ego foi a bela canção principal do filme Jurassic Park. Lembro-me até hoje de ficar encantada ao ver os dinossauros que eu apelidava de "pescoçudos" ao som da bela trilha de John Williams na tela do cinema (e chorar de medo ao ver o tiranossauro!). Com certeza uma canção que pode ser utilizada em nossas mesas em muitos momentos... pois ela traduz o encantamento de ver algo novo e que se julgava impossível de existir (pelo menos na época atual!)...


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Feliz Aniversário, grande Odin!


Olá nobres amigos! Hoje, dia 6 de junho, é o aniversário do alter-ego mortal de Odin. Desejemos a ele muitas felicidades, e que os ventos da boa fortuna e do amor sempre soprem em seu caminho. Bem, no que depender de meu alter-ego mortal, Odin sempre terá muito amor em sua vida.

Parabéns querido mestre rpgista (assim te conheci), amigo (assim me apaixonei por ti) e marido (e assim agora estamos juntos). Sabes muito bem o quanto te quero, e desejo que todos os teus anos vindouros sejam muito abençoados.

E para ti e os visitantes deste Cancioneiro, um vídeo que alegrará nossas manhãs:


Sons of Odin - Manowar

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A pirate's life for me

Boa noite, nobres visitantes desse empoeirado cancioneiro. Nesta noite venho trazer-vos a trilha sonora que embala a saga dos filmes Piratas do Caribe. Apesar de gostar verdadeiramente apenas do primeiro filme dessa série, a trilha sonora de Klaus Badelt e Hans Zimmer sempre me agradou por ser leve, divertida e proporcionar um agradável senso de aventura. Sem mais delongas, aqui estão as canções que mais me apetecem:


He's a pirate - Klaus Badelt


Moonlight Serenade - Klaus Badelt - Bela, nostálgica, e épica no final!


What shall we die for - Hans Zimmer

Que o rum nunca vos abandone, marujos!