Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 13)


Saudações nobres viajantes. Nesta noite trago mais um capítulo das Crônicas de Elgalor. Sem mais delongas, boa leitura e que os ventos da boa fortuna vos acompanhem!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 13)

Por ODIN.


Meliann se sentou ao lado de Astreya e pela primeira vez realmente se deu conta de que o rei Coran Bhael, o mas poderoso guerreiro élfico de Elgalor, jazia inconsciente em sua cama, coberto por um lençol branco e com uma terrível cicatriz vermelha que lhe cortava o lado direito do rosto e provavelmente privara o rei de um de seus olhos. Meliann sentiu um imenso desconforto, e um grande ímpeto de perguntar o que havia acontecido com ele. Mas a princesa sabia que quando fosse a hora, Astreya contaria tudo.
- Por favor – disse Meliann respirando fundo – comece a história. Prometo que não a interromperei até que termine.

Astreya olhou uma última vez para Coran e começou a história mais triste que já teve que registrar em toda sua vida:

“Pouco depois que Skarr... matou seu valoroso pai, o machado sangrento voltou para sua mão e começou a regenerar um pouco de seus ferimentos, como se o sangue derramado do nobre rei Thingol estivesse curando o monstro. Quando se sentiu em condições de andar, praguejou algo em seu idioma, algo que não pude ouvir, e se aproximou do corpo já inerte de seu pai, para castigá-lo ainda mais. Foi neste momento que você desmaiou.

Neste instante, uma luz dourada rompeu do céu e envolveu o corpo de Thingol. Skarr tentou se aproximar, mas a luz parecia queimá-lo ao menor toque, o que o fez recuar. A luz brilhou mais forte, e quando desapareceu, o corpo de seu pai também havia desaparecido junto. Apenas neste momento, a barreira que isolava a “arena” onde Skarr e os reis lutaram se desfez.

Orcs, elfos e anões gritaram ferozmente, e um combate como eu nunca havia antes presenciado teve início. Posso estar enganada, mas a fúria de todos ali era tão grande, que após os primeiros segundos de confronto já se podia contar dezenas de corpos queimados, decapitados e desmembrados no chão. Os orcs lutavam como bestas selvagens e sanguinárias, mas elfos e anões também não demonstraram nenhuma misericórdia. Bheleg entregou você com cuidado a um de seus magos reais, Alenonn, eu creio, e pediu que Alenonn a tirasse dali enquanto ele ordenou a seus arqueiros que abatessem Skarr naquele exato instante, antes que o monstro pudesse ser restaurado. Contudo, o caos já havia tomado conta do campo de batalha, e não foi possível encontrar Skarr no meio da multidão, até que vimos um imenso pulso de energia avermelhada rompendo do chão enquanto diversos orcs morriam queimados em agonia. Como Hargor posteriormente me explicou, aquilo era um ritual de sacrifício empreendido por algum clérigo orc, onde diversos orcs tiveram suas energias vitais consumidas de forma macabra para que Skarr fosse plenamente curado.

Ao final do rápido ritual Skarr gargalhou e se lançou no coração da batalha como uma besta do inferno, matando inclusive os homens de seu exército que estavam no caminho. Havia literalmente centenas, talvez milhares de orcs que inconscientemente formavam uma barreira entre nossos guerreiros mais poderosos - Balderk, Durin, Coran e Bheleg - e o maldito Skarr. Ainda assim, os quatro imaginaram que se Skarr não fosse abatido logo, muitos elfos e anões valorosos teriam suas vidas ceifadas. Naquele momento, cada um tentou abrir caminho e encurtar a distância entre si e o monstro.

Na ocasião eu estava perto de Coran e Bheleg, e Coran ordenou a Evan que liderasse a vanguarda das forças de Sírhion em outro fronte enquanto ele avançava para interceptar Skarr. Eu implorei para que ele me deixasse ir junto, mas ele insistiu que eu voltasse junto com Alennon e você para Sindhar. Recusei e quando tentei segui-lo, senti o braço de Evan me puxando, dizendo que eu seria mais útil curando nossos soldados feridos, e que eu não teria condições de atravessar aquele corredor de orcs sem atrasar muito Coran. Frustrada, me juntei à Tallin e fiquei próxima a Evan enquanto ele conjurava seu lobo celestial e conduzia as forças de Sírhion a um ataque ao flanco leste dos orcs. Compreendendo que apenas ele poderia liderar as forças de Sindhar, Bheleg praguejou, desistiu de tentar alcançar Skarr, e conduziu seus homens ao flanco sul dos orcs. Considerando que os exércitos de Darakar já haviam tomado o flanco norte e oeste com a ajuda de Bulma, Oyama e Hargor, os orcs seriam sumariamente esmagados assim que o cerco se completasse, mesmo estando em um número quase duas vezes maior do que o nosso. Seria uma batalha ainda mais dura e impiedosa, perderíamos muitos de nossos bravos soldados e não saberíamos quem chegaria à Skarr, mas nossa “vitória”, apesar de cara, parecia uma mera questão de tempo.

Até que o céu escureceu por completo e um anel de fogo se formou atrás do destacamento principal dos anões. Naquele momento, o vento começou a soprar mais forte e trouxe consigo gritos de desesperos, choros e palavras nefastas carregadas do mais puro ódio. Do anel de fogo surgiu uma legião com quase três mil guerreiros enormes e fortemente armadurados. Eram meio dragões, que usavam armaduras negras e vermelhas, e carregavam lanças, machados e espadas; seus rostos eram cobertos por elmos em forma de crânio desfigurados por cicatrizes macabras, À frente das tropas, não havia ninguém menos do que o maldito Thurxanthraxinzethos. Mas não foi ele, ou aquele enorme exército que realmente nos assustou.

O chão se abriu poucos metros à frente de Thurxanthraxinzethos e de seu terrível exército, criando uma nuvem fétida de fogo e fumaça. Quando a fumaça se dissipou, pudermos ver um ser enorme, com mais de três metros de altura, trajando uma armadura negra repleta de farpas metálicas e crânios cravados como se formassem grotescas ombreiras. Seu elmo fechado tinha a forma do rosto de um demônio, com longos chifres verticais. Os olhos da criatura eram vermelhos e incandescentes, e ele possuía imensas asas negras, idênticas às de um morcego, mas muito maiores. Em sua mão esquerda ele carregava um escudo de corpo negro que exibia dezenas de rostos desfigurados em um constante movimento de pura agonia. Em sua mão direita, uma gigantesca lança machado coberta de runas mágicas e encantamentos profanos. Mesmo estando há mais de um quilômetro de distância dele, pude ver sua imagem com uma exatidão terrível e perturbadora. Pior, tive a impressão que todos naquele campo de batalha haviam visto o mesmo que eu, pois depois percebi que a criatura estava fisicamente ali, mas, além disso, havia de alguma forma projetado sua imagem macabra dentro de nossas almas e corações.

Aquele era o Rei Dragão, o mestre de Thurxanthraxinzethos e aquele que, de acordo com as profecias do Senhor dos Ventos, cobriria nosso mundo com uma mortalha de escuridão. Ele apontou sua lança na direção de Balderk, e o bravo rei dos anões, já curado por seus clérigos olhou em desafio a ele como poucos ali seriam capazes e aceitou o desafio, enquanto o recém chegado exército da escuridão se juntava aos orcs contra elfos e anões. No meio do caos e da morte, Durin se lançou em combate singular contra Thurxanthraxinzethos, pouco antes do machado de Balderk encontrar a lança do Rei Dragão. Skarr gargalhou e começou a ir em direção a Coran.

Depois disso, o inferno caiu sobre nós..”

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Canção do dia - Forevermore

Uma bela sugestão do amigo Jaco Galtran, a canção Forevermore é uma boa pedida para aventureiros enamorados e apreciadores da boa música em geral. Espero que apreciem!


Forevermore- Derdian

Everyday I stay behind the window of the world.
All the times you are inside my fantasy
Run away far from your life or rise again so strong?
I can see you turn around my destiny

Now I want a chance to tell you
What I feel inside

Forevermore
I will try to take your heart
I won't close the door
Every night I'll wait the time to come
And now I fall
In the silence of my life
Looking for your eyes
Till the end of time, forevermore

I would like to change the time and bring you your true soul
But I see your eyes, there's so much emptyness
Throglor is your biggest ruin, and now you play your role
And forever you will show your thankfullness

Now another chance to tell you
What I feel inside

Forevermore
I will try to take your heart
I won't close the door
Every night I'll wait the time to come
And now I fall
In the silence of my life
Looking for your eyes
Till the end of time, forevermore


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 12)


Depois de um longo e sofrido hiato, com pesar em meu coração pelos trágicos acontecimentos narrados abaixo, trago-vos nesta noite mais um capítulo das Crônicas de Elgalor. Boa leitura, e que os ventos do sucesso vos acompanhem, amigos...

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 12)

Por ODIN.

- NÃÃÃÃOOO! - gritou Meliann com toda sua força ao ver o machado de Skarr partindo ao meio o corpo de seu pai. A jovem princesa começou a chorar e soluçar compulsivamente, e tudo começou a girar ao redor dela.

Uma profunda escuridão tomou conta de Meliann, de forma que a última coisa que a bela barda viu foi o enorme machado sangrento retornar magicamente às mãos desfiguradas de Skarr, que apesar de toda a dor e de mal conseguir permanecer de pé, exibia um largo e sádico sorriso em seu rosto completamente destroçado pelas lâminas de gelo da magia final de Thingol Shaeruil. Quando a escuridão finalmente tomou conta de Meliann, ela apenas ouviu gritos, tambores e cornetas de guerra. Os sons ensurdecedores logo cessaram, e ela pôde apenas sentir os braços de Bheleg a segurando enquanto suas pernas subitamente perderam toda a força.

Após isto, o inferno literalmente tomou conta do Vale do Escudo Partido, e a bela princesa de Sindhar não via, ouvia ou sentia mais absolutamente nada.

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- O... o que aconteceu – disse Meliann abrindo os olhos e sentindo uma leve brisa e um fino raio de sol tocando a pele de seu rosto. Ela olhou ao redor e viu que estava deitada em sua cama, nos seus aposentos reais de Sindhar.

- Sente-se melhor? – ecoou uma suave voz vinda da porta. Meliann não teve dificuldades para saber quem era.
- Elenna – disse a princesa se levantando, ainda sentindo as pernas tremerem – por todos os deuses, me diga que eu apenas tive um pesadelo e que nada aconteceu!
- Sinto muito – disse a jovem elfa baixando cabeça.
- Meu pai... – disse Meliann levando as mãos ao rosto enquanto lágrimas vertiam intensamente de seus belos olhos verdes – meu pai está morto...
Elenna se aproximou para confortar Meliann, quando a princesa saltou desesperada da cama e agarrou os braços da amiga.
- Onde está Bheleg?! – perguntou Meliann desesperada, como se pressentisse algo terrível – Onde está ele?!
- Meu tio está bem, Meliann – respondeu Elenna calmamente, vendo que parecia que a amiga entraria em colapso a qualquer momento – ele está bem. Só não está aqui porque está em uma reunião com o Conselho de Magos.

Ao ver que Meliann parecia um pouco mais calma, Elenna continuou:
- Lorde Aramil possui uma espécie de testamento que seu pai deixou, e nele havia instruções caso... o pior ocorresse, que ajudariam você a governar Sindhar até que...
- Eu não quero saber de nada disso agora – interrompeu Meliann de maneira violenta – eu quero ver o corpo de meu pai e saber TUDO o que aconteceu quando eu desmaiei como se fosse uma criança idiota...
Elenna observou a reação de Meliann e notou que agora uma grande raiva e sentimento de culpa cresciam no coração da amiga.
- Eu sei como se sente – disse Elenna – quando os orcs começaram a avançar e os demônios e dragões surgiram do nada...
- Demônios e dragões? – interrompeu Meliann novamente.
- Sim – continuou Elenna – quando tudo começou, Cardhan, um de nossos magos reais, me teletransportou de volta para cá com mais alguns jovens guerreiros que ainda não haviam participado de uma batalha real. Eu também não fiz absolutamente nada.
- E quanto a meu pai? – perguntou Meliann sentindo-se um pouco mais calma ao ver a expressão de decepção estampada no rosto de Elenna.
- Um feixe de luz dourada surgiu do céu – disse Elenna - e levou o corpo dele antes que Skarr pudesse... desrespeitá-lo.
- Eu quero este desgraçado morto! – disse Meliann novamente enxugando os olhos enquanto outro surto de raiva incendiava seu coração – mas agora quero apenas saber o que houve. Há alguém aqui além dos altos magos ou seu tio que possa me explicar?
- Não... – respondeu Elenna – mas eu conheço alguém que pode.
- Quem? – questionou Meliann enquanto tirava sua camisola e vestia um de seus belos vestidos reais.
- Astreya Annathar. A trovadora real de Sírhion.
- Por favor, chame um mago e peça para que ele me leve até lá em alguns minutos – disse Meliann enquanto terminava de se aprontar e pentear seus cabelos.
- Pode deixar – disse Elenna virando-se e saindo do quarto. Ela estava realmente incomodada por causa da maneira fria e egoísta como a amiga havia se comportado, mas sabia que a dor que Meliann sentia naquele momento era imensa, e que com o tempo a princesa voltaria a seu estado normal.

Assim, pelo menos, Elenna esperava.


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- Vá descansar, Astreya – disse o clérigo Thamior – eu cuidarei do rei, e você pode terminar isto amanhã.
- Obrigada, mas não – disse Astreya sentada em uma bela escrivaninha com uma pena prateada na mão, e vários potes de tinta ao lado, enquanto escrevia quase que compulsivamente um enorme pergaminho – Não sairei de perto de Coran até que ele abra os olhos, e só vou parar de escrever quando não houver mais tinta ou quando meus dedos caírem.

Astreya e Thamior estavam no quarto do rei Coran. O rei jazia deitado inconsciente em sua cama, com uma terrível cicatriz vermelha que cortava o lado direito de seu rosto, e que aparentemente havia tirado a visão do olho direito de Coran.
- Já fizemos tudo o que podíamos, Astreya – disse Thamior gentilmente colocando a mão sobre o ombro da barda – se houver alguma melhora eu lhe aviso. Agora, por favor, volte para seus aposentos e durma um pouco.
- Você conseguiria dormir se estivesse no meu lugar, Thamior? – perguntou Astreya tentando não descontar no amigo o peso que a tristeza e o cansaço estavam lhe impondo.
- Muito bem – disse o clérigo por fim – irei me retirar e deixá-la sozinha com o rei. Se precisar de algo, basta chamar.
- Obrigada, disse a barda voltando-se para o pergaminho onde registrava minuciosamente tudo o que havia ocorrido no dia anterior.

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Três horas haviam se passado desde que Thamior deixara Astreya sozinha. A barda sentia sua visão começar a falhar por causa da exaustão causada pelo fato de ter passado a noite anterior em claro ao lado de seu amado, mas só parava de escrever para acariciar os cabelos de Coran ou para cantar um pouco para ele. Quando a barda se levantou para pegar um copo de água da jarra que se localizava ao lado da cama do rei, ela ouviu alguém bater à porta.
- Pode entrar – respondeu Astreya com educação, mas sem nenhum ânimo.
- Com licença – disse Meliann de forma polida ao entrar no aposento.

Meliann de imediato viu o estado do rei Coran, e ao ver a expressão no rosto de Astreya se deu conta de que ela não era a única pessoa que estava sofrendo por causa do que havia ocorrido. “Devo desculpas a Elenna” pensou a princesa de Sindhar.
- Eu sinto muito pelo seu pai, Meliann – disse Astreya com suavidade e sinceridade – ele era um grande homem.
- Sim, ele era – respondeu a princesa com a cabeça baixa – e eu sinto muito pelo que ocorreu com o rei Coran.
- Obrigada – disse Astreya – mas o que veio fazer aqui, vossa alteza?
- Não me chame assim – disse Meliann bruscamente – eu sou apenas a filha de um grande rei. Isto por si só não me torna uma verdadeira princesa.
- Acho que entendo o que lhe aflige... – disse Astreya após alguns momentos de silêncio – mas você não deve ser dura demais consigo mesma. Você não teve culpa nenhuma do que aconteceu ou por ter desmaiado. Eu mesma quase desmaiei naquele momento.
- Mas não desmaiou – interrompeu Meliann – e apesar de agradecer sua gentileza e compaixão, não foi por isso que vim até aqui.
Meliann virou um pouco o rosto e olhou para o longo pergaminho que Astreya escrevia.
- Entendo... – disse Astreya.
- Imagino como você está se sentindo por causa do rei Coran – disse Meliann fitando os olhos de Astreya – mas por favor, eu PRECISO saber o que houve, e porque mais da metade dos soldados de meu pai perderam suas vidas.
- Muito bem – respondeu Astreya empurrando uma bela cadeira na direção de Meliann – sente-se, pois esta é uma longa história.
- Muito obrigada – disse Meliann sentando-se de frente para Astreya.
- Não me agradeça, Meliann – disse Astreya em um tom triste e melancólico – porque o que vou lhe contar provavelmente vai ficar gravado em sua mente por toda sua vida, por mais que você tente esquecer...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Camelot


Não assisti a nenhum episódio desta série (que pelo que me parece foi cancelada, e confesso que a caracterização de Arthur não me agradou a primeira vista pelas fotos), mas achei a trilha sonora muito bem feita e ótima para acompanhar aventuras medievais...


Camelot Main Titles - Michael e Jeff Dana

E se houver um casamento, esta é uma bela trilha...


Be my light (Wedding song) - Michael e Jeff Dana

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Stardust


Um de meus filmes favoritos, com uma trilha sonora deveras graciosa e aventureira. Não poderia deixar de compartilhar.


Suite for Stardust - Ilan Eshkeri

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Canção do dia


Ainda no espírito "Queen", compartilho uma bela versão em violino de "Who wants to live forever", em uma incrível performance do violinista David Garret. Vale a pena escutar!


Who wants to live forever - David Garret

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Para relembrar...

Se estivesse vivo, hoje (ainda está valendo), dia 5 de setembro, Freddie Mercury estaria completando 65 anos de idade. É uma pena que uma voz tão talentosa e marcante tenha ido embora tão cedo. Para relembrar, trago-vos uma das minhas canções favoritas do grupo:


I want it all - Queen

Parabéns a este companheiro bardo, onde quer que ele esteja.

E para terminar, uma homenagem dos bardos do Blind Guardian, com a bela regravação de "Spread your wings".



Que os ventos da boa música sempre vos acompanhem, nobres aventureiros!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 11)


Saudações amigos. Hoje trago-vos o incrível desfecho do combate entre Skarr e Thingol. Sem mais delongas digo-vos que leiam rapidamente; valerá muito a pena. Que os ventos da fortuna soprem sempre a vosso favor, caros aventureiros!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 11)

Por ODIN.

Skarr era arrogante, mas definitivamente não era tolo ou burro. Sabia que Thingol ainda tinha algum truque escondido, e decidiu que não daria tempo para que o mago o colocasse em prática. Apesar de sua fúria assassina encobrir de forma muito eficaz a dor que sentia, Skarr se irritava ao perceber que sua mente ainda estava lenta por causa da névoa de Thingol. Esta constatação apenas aumentou a fúria do poderoso orc, que rugiu como um leão e disparou na direção de Thingol como um predador a instantes de destroçar sua presa.

Thingol sabia que além de mortalmente forte, Skarr era muito rápido; o machado do orc estaria trespassando seu corpo em poucos instantes, e nem mesmo suas magias mais poderosas seriam capazes de destruir o corpo de Skarr em um intervalo de tempo tão curto. O Alto Rei dos elfos respirou fundo tentando ignorar a tontura e fraqueza que sentia por causa do ferimento que sofrera. Thingol estendeu sua mão para Skarr e com absoluta frieza e convicção proferiu algumas palavras no idioma dos elfos. Quando Skarr estava a menos de nove metros de Thingol, ele sentiu todos os músculos e ossos de seu corpo travarem, e bruscamente parou sem conseguir mais avançar.

- MALDITO! - rosnou Skarr ainda mais furioso e frustrado por não conseguir se mover – meu cinturão... deveria me proteger... disto...
- E protegeria – respondeu Thingol friamente – SE sua mente não estivesse entorpecida por causa de minha névoa.
Apesar de estar próximo demais de Skarr, Thingol sabia que simplesmente andar para trás iria abrir ainda mais seus ferimentos, e ele não poderia se dar ao luxo de conjurar mais uma magia para se afastar de Skarr magicamente pois ele se arriscava a desmaiar de exaustão a cada novo encantamento que conjurava por causa do sangramento constante que drenava rapidamente suas energias. Ele teria que terminar aquilo agora.
- Quando eu ... colocar as mãos em você... – rosnou Skarr reunindo toda sua força de vontade para se libertar – você vai implorar pela morte...
- Cale-se verme – disse Thingol sentindo uma forte vertigem enquanto estendia novamente sua mão na direção de Skarr – cale-se e morra!

Com a mão estendida e totalmente aberta, Thingol começou a recitar um encantamento no idioma dos elfos. Apesar de seus esforços, ele não foi capaz de esconder a grande dor que sentia e os mais atentos percebiam que as pernas do rei élfico já começavam a tremer por causa da fraqueza. Aquela certamente seria sua última magia.
O ar ao redor de Skarr começou a se tornar frio e lentamente congelou completamente o chão e os pés do feroz orc enquanto pequenos cristais de gelo começaram a se formar ao redor dele.
- HAHAHA – gargalhou Skarr com desprezo – acha... que uma prisão de gelo vai... ser capaz de me matar?
- Não – respondeu secamente Thingol – mas isto vai.
Subitamente, os cristais de gelo começaram a se multiplicar e a crescer; em poucos instantes, Skarr estava cercado por centenas, e depois por milhares de cristais do tamanho de punhais, e tão afiados quanto. Ao ver aquilo, Skarr rugiu e novamente tentou se libertar.

Mas não conseguiu.
- Morra! – disse Thingol lentamente fechando sua mão.
Quando a mão de Thingol se fechou completamente, todos os cristais de gelo se lançaram contra o corpo de Skarr, perfurando impiedosamente cada centímetro do seu corpo. Skarr urrou de dor enquanto sentia as lâminas de gelo atravessarem seus olhos, rins, pulmões e cada fibra de seu corpo.

- Muito bom – admitiu o rei Balderk a seus guerreiros enquanto assistia atentamente à batalha – pensei que Thingol não seria capaz de sair dali vivo, mas parece que o desgraçado realmente sabia o que estava fazendo.

- Nossa, esta deve ter doído muito – disse Oyama enquanto gargalhava – eu já estava quase apostando minha barba que Thingol não veria o sol nascer amanhã, mas...
- Se Skarr conseguir se libertar antes de morrer por causa de sua fúria, o elfo realmente não vai ver o sol nascer amanhã – disse Bulma em um tom sombrio e preocupado.
- Cale a boca, Bulma – respondeu Hargor em um tom seco e hostil, que demonstrava que ele também pensara naquilo.

- Isso, meu pai! – disse Meliann quase sentindo pena de Skarr, mas aliviada ao ver que seu pai detinha o controle da situação.
- Ainda não terminou – observou Bheleg ainda tenso – mas a vitória certamente será de nosso rei.
- Tenho fé nisso, Bheleg – disse Astreya ainda tensa enquanto apertava com força a mão de Coran.
- Evan, mantenha-se a postos – disse Coran observando atentamente os últimos momentos do combate – assim que Skarr tombar, seu exército irá cair como uma tempestade sobre nós.
- Estamos todos prontos – respondeu o paladino meio elfo – e tenho certeza que os guerreiros de Bheleg e de Balderk também estão.
Bheleg apenas assentiu com a cabeça, enquanto tentava observar Meliann e Thingol ao mesmo tempo.

- Pelos deuses – disse Elenna impressionada com os gritos de Skarr, mas extremamente atenta ao estado de Thingol – o rei está quase perdendo a consciência, mas ele certamente mandará este orc imundo para o inferno antes de dobrar os joelhos. Mas uma coisa eu não consegui entender até agora...
- Apenas uma? – respondeu Aramil com o habitual desinteresse.
- Hahaha, muito engraçado, senhor dos insuportáveis – respondeu Elenna em tom de deboche – Por que o rei não permitiu que meu tio Bheleg ou mesmo Coran lutassem em seu lugar? Não haveria desonra alguma se ele fosse representado por seu general ou por outro rei dos elfos.
- Muito bem... – disse Aramil se virando para a jovem sobrinha de Bheleg – você não vai parar de me incomodar com este assunto, não é?
- Não – respondeu a jovem – porque eu sei que você, ao contrário dos outros, sabe de alguma coisa.
- O rei na verdade já sabia sobre o desafio antes que eu e meus seguidores o alertassem sobre tudo – disse Aramil em um tom pensativo – quando chegamos em Sindhar, ele já havia feito quatro rituais de adivinhação que lhe garantiram muitas informações sobre os pontos fortes e fracos de Skarr, além de outra informação bastante preocupante.
- Que era... – questionou Elenna sentindo seu coração palpitar cada vez mais rápido.
- Que Skarr era poderoso demais – continuou Aramil – que ele certamente mataria Coran ou Bheleg caso um dos dois o enfrentasse em combate singular. De acordo com os oráculos do rei, o único guerreiro em Elgalor que teria uma chance de vitória contra Skarr era Balderk I. Thingol, como o mago mais poderoso de Elgalor, tinha uma chance pequena, porém real, de derrotar Skarr. E isto já era muito mais do que Coran ou Bheleg teriam. Em toda sua sabedoria e compaixão, Thingol não desejava que Sírhion perdesse mais um rei, mesmo levando em conta as desavenças recentes entre ele e Coran.
- E quanto a meu tio...? – perguntou Elenna sentindo seus olhos se encherem de lágrimas.
- O rei tem grande apreço por seu tio – respondeu Aramil – mas a razão principal que fez com que Thingol desejasse proteger Bheleg foi o fato do rei ter percebido os sentimentos de Meliann em relação a seu tio. Thingol sabia que se ele fosse derrotado, Meliann se entristeceria muito, mas não seria capaz de observar a dor que sua filha sentiria ao perder o homem que ama.
- E como você sabe de tudo isso? – perguntou Elenna enxugando os olhos.
- O rei me explicou parte disso pouco depois da reunião com Coran Bhael – disse Aramil – quando me confiou uma espécie de “testamento”, que deveria ser seguido à risca caso ele perecesse neste combate.
- O que não vai acontecer – respondeu Elenna sorrindo. Como todo elfo de Sindhar, Elenna tinha grande admiração e orgulho de seu rei, mas a história de Aramil fez com que estes sentimentos crescessem ainda mais – pois assim que nosso exército acabar com o exército de porcos de Skarr, voltaremos todos para casa.
- Sim... –disse Aramil com um sorriso – Nós...
- O que foi? – perguntou Elenna ao ver a mudança brusca no semblante de Aramil.
- Cale-se! – gritou o mago voltando imediatamente os olhos para a arena.

- DES...GRAÇADO! - urrou Skarr em seus últimos momentos de vida, enquanto sentia sua carne e órgãos serem rasgados pelos cristais de gelo – VOCÊ... VAI MORRER!
- Só depois de você, verme – respondeu Thingol em um tom solene, que contrastava totalmente com o estado debilitado em que o mago se encontrava.
- AARRRRGH! – Gritou Skarr ainda tentando futilmente se libertar do encanto paralisante de Thingol, que na verdade era a única coisa que ainda mantinha o orc ereto.

Quando estava praticamente morto, Skarr sentiu seu braço direito formigar. Ele já estava cego, pois seus dois olhos haviam sido perfurados várias vezes pelas lâminas de gelo, mas seu olfato aguçado ainda funcionava minimamente bem. Reunindo toda sua fúria e se guiando pelo cheiro do sangue de Thingol, Skarr arremessou seu machado contra o rei dos elfos.

Thingol sabia que aquilo poderia acontecer, mas não tinha mais forças para reagir. Mantendo os olhos bem abertos e com o semblante calmo e digno que sempre mantivera durante sua vida, o altivo e orgulhoso Alto Rei dos elfos encarou o machado de Skarr, e não piscou ou sentiu medo em momento algum.

E com a virtude e dignidade dos Grandes Reis de tempos antigos, Thingol Shaeruil foi partido ao meio pelo impiedoso e certeiro machado de Skarr.