Boa-noite, caros amigos. Acredito que todos os aventureiros dos diversos mundos existentes já deixaram-se levar pela alegria e descontração de uma boa noite passada no aconchego de uma taverna ou junto aos companheiros em um círculo ao redor de uma fogueira. Muitos foram os momentos em que meus amigos e eu, para esquecermos do pesar ou da tensão que assombravam nossos corações, permitimo-nos uma celebração da vida que ainda tínhamos e das vitórias que havíamos conquistado em nossas batalhas diárias...
Em homenagem a esses momentos de descontração, e por vezes de bebedeira excessiva por parte de alguns colegas, dedicarei-me semanalmente a trazer-vos uma canção que exprima a alegria e o bom humor de uma boa canção de taverna, e, afinal, de uma boa amizade!
Esta noite, tenho o prazer de apresentar-vos uma canção que muito me animou na primeira vez em que a ouvi em uma taverna. Ela é cantada por um grupo de bardos guerreiros que atende pelo nome de Rhapsody of Fire... Desde que a escutei, tenho entoado esta bela e alegre música em todas as tavernas pelas quais passo...
Que o companheirismo e a alegria possam acompanhar-vos em vossas jornadas, bravos amigos...
The Village of Dwarves - Rhapsody of Fire - Vejam que estes estudantes de uma universidade de artistas resolveram fazer uma representação para acompanhar a canção, como forma de serem avaliados por seus mestres. Como esta barda achou a simplicidade das atuações deveras engraçada, eu a posto aqui. O interessante é que o vilão que luta com o cavaleiro de elmo dourado no final foi chamado pelos artistas amadores de Krull...
Bem-vindos!
Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)
Astreya Anathar Bhael
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)
Astreya Anathar Bhael
quarta-feira, 12 de maio de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
Diário de Astreya - parte II
...Corremos até o palácio, mas o pior já havia acontecido. Sírhion estava estranhamente vazia a não ser pelos corpos de diabos e elfos mortos, e a cabeça do rei Bremen estava fincada em uma lança no centro daquele terrível cenário. Estarrecidos e com o coração pesado, partimos rumo ao barco que nos trouxera, para ver se este ainda estava lá, enquanto tentávamos procurar sobreviventes. Avistamos o barco ao longe, e antes de chegarmos à costa, fomos surpreendidos por um elfo ferido e extremamente abatido, que andara também até a costa, somente para cair inconsciente logo depois de nos avistar. Este sim era o verdadeiro Coran.
Na verdade, três dias haviam se passado desde a nossa entrada na Cidadela de Cristal. Coran salvara aquilo que restara de seu povo e os transportara a um lugar seguro graças a alguns túneis subterrâneos e portais existentes em Sírhion, e passara o resto do tempo lutando contra os lacaios do assassino de seu pai, que partira com o Tomo que havia sido resgatado por nós, graças novamente a um disfarce, que utilizara o próprio Coran como isca para nos enganar. Eu o tratei para que seu corpo, debilitado pela falta de comida e água e por inúmeros ferimentos, não cedesse. Mal podíamos imaginar que, de um encontro trágico como esse, uma importante e valiosa aliança se formaria entre o novo rei de Sírhion e guardião da Lâmina de Gelo - a poderosa espada do rei Bremen - e nosso grupo.
Após a morte do Cavaleiro Negro, responsável principal pelo roubo dos Tomos, já que procurava com o poder destes ascender à divindade e destruir seu principal inimigo, o deus maligno Vecna, eu me ofereci para ficar no reino de Sírhion, e sanar pelo menos um pouco da perda que havíamos inadvertidamente causado a seu povo. A culpa que ainda se apoderava de meu coração demorou a ir embora, mas se dissipou mais rápido do que eu pensava. Juntamente ao rei Coran, recuperei os registros históricos principais do reino de Sírhion que haviam sido destruídos. Por várias vezes, tive que reescrever capítulos inteiros, que o rei me narrava pacientemente da melhor forma que conseguia. Foi assim que conheci a história do povo de Sírhion, do rei Bremen e de sua rainha, para minha surpresa, uma meio-elfa barda como eu, que ajudara o rei a livrar-se de uma poderosa maldição imposta a ele por uma drow. Foi assim que me afeiçoei ainda mais à Sírhion e a seu povo, que passou a me aceitar mesmo depois da ruína que eu e meu grupo havíamos trazido para eles.
Posso dizer que, embora ame meu antigo lar, esta floresta se tornou também um lar para mim, nesses últimos cinco anos. E posso dizer que aqui ganhei um de meus mais valiosos amigos, o rei Coran. No entanto, ontem acordei pela noite após ter um pesadelo terrível, do qual não me lembro. Mesmo assim, eu sei que um novo mal se aproxima. Meus temores foram confirmados pela visita que recebemos hoje. O Senhor dos Ventos está nesse momento conversando com o rei, e chegou com uma expressão pesada. Temo pelo destino do povo de Sírhion e de meus amigos, e pelo meu próprio destino. E, embora tente não demonstrar, temo ainda mais pelo destino do rei. Pois sinto algo como uma nuvem negra se aproximar do povo de Corellon. Só posso esperar que possamos servir novamente as forças da luz, eu e meus companheiros... para que este lugar de paz que eu passei a amar tanto e toda Elgalor jamais sejam tocados novamente por alguém que deseje seu mal.
Astreya Anathar.
Na verdade, três dias haviam se passado desde a nossa entrada na Cidadela de Cristal. Coran salvara aquilo que restara de seu povo e os transportara a um lugar seguro graças a alguns túneis subterrâneos e portais existentes em Sírhion, e passara o resto do tempo lutando contra os lacaios do assassino de seu pai, que partira com o Tomo que havia sido resgatado por nós, graças novamente a um disfarce, que utilizara o próprio Coran como isca para nos enganar. Eu o tratei para que seu corpo, debilitado pela falta de comida e água e por inúmeros ferimentos, não cedesse. Mal podíamos imaginar que, de um encontro trágico como esse, uma importante e valiosa aliança se formaria entre o novo rei de Sírhion e guardião da Lâmina de Gelo - a poderosa espada do rei Bremen - e nosso grupo.
Após a morte do Cavaleiro Negro, responsável principal pelo roubo dos Tomos, já que procurava com o poder destes ascender à divindade e destruir seu principal inimigo, o deus maligno Vecna, eu me ofereci para ficar no reino de Sírhion, e sanar pelo menos um pouco da perda que havíamos inadvertidamente causado a seu povo. A culpa que ainda se apoderava de meu coração demorou a ir embora, mas se dissipou mais rápido do que eu pensava. Juntamente ao rei Coran, recuperei os registros históricos principais do reino de Sírhion que haviam sido destruídos. Por várias vezes, tive que reescrever capítulos inteiros, que o rei me narrava pacientemente da melhor forma que conseguia. Foi assim que conheci a história do povo de Sírhion, do rei Bremen e de sua rainha, para minha surpresa, uma meio-elfa barda como eu, que ajudara o rei a livrar-se de uma poderosa maldição imposta a ele por uma drow. Foi assim que me afeiçoei ainda mais à Sírhion e a seu povo, que passou a me aceitar mesmo depois da ruína que eu e meu grupo havíamos trazido para eles.
Posso dizer que, embora ame meu antigo lar, esta floresta se tornou também um lar para mim, nesses últimos cinco anos. E posso dizer que aqui ganhei um de meus mais valiosos amigos, o rei Coran. No entanto, ontem acordei pela noite após ter um pesadelo terrível, do qual não me lembro. Mesmo assim, eu sei que um novo mal se aproxima. Meus temores foram confirmados pela visita que recebemos hoje. O Senhor dos Ventos está nesse momento conversando com o rei, e chegou com uma expressão pesada. Temo pelo destino do povo de Sírhion e de meus amigos, e pelo meu próprio destino. E, embora tente não demonstrar, temo ainda mais pelo destino do rei. Pois sinto algo como uma nuvem negra se aproximar do povo de Corellon. Só posso esperar que possamos servir novamente as forças da luz, eu e meus companheiros... para que este lugar de paz que eu passei a amar tanto e toda Elgalor jamais sejam tocados novamente por alguém que deseje seu mal.
Astreya Anathar.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Loreena Mckennitt, uma Musa Antiga

Loreena, além de tocar perfeitamente a harpa, um de meus instrumentos favoritos, e o piano, é uma excelente compositora e uma magistral cantora. A cada uma de suas viagens, Loreena compõe uma variedade de canções e reinventa melodias folclóricas clássicas que refletem as nuances da cultura e diversidade dos locais que visitou. Muitas foram suas jornadas, e a cada retorno, elas nos presenteia com aquilo que faz de melhor: sua música. Recentemente, descobri que Loreena perdeu seu amado em um naufrágio, o que a fez trabalhar em prol de resgates marítimos e segurança nas viagens aquáticas, por meio de uma fundação que ele iniciou e mantem até os dias atuais.
Para que saibam mais sobre esta excelente barda, visitem seu espaço que é de fato muito belo e acolhedor: www.quinlanroad.com - vale a pena visitá-la e conhecer mais sobre ela e sua obra.
Como o trabalho de Loreena é muito extenso e esta humilde barda não consegue escolher apenas uma ou duas canções para representá-lo, logo tocarei para vosso deleite outras canções desta ótima trovadora, em oportunidades futuras. Por hora, trago duas belas melodias para harpa compostas pela Musa Antiga:
La Serenissima - Loreena Mckennitt
Between the shadows - Loreena Mckennitt
Que a serenidade de tais canções possa acompanhar-vos em vossas jornadas...
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Diário de Astreya
Parece que faz décadas desde que deixei as areias de Kamaro junto com um grupo de mercadores e guerreiros para procurar o destino que minha mãe havia vislumbrado para mim. Suas palavras foram vagas e obscuras; eu deveria procurar um homem chamado Evan, pois isso seria de grande importância para mim, e, dizia ela, para muitos outros. Mesmo achando estranha aquela previsão de minha mãe, eu sabia que ela jamais errara.
Hoje vejo que ela realmente estava certa.
Além de Evan, o paladino, que infelizmente nos deixou, eu encontrei ainda outros companheiros: Oyama, Aramil, Bulma, Erol e Hargor. Eu imagino se estão bem, e o que estão fazendo. Pois, apesar de sermos um grupo improvável, juntos procuramos pelos Tomos dos Cânticos Profanos tentando impedir que fossem abertos por mãos erradas. Juntos corremos contra o tempo e contra aqueles que tentavam nos matar. Foi assim que chegamos aqui, em Sírhion.
Lembro-me ainda do homem que nos procurou, querendo nos contratar como um grupo de escolta até a ilha que comportava um importante reino élfico. Lá estava a Cidadela de Cristal, localização provável de um dos Tomos que procurávamos. O homem apresentou-se como um erudito e historiador que estava interessado no secular reino da distante ilha – Sírhion – e na posição de seu Rei, Bremen Bhael, em relação aos humanos. Sabendo de nosso intuito em ir até lá por meio de conversas com os capitães do porto da cidade onde estávamos, ele pediu que o levássemos conosco, e nos ofereceu uma boa quantia em dinheiro. Hargor o examinou, colocando-o sobre o efeito de uma magia que não permite que sejam contadas mentiras. O historiador parecia estar sendo sincero. Assim, partimos com ele. Jamais dissemos qual era nosso intuito e objetivo em Sírhion, e ele também não nos perguntou. Ao fim da viagem, estávamos todos confiantes de que ele era realmente o que dizia ser.
Ao chegar, fomos melhor recepcionados do que esperávamos. Apesar de, inicialmente, os elfos de Sírhion terem permitido apenas a entrada dos elfos e meio-elfos de nossa comitiva em seu território, seu tratamento para conosco foi cordial. Ao contrário dos elfos de Sindhar, estes não possuíam tanto desagrado em relação à raça humana, e, após sermos levados até a presença do Rei Bremen e termos explicado nossos motivos para estar ali, ele permitiu que todo o nosso grupo e o historiador que nos acompanhava entrassem em seu reino.
Quanto ao nosso objetivo de entrar na Cidadela de Cristal, isto nos foi concedido. O Rei nos explicou que, caso houvesse quaisquer traços de maldade ou malícia em nossos propósitos em relação à Cidadela, estes seriam detectados por seus guardiães, os Leões de Mármore, poderosos gárgulas mágicos que serviam aos elfos. Assim, ele nos deixaria entrar por nossa própria conta e risco, pois na pior das hipóteses seríamos detidos pelos Leões. Ao saber que possuíamos em mãos um ritual para lacrar o Tomo profano que ele e seu povo guardavam na Cidadela, e que precisávamos levá-lo até um local sagrado específico para realizá-lo, o rei Bremen desejou que tivéssemos boa sorte e cuidado em nossa contenda. O historiador declarou que não possuía nenhum interesse na Cidadela, e que desejava apenas conversar com o rei. Assim, partimos, sendo escoltados por Coran, o capitão da guarda, um sério guerreiro élfico que havia nos acompanhado até ali, a pedido do próprio Bremen.
Coran nos levou e avisou que o tempo passava de maneira diferente na Cidadela, e nos aconselhou a não permanecer dentro dela por muitas horas. Os leões permitiram a nossa entrada, mas mesmo assim quiseram testar nossas capacidades e corações, ao perceberem quais eram nossos objetivos. No entanto, no meio de tal teste, as criaturas perturbaram-se. Disseram que um grande mal havia surgido na floresta, e que seus nobres guardiães, os elfos, estavam sofrendo as conseqüências. Dizendo isso, desapareceram. Encontramos o Tomo rapidamente com o intuito de sair da Cidadela, mas descobrimos que sua entrada estava, de alguma maneira, lacrada, provavelmente pelos leões. Ali permanecemos por algumas horas, impotentes, até que percebemos que a porta da Cidadela se abria.
Para nosso alívio vimos Coran, o elfo que nos acompanhara, mas sua expressão estava tensa, e logo sentimos um cheiro de fogo e mata queimada. Coran rapidamente nos contou que Sírhion estava sob ataque, pois o historiador que nos acompanhava havia transformado-se em um arqui-diabo e invocado centenas de lacaios, e estava no momento lutando com seu pai - na verdade, Coran era filho de Bremen. Ele nos pediu que lhe déssemos o Tomo, pois era sua obrigação, naquele momento e como filho do rei, protegê-lo juntamente a nós. Atordoados pela culpa e confusão, entregamos o Tomo a Coran. Mas ele - Coran - logo depois desapareceu como mágica...
Continua...
Hoje vejo que ela realmente estava certa.
Além de Evan, o paladino, que infelizmente nos deixou, eu encontrei ainda outros companheiros: Oyama, Aramil, Bulma, Erol e Hargor. Eu imagino se estão bem, e o que estão fazendo. Pois, apesar de sermos um grupo improvável, juntos procuramos pelos Tomos dos Cânticos Profanos tentando impedir que fossem abertos por mãos erradas. Juntos corremos contra o tempo e contra aqueles que tentavam nos matar. Foi assim que chegamos aqui, em Sírhion.
Lembro-me ainda do homem que nos procurou, querendo nos contratar como um grupo de escolta até a ilha que comportava um importante reino élfico. Lá estava a Cidadela de Cristal, localização provável de um dos Tomos que procurávamos. O homem apresentou-se como um erudito e historiador que estava interessado no secular reino da distante ilha – Sírhion – e na posição de seu Rei, Bremen Bhael, em relação aos humanos. Sabendo de nosso intuito em ir até lá por meio de conversas com os capitães do porto da cidade onde estávamos, ele pediu que o levássemos conosco, e nos ofereceu uma boa quantia em dinheiro. Hargor o examinou, colocando-o sobre o efeito de uma magia que não permite que sejam contadas mentiras. O historiador parecia estar sendo sincero. Assim, partimos com ele. Jamais dissemos qual era nosso intuito e objetivo em Sírhion, e ele também não nos perguntou. Ao fim da viagem, estávamos todos confiantes de que ele era realmente o que dizia ser.
Ao chegar, fomos melhor recepcionados do que esperávamos. Apesar de, inicialmente, os elfos de Sírhion terem permitido apenas a entrada dos elfos e meio-elfos de nossa comitiva em seu território, seu tratamento para conosco foi cordial. Ao contrário dos elfos de Sindhar, estes não possuíam tanto desagrado em relação à raça humana, e, após sermos levados até a presença do Rei Bremen e termos explicado nossos motivos para estar ali, ele permitiu que todo o nosso grupo e o historiador que nos acompanhava entrassem em seu reino.
Quanto ao nosso objetivo de entrar na Cidadela de Cristal, isto nos foi concedido. O Rei nos explicou que, caso houvesse quaisquer traços de maldade ou malícia em nossos propósitos em relação à Cidadela, estes seriam detectados por seus guardiães, os Leões de Mármore, poderosos gárgulas mágicos que serviam aos elfos. Assim, ele nos deixaria entrar por nossa própria conta e risco, pois na pior das hipóteses seríamos detidos pelos Leões. Ao saber que possuíamos em mãos um ritual para lacrar o Tomo profano que ele e seu povo guardavam na Cidadela, e que precisávamos levá-lo até um local sagrado específico para realizá-lo, o rei Bremen desejou que tivéssemos boa sorte e cuidado em nossa contenda. O historiador declarou que não possuía nenhum interesse na Cidadela, e que desejava apenas conversar com o rei. Assim, partimos, sendo escoltados por Coran, o capitão da guarda, um sério guerreiro élfico que havia nos acompanhado até ali, a pedido do próprio Bremen.
Coran nos levou e avisou que o tempo passava de maneira diferente na Cidadela, e nos aconselhou a não permanecer dentro dela por muitas horas. Os leões permitiram a nossa entrada, mas mesmo assim quiseram testar nossas capacidades e corações, ao perceberem quais eram nossos objetivos. No entanto, no meio de tal teste, as criaturas perturbaram-se. Disseram que um grande mal havia surgido na floresta, e que seus nobres guardiães, os elfos, estavam sofrendo as conseqüências. Dizendo isso, desapareceram. Encontramos o Tomo rapidamente com o intuito de sair da Cidadela, mas descobrimos que sua entrada estava, de alguma maneira, lacrada, provavelmente pelos leões. Ali permanecemos por algumas horas, impotentes, até que percebemos que a porta da Cidadela se abria.
Para nosso alívio vimos Coran, o elfo que nos acompanhara, mas sua expressão estava tensa, e logo sentimos um cheiro de fogo e mata queimada. Coran rapidamente nos contou que Sírhion estava sob ataque, pois o historiador que nos acompanhava havia transformado-se em um arqui-diabo e invocado centenas de lacaios, e estava no momento lutando com seu pai - na verdade, Coran era filho de Bremen. Ele nos pediu que lhe déssemos o Tomo, pois era sua obrigação, naquele momento e como filho do rei, protegê-lo juntamente a nós. Atordoados pela culpa e confusão, entregamos o Tomo a Coran. Mas ele - Coran - logo depois desapareceu como mágica...
Continua...
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Crônicas de Elgalor - Prólogo

Bons companheiros e ilustres visitantes, é com grande alegria e honra que trago a vocês, sob a benção de Odin, as crônicas que contam a história de um valoroso grupo de aventureiros do qual tenho o privilégio de participar. Por meio dos preciosos relatos do grande Mestre dos Ventos e de algumas passagens de meu próprio diário, vocês conhecerão a história de cada um de nós, por vezes protagonistas e por vezes espectadores da saga e da missão que, pelos ventos do destino, chegou até nós...
Que a boa sorte esteja sempre convosco, bons amigos...
Astreya Anathar
As Crônicas de Elgalor- Prólogo
"Nos reinos de Elgalor sou conhecido por muitos nomes: O sábio do deserto, O Precursor da Desgraça, Aquele que Caminha no Vento ou simplesmente o Senhor dos Ventos. Após séculos apenas observando as areias do tempo escoando enquanto novos heróis vêm e vão, é chegada a hora voltar a caminhar entre os povos livres e alertá-los sobre o grande mal que há de obliterar e escravizar a todos se não for ferrenhamente combatido.
Cinco anos atrás, através de inúmeras buscas e batalhas, o nefasto Cavaleiro da Morte foi derrotado por um grupo de valentes heróis que acompanharam o rei dos Elfos da Espada, Coran Bhael, o guardião da Lâmina de Gelo. Eram eles:
Evan, o Justo, um nobre paladino
Oyama Flagelo das Feras, um vigoroso monge das montanhas setentrionais
Bulma, A Destruidora, uma feroz bárbara das Florestas do Inverno
Astreya, a Estrela do Alvorecer, uma bela barda vinda do grande deserto de Kamaro
Aramil, o Sincero, poderoso mago de Sindhar, o reino dos Altos Elfos
Erol, Lâminas Mortais, um habilidoso ranger do reino de Sindhar
Hargor Martelo de Mitral, um sábio clérigo anão do reino de Darakar
A derrota do Cavaleiro da Morte não veio sem preço, pois o nobre Evan pereceu para que o vil cavaleiro negro fosse definitivamente destruído. Contudo, a paz reinou em todos os reinos livres de Elgalor.
Até agora.
Um poder macabro foi liberado com a abertura do Tomo dos Cânticos Profanos; criaturas sinistras começaram a vagar sem medo pela noite, que passou a ser mais escura e sombria do que jamais fora. Como se guiados por uma força maior, orcs se uniram por todo o continente e declararam guerras aos reinos dos elfos e dos anões. Seres advindos do abismo clamam por sangue em ataques cada vez mais freqüentes, e as forças da luz parecem enfraquecer a cada novo anoitecer.
Todos estes acontecimentos estão interligados, e o triste é que isto é apenas o começo. O grande mal por trás de tudo ainda nem sequer se moveu.
Os heróis que derrotaram o Cavaleiro da Morte se dispersaram há cinco anos; Astreya passou a viver no reino élfico de Sírhion, junto ao nobre e sábio rei Coran Bhael, como sua barda real. Oyama e Hargor viajaram até o reino de Darakar para combater um culto do Deus do Massacre, liderado por minotauros, Bulma voltou para sua terra natal onde exigiu a liderança de seu povo e Erol e Aramil retornaram em honra para Sindhar.
Hoje, me encontro com o rei Coran e lhe explicarei todo sobre o Tomo dos Cânticos Profanos que se encontra aberto e bem guardado na Torre dos Desesperos nas Terras Sombrias. Explanarei também sobre a profecia que conta sobre o retorno de dois grandes avatares de Gruumsh, o Deus dos Orcs, assim que as cabeças de 1000 elfos, 1000 anões e a vida de um rei de cada raça for oferecida em sacrifício.
Rogo que os Grandes Reis deixem suas diferenças de lado e marchem juntos com todo seu exército rumo às Terras Sombrias quando chegar a hora. Rogo para que os grandes heróis desta era se reúnam novamente, e mesmo sem seu líder, sejam capazes de lacrar o Tomo dos Cânticos Profanos.
Rogo para que ainda tenhamos tempo..."
Trecho do diário do Senhor dos Ventos
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Carmina Burana, o cancioneiro dos monges

Os mosteiros e conventos sempre foram famosos por suas atividades musicais, como a formação de coros e composição de canções de cunho religioso para louvar aos deuses ou a Deus, no caso de religiões monoteístas. No entanto, eles também foram importantes depósitos da cultura popular e da obra de grandes estudiosos e sábios, graças aos famosos monges copistas, que passavam para o pergaminho as inúmeras obras que encontravam com o intuito de preservá-las para a posteridade.
Os Carmina Burana são textos poéticos encontrados em um mosteiro, sendo parte de em um importante manuscrito antigo que compreendia 315 composições poéticas em 112 folhas de pergaminho decoradas. Há muito tempo atrás, Carl Orff, um bardo e erudito, teve acesso a esse manuscrito, e, encantado com seu conteúdo, resolveu musicalizar algumas de suas passagens.
Tanto a obra musical de Orff como os manuscritos originais continham poesias e canções de temas diversificados, como o amor, o sagrado e o profano, a moral e assuntos de cunho mais mundano, como o divertimento e o vinho. O tema principal que perpassa tais obras, no entanto, é a instabilidade da vida humana. Tanto que um dos desenhos centrais dos pergaminhos encontrados por Orff é a famosa roda da fortuna, uma alegoria à constante mudança entre boa e má sorte pela qual passamos em nossas jornadas por este e outros mundos...
Trago a vocês a impressionante canção de abertura e fechamento da obra de Orff,
Uma impactante melodia para acompanhar a luta de Gandalf, o branco!
Uma releitura deveras bela e interessante desta canção foi feita pelo grupo de bardos e artistas Era, em sua canção The Mass, criada para acompanhar um conto da saga de uma bela cavaleira e seu grupo e de um jovem rei...:
sábado, 1 de maio de 2010
Vangelis, o bardo de Vólos
Foi quando eu era ainda muito pequena que conheci o trabalho do grande bardo Vangelis. Suas músicas já serviram como inspiração para grandes navegadores, estudiosos das estrelas e até místicos e sábios...
É dito que este grande compositor começou a escrever suas próprias canções aos 4 anos de idade, tornando-se um autodidata da música. E embora durante parte de sua carreira não tivesse grande conhecimento para ler ou escrever partituras, seus maiores entusiastas costumam dizer que a música flui de sua alma, não precisando ser colocada em pergaminhos...
De qualquer maneira, este é um bardo que vale a pena ser ouvido, pela originalidade e beleza de suas composições. Trago a vós uma canção relativamente conhecida, mas que sempre vale a pena ser ouvida ainda mais uma vez por seu tom épico e transcendental. E se nunca a ouviste, fico feliz de proporcionar-te esta chance...
Vangelis - Conquest of Paradise - uma canção épica que acompanhou o conto de um bravo navegador...
É dito que este grande compositor começou a escrever suas próprias canções aos 4 anos de idade, tornando-se um autodidata da música. E embora durante parte de sua carreira não tivesse grande conhecimento para ler ou escrever partituras, seus maiores entusiastas costumam dizer que a música flui de sua alma, não precisando ser colocada em pergaminhos...
De qualquer maneira, este é um bardo que vale a pena ser ouvido, pela originalidade e beleza de suas composições. Trago a vós uma canção relativamente conhecida, mas que sempre vale a pena ser ouvida ainda mais uma vez por seu tom épico e transcendental. E se nunca a ouviste, fico feliz de proporcionar-te esta chance...
Vangelis - Conquest of Paradise - uma canção épica que acompanhou o conto de um bravo navegador...
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