Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

domingo, 6 de março de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 5)


E mais uma vez, é com grande honra que apresento-vos, caros viajantes e visitantes,
a quinta parte do sétimo capítulo das Crônicas de Elgalor, no qual Astreya e Aramil lutam para sobreviver e encontrar uma forma de sair de sua prisão...

Boa leitura, e que os ventos da fortuna sempre vos acompanhem!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 5)

Por ODIN.

As criaturas rastejantes se aproximavam rápido, rosnando e gemendo. Elas se pareciam com reflexos distorcidos de pessoas deformadas, tinham grandes garras e presas e a pele fria e cinzenta. Aramil estendeu seu cajado e recitou um encantamento. Nada aconteceu.
- Maldição... – reclamou o mago – com você grudada em mim e seus pensamentos idiotas em minha mente, não consigo me concentrar o bastante.
- Ótimo! – exclamou Astreya aflita com sua espada em mãos enquanto as criaturas grotescas rosnavam ainda mais alto – Um mago que não consegue usar magias...
- Poupe-me do MEU sarcasmo, meio elfa – disse Aramil – digo, meio humana, e faça alguma coisa!

Astreya girou sua cimitarra mirando a primeira das criaturas que se aproximou, rasgando sua garganta em um golpe perfeito. Neste momento, a barda notou que a frieza de Aramil que estava lentamente se espalhando por seu espírito finalmente tivera alguma serventia. Outra criatura avançou sobre Aramil com suas garras, e o mago tentou bloquear o ataque com seu cajado. Seus reflexos de combate estavam mais apurados, e ele obteve êxito. Ainda assim, as criaturas estavam em um número muito grande, e seria apenas uma questão de tempo até que elas sobrepujassem os dois heróis.
- Cuidado! – gritou Astreya vendo que uma das criaturas desferiu um soco no maxilar do mago.
- Argh... –disse Aramil sentindo o punho da criatura lhe arrancar sangue de tal forma que o mago quase perdeu a consciência – Não vamos conseguir...
Antes de terminar sua frase, Astreya cortou a garganta da criatura que havia atacado Aramil, e o mago olhou para a barda e notou que ela não foi afetada pelo golpe que ele havia recebido. Os dois estavam presos um no outro e compartilhavam emoções e pensamentos, mas não os ferimentos que seus corpos recebiam. Ele ergueu seu cajado e antes que Astreya percebesse o pensamento dele em sua mente, bateu seu cajado de metal com toda sua força na nuca da barda.
Astreya caiu inconsciente, quase puxando Aramil para baixo. O mago bateu seu cajado no chão e disse para si mesmo:
- Finalmente um pouco de silêncio. Espíritos do fogo ouçam meu chamado e envolvam-nos em sua barreira protetora, e despejem sua fúria naqueles que desejam nos ferir.

Quando Aramil recitou a última palavra, um círculo de fogo surgiu do chão ao redor dele e da inconsciente Astreya, carbonizando instantaneamente todas as criaturas disformes que os cercavam. Assustadas e surpresas, as outras criaturas correram para as paredes fugindo do fogo.
- Assim é melhor – disse Aramil mantendo a barreira de fogo alta apenas por precaução – agora, basta encontrar uma saída daqui.
- Só há uma saída, mago egoísta -ecoou a voz do demônio por todo o salão – bem, na verdade, existem duas...
- Duas? -perguntou Aramil mantendo-se atento a qualquer alteração a seu redor.
- Sim – disse o demônio quase gargalhando de prazer – uma chave, no coração de cada um de vocês! Se quiser sair, basta arrancar o coração de Astreya! HAHAHAHAHAHA!
- Você não está falando com um retardado mental como Oyama ou Bulma, e nem com uma sentimentalista idiota como Astreya, cria do abismo! – Gritou Aramil – você vai ter que fazer muito mais do que isso para me enganar ou para me colocar em um dilema moral.
- Isso quer dizer que se o amuleto de Thingol não estivesse protegendo vocês contra minhas magias mais nefastas, você arrancaria o coração da barda, não é?
Aramil não respondeu.
- NÃO É? – perguntou novamente o demônio fazendo com que um forte vento soprasse em todo o salão – E você sabia, mago que todas estas criaturas que você matou eram prisioneiros inocentes, que foram... aprimorados pelas minha finas artes de tortura?
- Agora estou realmente emocionado – disse Aramil com seu habitual sarcasmo enquanto expandia seu círculo de fogo e queimava as poucas criaturas que ainda estavam vivas.
- HAHAHAHA! -gargalhou o demônio – vejo potencial em você, elfo. Mas isso não muda o fato de que você NUNCA vai sair daqui, pois nunca vai encontrar o portal.

Neste momento, Astreya começou a despertar.
- Aramil... seu... – disse Astreya enquanto se levantava.
- Eu não vou poder sair... –repetiu Aramil para si mesmo.
- Astreya, me ouça com atenção – disse Aramil – de certa forma, o maldito disse a verdade. Acho que a chave para sair está mesmo em nossos corações.
Nisso, o mago fechou os olhos e bateu seu cajado na própria cabeça, caindo inconsciente.
- HAHAHAHA, isso é ridículo! O verme ficou com tanto medo que se escondeu e abandonou você sozinha, Astreya. SOZINHA.
As palavras do demônio feriram a alma de Astreya mais do que qualquer espada poderia fazer com seu corpo. Ela odiava esta palavra. No entanto, ela se lembrou do que Aramil havia dito, e do que sua mãe sempre lhe ensinara:
- “A luz de uma pequena vela pode dissipar um pouco da mais densa escuridão” – repetiu a barda para si mesma, lembrando-se de seus amigos, sua família e principalmente, de seu amado Coran. Ela não estava sozinha.
Neste momento, Astreya sentiu seu coração repleto de amor e esperança, e um portal se abriu logo à sua frente.
- HUMPH! – bufou o demônio com desinteresse – Haverá um dia, Astreya, em que a luz de uma vela não será capaz de dissipar a escuridão. Eu deixarei vocês seguirem em frente apenas para que você sinta todo o desespero que esta verdade há de lhe trazer. Eu vi seu futuro, barda, e lhe garanto que se você soubesse o que o destino lhe reserva, você não sairia desta torre.
- Você não permitiu minha passagem, demônio – nós a conquistamos.
- Repita isso daqui há três dias, barda – disse o demônio fazendo o vento soprar mas forte – repita isso daqui há três dias...

Astreya o ignorou, e arrastando o corpo de Aramil que ainda estava preso ao seu, passou pelo portal.

4 comentários:

  1. Essa torre deu um trabalhão HEIM O.O
    OMG!!!! Quero ver como vai acabar essa aventura!

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  2. Rhorvals Alhanadel, o Ciclone de Aço8 de março de 2011 às 10:12

    Esperando a continuação!

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  3. Muito bom mesmo... haja paciência para esperar pelo próximo capítulo.

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  4. Obrigada, amigos! Logo, logo, a continuação já estará em um pergaminho por aqui...

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