Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

segunda-feira, 25 de abril de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 10)


Boa noite, caros amigos! Peço desculpas pela demora em publicar um novo pergaminho, mas digo-vos que a espera valeu a pena: um novo capítulo das Crônicas de Elgalor foi finalmente criado, e aqui estou para recitá-lo a vós todos.

Boa leitura, e que os ventos da paz e prosperidade sempre vos acompanhem, nobres aventureiros!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 10)

Por ODIN.

Assim que a lança sagrada de Evan atingiu a garganta de Thurxanthraxinzethos, o meio dragão explodiu, envolvendo todo o escuro salão em um enorme clarão de fogo e morte.

As paredes e o teto do local ruíram por causa da explosão, e o barulho que as pedras fizeram ao cair no chão foi o último ruído que se ouviu naquele local por um longo período.

Após algumas horas, as pedras se moveram, e um corpo se levantou.
- Por Moradin - disse Hargor para si mesmo enquanto tentava retirar os escombros para desenterrar seus companheiros – se não fosse a proteção mágica do elfo, teríamos sido totalmente carbonizados.

Hargor estava todo queimado e com diversos hematomas pelo corpo; várias de suas costelas estavam quebradas, mas ele sabia que não haveria tempo para cuidar disso agora. O anão cavava ferozmente com as mãos, afastando os mais mórbidos pensamentos que insistiam em vir a sua mente.
- Considerando que eu estou vivo, Oyama e Bulma provavelmente sobreviveram – pensava o anão – mas Astreya, Tallin e Aramil provavelmente...
- Cala-te! – grunhiu Hargor furiosamente para si mesmo – apenas cave!

Após cerca de vinte minutos, Hargor viu uma porção de pedras se levantando do outro lado do salão. Era Bulma.
- Fico feliz em vê-la viva, bárbara – disse o anão continuando a retirar as pedras – se puder carregar algum peso, me ajude. Temos que encontrar os outros.
- Eles merecem um enterro digno – respondeu a bárbara com o rosto coberto de sangue - eu não sabia que meio dragões explodiam.
- Eles não explodem – respondeu Hargor – era uma armadilha. Mais uma armadilha.
Quando terminou de dizer isso, Hargor encontrou o corpo de Oyama, que estava virado de costas. Sua coluna parecia ter sido severamente fraturada com o impacto das rochas.
- Me ajude a tirá-lo, Bulma – gritou Hargor.
- Sim – respondeu a meio orc se aproximando e retirando algumas pedras mais pesadas, enquanto Hargor erguia o corpo de Oyama.
- Ele está vivo? – perguntou Bulma secamente.
- Sim – respondeu Hargor – ele se tornou muito forte durante os anos em que permaneceu junto a meu povo...
- Olhe! – interrompeu Bulma assim que Hargor retirou o corpo de Oyama.

Abaixo do corpo do monge estavam Astreya e Aramil. Ambos estavam desacordados e consideravelmente queimados, mas não havia fratura alguma em seus corpos.
- Guerreiro até o fim, não é, Oyama? – disse Hargor satisfeito.
- Parece que não vamos nos livrar tão cedo do mago – disse Bulma com uma gargalhada.
- Espero que não – respondeu Hargor pensando em tudo o que passaram naquele dia – se não fosse por ele, todos estaríamos com nossos deuses agora. Vamos procurar Evan e Tallin. Oyama, Astreya e Aramil resistirão.

Após mais uma hora, Bulma encontrou o corpo de Evan soterrado, protegendo o de Tallin da mesma forma que Oyama protegera Astreya e Aramil. A bárbara olhou para o paladino que parecia ter sido esmagado pelo martelo de um gigante do fogo e por um momento, sentiu vergonha de si mesma por não ter sequer pensado em proteger alguém na explosão. A única coisa que passava por sua cabeça no momento era arrancar a cabeça de Thurxanthraxinzethos usando seus dentes.

Hargor prestou os primeiros socorros em todos eles, e após mais uma hora, todos estavam despertos, apesar de Oyama e Evan não conseguirem sentir suas pernas.
- Esta foi dura – disse Oyama sem se preocupar muito, pois sabia que assim que os poderes de Hargor retornassem, ele seria plenamente curado – Não sabia que meio dragões explodiam...
- E não explodem, tolo – respondeu Aramil colocando a mão sobre a cabeça – É incrível como a capacidade mental de vocês humanos sempre consegue descer a novos níveis de...
- Cale a boca, Aramil! – interrompeu Astreya furiosa – ele salvou sua vida! Você deveria no mínimo agradecê-lo!
- Me agradecer? – gargalhou Oyama – Não, não, Astreya, ele não me deve nada. Eu pulei para salvar você. O Aramil só deu sorte de estar por perto.
- Mesmo assim... – continuou a barda.
- Pessoal – disse Evan se levantando – sei que temos que agradecer uns aos outros por estarmos vivos, e ainda vamos ter uma conversa séria sobre a maneira como alguns aqui se atiraram como loucos sobre “Thurxanthraxinzethos”, mas temos algo a fazer.
- Na verdade, não temos mais – disse Aramil – O Tomo dos Cânticos Profanos deveria estar aqui, no último nível da torre. Antes que Oyama e Bulma perguntem, sei que este é o último nível simplesmente porque não temos teto algum sobre nós.

O céu nas terras sombrias era tão escuro que era de fato difícil distingui-lo do teto frio e sombrio que cobria a torre. Hargor começou a se concentrar, e após alguns segundos, disse:
- Nobre Moradin, pai de todos e senhor da forja, responde teu humilde servo. O Tomo que buscamos foi destruído junto com a torre?
Após um minuto de total silêncio, Hargor disse:
- A resposta foi “não”, mas que ele foi lacrado.
- Como? – perguntou Aramil – pouquíssimos sabem o ritual de selamento além de nós. Quem poderia ter feito isso?
- O Rei Dragão – respondeu Hargor – O porquê eu não sei.
- Não faz sentido nenhum – disse Astreya – tudo o que passamos para conseguir entrar na torre e selar o tomo... foi tudo em vão?
- Eu estive pensando.... – disse Tallin – se o tal Thurxanthraxinzethos é tão poderoso assim, e se o Rei Dragão que aparentemente representa o grande mal desta era realmente queria proteger o tomo, por que ele não enviou o verdadeiro Thurxanthraxinzethos para protegê-lo junto com o demônio que enfrentamos?

Mais um momento de silêncio foi feito. Aramil, em particular, ficou bastante perturbado por não ter nenhuma resposta para a questão. Todavia, esta era uma pergunta que precisaria esperar para ser respondida, pois os heróis ainda precisavam avisar o Grande Rei dos anões e dos elfos sobre o desafio de Skarr, o arauto de Gruumsh.

A batalha sangrenta que seria eternamente lembrada em todos os cantos de Elgalor estava prestes a eclodir. A “guerra dos reis”, como dirão os bardos no futuro, se aproximava.

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