Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

segunda-feira, 13 de junho de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 4)


Boa noite, nobres visitantes! É com grande honra que trago-vos ainda outro registro das Crônicas de Elgalor, no qual chegamos ao belo e orgulhoso reino dos anões de Darakar. Espero que apreciem, e boa leitura!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 4)

Por ODIN.

Poucas horas após o fim da reunião em Sindhar, Thingol Shaeruil e Coran Bhael foram levados por magia até os Portões Cinzentos de Darakar, o reino dos anões. Juntos deles estavam Astreya, Aramil, Evan e Bheleg Aldalen, o capitão da guarda real de Sindhar. Os Portões Cinzentos eram virtualmente indestrutíveis, e só podiam ser vistos por anões ou por seus convidados. Como a visita dos reis élficos já era esperada, todos puderam ver sua entrada.

- O que sabe sobre Darakar, Astreya? – perguntou Evan observando com admiração o imenso portão de aço e chumbo que se erguia na maior e mais vigorosa montanha de toda Elgalor.
- Este é o principal reino dos anões – respondeu Astreya puxando da memória as informações que lembrava – é uma fortaleza natural, com milhares de túneis e salões subterrâneos. Algumas poucas partes foram construídas acima do solo ou na encosta das montanhas, e dizem que mesmo para quem sabe o caminho, são necessários sete dias e sete noites para atravessar o reino de norte a sul ou de leste a oeste.
- Fascinante... – ironizou Aramil entediado – felizmente dispomos de magias que podem nos tirar daqui bem antes disso.
- É verdade – disse Astreya – SE o rei Balderk I remover a barreira que impede magias de teletransporte e invocações dentro do reino.
Quando Bheleg estava prestes a entrar na discussão, os Portões Cinzentos começaram a se abrir, e todos puderam ver Hargor e Oyama, acompanhados por cerca de oito guerreiros anões armadurados e bem armados.
- Em nome do Grande Rei Balderk I, sejam bem vindos a Darakar, nobres amigos e prezados representantes de Sindhar – disse Hargor de forma direta, mas com a diplomacia que aquela situação exigia – o Senhor de Darakar aguarda Coran de Sírhion e Thingol de Sindhar na sala de reuniões. O restante de vocês terá que esperar no Salão dos Antigos.

Astreya desejava fazer parte da reunião como trovadora real de Sírhion, mas quando viu que Bheleg abaixou a cabeça em consentimento ao comunicado de Hargor, decidiu que não seria sábio forçar a situação. Ele provavelmente também desejava acompanhar seu senhor na reunião que ocorreria.

Hargor conduziu todos por um vasto corredor, repleto de tochas e pedras que emitiam uma bela luz branca e azulada, iluminando o caminho para que os “não anões” pudessem enxergar normalmente. As paredes eram decoradas com estátuas de pedras magníficas, representando orgulhosos guerreiros anões portando belas armas e armaduras, e travando combate contra orcs, gigantes e demônios. Mesmo o Alto Rei Thingol Shaeruil reconheceu em silêncio o belo trabalho que havia sido feito ali.
- São belas estátuas – disse Evan.
- São mesmo – respondeu Oyama – um dia ainda vou pedir para fazerem uma minha também!
- Acho que nem os anões seriam capazes de captar toda sua... “grandeza”, Oyama – disse Aramil com o habitual sarcasmo.
- Pode falar o que quiser de mim, magrelo – respondeu Oyama despreocupado – mas tome cuidado para que sua verdadeira opinião sobre os anões não seja ouvida aqui, ou alguém vai voltar para casa chorando e sem a língua.
- Se está tão preocupado com meu bem-estar, Oyama – disse Aramil – deveria ter tomado um banho antes de nos receber.
- Calem a boca, idiotas – rosnou Hargor tentando falar baixo – não é hora para isto!
- Hargor, onde está Bulma? – perguntou Astreya tentando aliviar um pouco a tensão.
- Treinando – respondeu o anão – com alguns membros da Guarda do Trovão.

Todos ali, inclusive Aramil, sabiam que a Guarda do Trovão era composta pelos melhores e mais experientes guerreiros dentro do exército de Darakar. Em Elgalor, eles são considerados a mais bem treinada força de combate corpo-a-corpo do mundo. Bheleg, em especial, trabalhara muito para que a Guarda Real de Sindhar chegasse a este nível de habilidade, mas como o guerreiro experiente que era, sabia que ainda levaria mais algumas décadas para que isso ocorresse.

Durante todo o trajeto que restava, todos permaneceram em silêncio. Após percorrer o grande corredor por quase vinte minutos, Hargor guiou todos por uma sucessão de portais mágicos, e logo após passarem pelo sétimo portal, reis e heróis chegaram ao Salão dos Antigos. Este era o maior salão de Darakar, e era do tamanho de um pequeno palácio. Havia diversas estantes de livros, armas, armaduras e grandes cadeiras habilmente entalhadas em pedra negra. Seis belas e ornamentadas portas de aço envolviam todo o Salão, e no meio delas, uma porta dourada com a figura de um poderoso anão armadurado usando uma espécie de “elmo coroa” guardava a passagem para a sala do Grande Rei. As paredes, de mais de vinte metros de altura, eram ornadas com belas gravuras que junto a escritos na língua dos anões contavam toda a história do povo de Hargor. Com exceção de Coran e Thingol, que já haviam estado ali, todos ficaram momentaneamente chocados diante da magnificência daquele local.
- Logo vocês receberão comida e bebida, amigos – disse Hargor sentindo um forte orgulho pelo legado de seu povo que se fazia presente naquele local – apenas Thingol Shaeruil e Coran Bhael devem passar por aquela porta comigo.
- Então você vai entrar também? – perguntou Aramil.
- Sim – respondeu Hargor – como não possuímos muitos bardos, são os clérigos de Darakar quem registram todos estes acontecimentos. A mim foi conferida a grande honra de registrar esta reunião. E não se preocupem, pois uma cópia será passada aos trovadores mestres das Casas de Sindhar e Sírhion.

Aramil pensou em comentar que não acreditava que Hargor registraria tudo imparcialmente, mas sabia que esta era uma das acusações que, se feitas em Darakar, certamente levariam um homem para a forca. Arrogante, porém sábio, Aramil decidiu se manter calado.

2 comentários:

  1. Rhorvals Alhanadel, o Ciclone de Aço14 de junho de 2011 às 10:10

    Excelente! Odin está a a se superar a cada conto, e espero pela continuação!

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  2. Poxa vida, eu tinha comentado antes, mas acho que esqueci de confirmar as letras, rsrsrsrs.

    De qualquer forma, como disse lá no meu podcast, essa história tá cada vez mais cheia de suspense. Parabéns!

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