Bem-vindos!
Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)
Astreya Anathar Bhael
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)
Astreya Anathar Bhael
quinta-feira, 28 de julho de 2011
As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 8)
Saudações, nobres aventureiros! Prosseguimos com a emocionante continuação da batalha entre Skarr e o rei anão Balderk! Sem mais delongas, boa leitura e que os ventos da fortuna vos acompanhem!
As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 8)
Por ODIN
- ACABA COM ELE! – gritou Oyama com toda a força de seus pulmões.
- Este orc é forte – reconheceu Durin, o filho de Balderk – mas meu pai é o melhor guerreiro entre a raça dos melhores guerreiros de Elgalor. Ele irá vencer.
- Com certeza – disse Hargor com seriedade.
Todos os anões estavam gritando em incentivo a seu amado e bravo rei, e mesmo respeitando a força de Skarr, em nenhum deles havia dúvida de que Balderk terminaria triunfante. Eles sabiam que o golpe com o qual Skarr atingira seu rei seria capaz de derrubar um gigante, e ver Balderk lutando ferozmente como se nada houvesse acontecido apenas aumentou o orgulho daquele povo. Bulma, por outro lado, rosnava e rangia os dentes. Melhor do que qualquer um daqueles guerreiros experientes e altamente disciplinados, ela entendia o poder da fúria de um verdadeiro bárbaro. Ela odiava, mas era obrigada a admitir que Skarr era sem dúvida o maior bárbaro que ela já vira em combate. Mesmo que Balderk arrancasse seus dois braços e suas duas pernas, ele continuaria lutando.
- MORRA! - gritou Skarr de uma maneira completamente bestial e ensandecida enquanto desferia arcos amplos e violentos com seu poderoso machado, que como sangrava continuamente, já deixara diversas poças de sangue no campo de batalha.
- Você primeiro – rosnou Balderk bloqueando um golpe com seu escudo e desferindo um corte profundo na coxa de Skarr com seu machado. Skarr cambaleou, mas se recuperou rapidamente em um salto, girando ferozmente seu machado na altura da cabeça de Balderk. Balderk posicionou seu escudo de acordo, e praguejou em sua língua quando o machado atingiu em cheio seu escudo. Aquele já devia ser o sexto golpe que Balderk aparava daquela maneira, e sabia que dentro de mais quatro ou cinco bloqueios, mesmo o seu braço quebraria com a força dos impactos. Mas não foi isso que preocupou o rei dos anões. O que o enfureceu é que naquele exato instante que o machado de Skarr atingiu seu escudo, ele estava posicionado sobre uma das várias poças de sangue geradas pelo machado de Skarr. Balderk procurou firmar sua base de combate, mas sabia que isso seria praticamente impossível. No instante seguinte, o Grande Rei dos Anões foi arremessado violentamente contra o chão.
Elfos e anões emudeceram naquele momento, enquanto os tambores orcs soavam cada vez mais altos. Como um tigre, Skarr avançou sobre Balderk com um golpe poderosíssimo de seu machado. Balderk rolou para o lado e quando estava para se levantar, sentiu o pé esquerdo de Skarr explodindo contra seu rosto. Elenna inconscientemente gritou naquele momento, pois durante todo o combate estava fazendo comparações sobre o que Coran ou Bheleg fariam se estivessem ali; naquele momento, ela foi obrigada a admitir para si mesma que se seu tio ou o rei de Sírhion fossem pisoteados daquele jeito, seus crânios teriam se partido ao meio.
Balderk sentiu tudo escurecer ao seu redor, mas não perdeu a consciência. Skarr forçou seu pé para esmagar o crânio do anão, enquanto desferia mais um golpe com seu machado bem no peito de Balderk. O anão bloqueou o golpe com o escudo, e desferiu um golpe preciso com seu machado; não no pé de Skarr, mas no ligamento que ficava atrás do joelho esquerdo do orc. Quando o machado de Balderk rasgou a perna de Skarr quase a arrancando, Skarr urrou de dor e instintivamente afrouxou o pé que prendia Balderk. Cego de raiva e dor, ele desferiu mais um golpe contra Balderk. Este golpe novamente foi bloqueado com o escudo de Balderk, mas sua força fora tão grande que o rei anão sentiu seus ossos trincando com o impacto. Mais um golpe e seu braço estaria inutilizado.
Da melhor forma possível, Balderk se levantou, e notou que mesmo sem ter praticamente apoio algum em uma das pernas, Skarr continuava a atacar, e parecia que até mesmo seu machado tinha vida própria. Skarr não possuía mais precisão alguma em seus golpes devido à falta de firmeza em sua base, mas os ferimentos causados pelo anão deixaram o orc ainda mais forte e mais rápido. Skarr era além de tudo, um combatente muito experiente, como Balderk pôde observar; se ele arriscasse encontrar uma brecha na defesa do orc e falhasse, seria instantaneamente decapitado. Restava apenas uma opção.
- Glória ou morte! – gritou o anão arremessando longe seu escudo e segurando seu machado com as duas mãos.
Skarr atacou ferozmente em um arco vertical descendente, e Balderk habilmente virou a lâmina do seu machado de modo que ela aparasse o golpe. As Lâminas do machado de Skarr e do machado de Balderk se chocaram violentamente, causando um pequeno clarão seguido do ruído de um trovão. O braço direito de Balderk pareceu quebrar com o impacto, mas como Skarr não era capaz de sustentar uma base eficiente, seu ataque não pôde ser desferido com toda a força. Balderk firmou suas fortes pernas no chão e rugiu, como se tentasse ganhar ainda mais força para resistir. Skarr pressionava seu machado para baixo com violência, e quando Balderk olhou nos olhos sedentos de sangue do orc sentiu que ele estava instintivamente preparado caso o anão tentasse esquivar e atacar ou usar uma rasteira. Mas este não era o plano de Balderk.
Por mais de dois minutos, os dois guerreiros permaneceram imóveis apenas tentando sustentar suas posições. O primeiro que cedesse ali estaria morto.
- Balderk está contando que seu vigor supere o de Skarr, não é? – disse Astreya a Coran, sentindo seu coração palpitar cada vez mais forte.
- Ele não tem como medir o vigor de Skarr, Astreya – respondeu Evan – ele não apostaria a batalha em uma variável que não conhece.
- Então no que ele está apostando? – perguntou Tallin impaciente.
- Naquilo que conhece – respondeu Bheleg.
- Que é... – perguntou Tallin novamente.
- Aço – disse Durin a Oyama e a Hargor do outro lado do vale – meu pai confia em nosso aço, e a esta altura sabe que ele é superior ao aço usado no machado de Skarr.
No terceiro minuto daquele “teste de resistência” a lâmina do machado de Balderk começou a atravessar lentamente a lâmina do machado de Skarr. Os instintos selvagens do bárbaro orc não possuíam saída para aquilo, e Skarr rosnou e forçou ainda mais sua arma. Aos poucos, o machado de Balderk foi abrindo o grande machado de Skarr ao meio, e quando a lâmina do machado sangrento estava toda destruída, Skarr largou a arma e atingiu um soco certeiro no nariz de Balderk com seu punho revestido por uma pesada luva de ferro negro repleta de espinhos. Balderk sentiu seu nariz se quebrar em mil pedaços e novamente sentiu como se estivesse à beira de perder a consciência.
Mas isso agora não importava, pois no momento que Skarr avançou para atingir o rosto de Balderk com um soco, seu próprio rosto encontrou o fio do machado do rei dos anões, e foi instantaneamente dividido em dois.
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Muiiiiiito bom! Fantástica a questão do rei anão confiar no metal de seu machado. Extremamente genuino! Escreve mais e mais rápido, por favor, rs. Parabéns, by the way!
ResponderExcluirObrigada, StubbOrn, ficamos muito felizes que tenhas apreciado esta emocionante batalha! Eu também gostaria que Odin escrevesse mais rápido, hehehe. Seja sempre bem-vindo e novamente obrigada pelo comentário.
ResponderExcluirMil perdões, caros amigos.
ResponderExcluirFico muito feliz em saber que estão apreciando a história, e garanto-lhes que se o tempo permitisse, eu escreveria mais e mais rápido...
Maravilhoso!!! Só uma dúvida: no penúltimo parágrafo diz que "Skarr largou a arma e atingiu um soco certeiro no nariz de Hargor". Acho que é Balderk, não Hargor, certo?
ResponderExcluirNossa, é mesmo! Hargor é nosso companheiro, heheheh.... confundimos os nomes dos anões... Obrigada clérigo!!
ResponderExcluirProblema corrigido!
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