Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Equilibrium

Trilhas sonoras de contos cinematográficos parecem ser um ótimo material para animar nossas mesas de RPG. Sendo assim venho trazer-vos esta noite uma sonoridade diferente mas belíssima: uma canção do filme Equilibrium, que conta a história de uma sociedade futura na qual todos os sentimentos são reprimidos por meio de um medicamento para, tecnicamente, conter conflitos e guerras. Nenhum cidadão pode parar de tomar tais medicamentos, e tudo que lembre a individualidade e o sentimentalismo é exterminado por agentes especializados chamados - vejam só - clérigos.

Tudo isso muda quando o mais talentoso dos clérigos - John Preston - acaba por não tomar a sua dose diária do "remédio", e começa a sentir.

Abaixo, minha canção favorita da trilha do filme, com a qual foi feito um pequeno trailer:


The Final Countdown - Lost - Klaus Badelt

"To feel. Because you've never done it you can never know it. But it's as vital as breath, and without it...without love, without anger, without sorrow, breath is just a clock...ticking."

Uma bela canção e um filme interessante.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

É tempo de júbilo!

Eis que o nefasto monstro que assombrava meu alter-ego mortal (vulgo "prova para admissão em mestrado") finalmente foi vencido! Passando ou não, o importante é que as noites estudando e os dias de leitura podem finalmente ficar para trás! E para comemorar, trago-vos canções alegres e muito apropriadas da belíssima trilha sonora do mais recente conto de Robin Hood!


Merry Men - Robin Hood original soundtrack (Marc Streintenfeld)


Planting the fields - Marc Streintenfield

Para quem não assistiu esta película, já fica aqui minha recomendação. Diversão garantida para os amantes de um bom RPG medieval - arqueiros, ladinos, um frei que fabrica hidromel, e, o melhor de tudo, um bom bardo e seu alaúde!

sábado, 23 de outubro de 2010

As Crônicas de Elgalor – Capítulo 22: Depois da tempestade (parte 2)


Bom-dia, caros amigos e visitantes! É com grande honra e alegria que vos trago nessa tarde de sábado o vigésimo segundo capítulo das Crônicas de Elgalor, sob a benção e a pena de Odin.

Boa leitura, e que os ventos da boa sorte estejam sempre convosco!

As Crônicas de Elgalor – Capítulo 22: Depois da tempestade (parte 2)

Enquanto Astreya, Hargor, Oyama e Bulma se recuperavam no reino de Sírhion, Aramil se reunia com o Alto Rei dos elfos, Thingol de Sindhar, o mais poderoso mago de toda Elgalor. Dois dias após ter seus braços restaurados, Aramil foi chamado para uma conferência com seu rei na sala do trono do Palácio da Luz, um magnífico castelo feito de pedras brancas e cristais, perfeitamente integrado às belas florestas e bosques de Sindhar, o reino dos altos elfos.

O altivo e poderoso rei Thingol era amado e respeitado por todos os altos elfos, pois vivia única e exclusivamente em prol da raça élfica. Ele seria capaz de enviar todo seu exército para resgatar um único elfo que estivesse com problemas, mas sua generosidade era extremamente seletiva; ele sentia grande desprezo por todos os “não elfos”, especialmente humanos, devido às grandes perdas que estes lhe trouxeram. Sua visão era compartilhada por todos em Sindhar, tanto que a entrada de não elfos no reino era expressamente proibida.

Thingol usava sempre mantos verdes e dourados, e uma fina coroa de ouro. Era um pouco mais alto que os outros elfos, e seu cabelo, apesar de loiro como o de todos os altos elfos, era tão claro que por vezes se assemelhava a prata. Para Balderk, o Grande Monarca dos anões, Thingol era arrogante e excêntrico, mas em Sindhar, ele representava aquilo que todo elfo deveria ser.

- Então foi isso que aconteceu desde que você deixou Sindhar para encontrar os não elfos nas montanhas dos anões – disse Thingol sentado em seu trono à Aramil, que o ouvia atentamente – Você foi escolhido para representar os elfos nesta contenda juntamente com o nobre Erol, e tem o feito muito bem, pelo que vejo. Por esta razão, eu lhe libero de teu dever.
- Fico muito honrado com vossos elogios, grande rei – respondeu Aramil fazendo uma reverência – mas sendo que o homem mais indicado para tal tarefa é o capitão Bheleg, alguém que o senhor não pode dispor no momento, acredito que eu mesmo hei de continuar carregando este fardo em nome de nosso povo.
- É muito nobre de sua parte, lorde Aramil – disse Thingol se levantando – em nome de todos os elfos eu lhe agradeço, pois sei como deve ser difícil ter trabalhar junto dos não elfos do Senhor dos Ventos.
- Mais do que pode imaginar, vossa majestade – respondeu Aramil imediatamente se lembrando de Oyama e Bulma – mas independente disso, gostaria de fazer-lhe uma pergunta.
- Faça – autorizou Thingol.
- Como foi vossa reunião com o rei Coran? – questionou Aramil.

Thingol permaneceu imóvel por um instante, como se estivesse tentando colocar tudo o que sentia em palavras sem demonstrar a grande ira que sentia.
- Ruim... – respondeu o Alto Rei por fim – muito ruim.
- Coran Bhael – continuou Thingol – assim como seu falecido pai, Bremen Bhael, partilha da filosofia de que nós elfos devemos viver em comunhão com as outras raças. Compreendo isto, tanto que por mais de seiscentos anos tentei ensinar a outros povos nosso caminho, tentei guiá-los e auxiliá-los de todas as formas possíveis. Quando os humanos nos traíram pela segunda vez, resultando na morte de meu filho mais velho e de minha amada esposa, percebi que deveríamos nos recolher, e lutar ao lado de outras raças apenas quando a ameaça de um verdadeiro apocalipse estiver pairando sobre o mundo.

- Como sinto que este momento está se aproximando – disse Thingol olhando para uma das grandes janelas de seu palácio – e sei que não podemos correr o risco de ser traídos novamente, decidi unir nossos povos. Os alto elfos, os elfos silvestres e os elfos de prata. Propus a Coran que ele se casasse com minha filha Meliann com as bênçãos do sábio e falecido rei Karanthir. Eu lideraria nossos exércitos reunidos contra a ameaça que o Senhor dos Ventos nos alertou, e depois de terminada a guerra, cederia o posto de Alto Rei à Coran, podendo finalmente partir para os reinos de Corellon com o coração em paz.
- Venceríamos esta guerra sem ter que trabalhar junto de humanos sem honra e anões tolos – disse Aramil – não precisaríamos fazer negociações, pactos, nem nos preocupar com espadas em nossas costas... Seria realmente ótimo. Nossa supremacia seria reconhecida até pelos anões, e se algum dia no futuro uma aliança fosse necessária, todos teriam que nos seguir, como deveria ter sido desde o início.
- Exato – respondeu Thingol – mas como pode imaginar, os ideais ingênuos de Coran Bhael o impediram de aceitar minha oferta.
- “Ideais” – disse Aramil revoltado – Coran Bhael é um tolo. Era evidente que ele não aceitaria uma oferta como esta.
- Aramil... – disse Thingol intrigado com a reação do mago – você sabe de algo que eu não sei?
- Não, vossa majestade – respondeu Aramil se curvando para evitar os olhos inquisidores de seu rei – nada relevante...

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Nos jardins do Palácio da Luz, a princesa Meliann, a mais bela elfa que já nascera em Elgalor, tocava em sua harpa uma melodia agradável, porém melancólica, enquanto sua melhor amiga, a jovem Elenna Aldalen, sobrinha do capitão Bheleg Aldalen, reclamava furiosa.
- Não é justo! – gritou a também bela e jovem elfa – já faz três anos que iniciei meu treinamento, e o grupo de lorde Aramil precisa de uma ladino habilidoso, mas meu tio se recusa a me deixar partir!

Entre os elfos, os ladinos são indivíduos habilidosos e altamente treinados para recuperar relíquias élficas perdidas, encontrar pessoas e explorar lugares que ninguém mais seria capaz. Diferentes da maioria dos ladinos humanos ou halflings, eles não eram movidos por cobiça de qualquer tipo, apenas pelo desejo de servir seu povo e pelo ainda mais forte desejo de conhecer novos e fantásticos locais neste processo.

- Bheleg é um bom homem – respondeu Meliann com um leve sorriso e um suspiro – depois que meu irmão morreu séculos atrás, ele assumiu o posto de mestre de armas de Sindhar, e sabe o que faz, Elenna. Se ele disse que você não está pronta, é porque não está.
- Não consigo aceitar as coisas tão bem quanto você, Meliann, por mais que gostaria – respondeu Elenna sentando-se na grama, percebendo que de nada adiantaria despejar suas frustrações nos ombros da amiga – Ele já mandou chamar uma elfa de Sírhion, uma tal de Tallin para se juntar à companhia de lorde Aramil. Mas sabe o que mais me incomoda?
- O que, Elenna? – perguntou Meliann tocando sua harpa.
- O que faremos – disse Elenna - se em algum momento não tivermos mais seu pai ou meu tio para nos proteger?
Meliann parou de tocar naquele instante. Um aperto terrível assolou seu coração, de uma maneira que a inocente elfa jamais havia sentido antes.
- Isto nunca vai acontecer, Elenna – disse Meliann com rispidez – Nunca!

Tentando afastar as sombras que temporariamente esmagaram seu coração, a bela princesa continuou a tocar, fingindo para si mesma que não notava as nuvens negras que começavam a se formar no céu de Sindhar...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dança com Lobos

Em tempos recentes, comentei em um post que a trilha sonora do conto "Dança com Lobos" era deveras magnífica. Venho mostrar-lhes esta noite o quanto eu não estava mentindo!


The John Dunbar theme (remix) - John Barry


The John Dunbar theme (original) - John Barry


Two Socks theme - John Barry

Que os ventos da boa música e das boas histórias sempre possam soprar em vossos corações, nobres viajantes e visitantes! Uma homenagem ao pai de meu alter-ego, que muito aprecia esta película e que sempre gostou do tema de John Dunbar. Posso dizer que a primeira canção também me lembra muito de meu pai Annastrel...

domingo, 17 de outubro de 2010

Diário de Astreya

Hoje escrevo com o corpo cansado, com a mente nublada e com o coração pesado. Minhas mãos estão trêmulas, mas isso não me impede de registrar nestas páginas tudo o que aconteceu. E eu, que sempre dei tanto valor para o registro dos fatos e de nossas memórias, gostaria de poder apagar qualquer vestígio da última batalha que tivemos de nossas mentes. Mas o que me resta agora para colocar para fora um pouco da angústia que estou sentindo são essas páginas vazias que estão sob minha pena.
De todos os combates, de todas as feridas e mortes que já presenciamos, eu nunca havia visto ou vivido nada parecido com o embate contra este demônio em forma de meio-dragão. E pensar nele me enraivece como nada nunca antes me enraiveceu. Mas o pior de tudo é que, além de ódio, eu sinto medo. Muito medo. Dois sentimentos, como minha mãe me disse uma vez, que podem minar qualquer coração, que podem minar o caráter dos mais justos e nobres homens e mulheres. Eu não posso deixar que eles me dominem por muito tempo. Por isso, a partir de hoje, devo pensar em um dia de cada vez. Nós temos uma missão a cumprir, e pessoas para ajudar. E se um dia o destino nos colocar novamente frente a frente com aquele monstro, nós selaremos a batalha que começou em Elvanna de uma vez por todas.


Thurxanthraxinzethos. Eu não fugirei de me lembrar deste nome. O nome do meio-dragão que fez com que amigos se matassem, que torturou a cada um de nós física e emocionalmente, e que, como acabo de testemunhar, abriu uma ferida difícil de reparar na pessoa que eu mais amo, obrigando-o a ver-me no estado em que me encontrava em Elvanna, e fazendo com que ele agora assuma uma posição extremada e aparentemente fria numa tentativa de me proteger. Eu sei o quanto isso o deve estar ferindo. No fundo, acredito que ele saiba que isso não adiantará em nada. Assim como eu sei que nunca poderei impedi-lo de cumprir nenhuma de suas obrigações como rei e guerreiro, por mais que deseje com todo o meu coração que ele possa simplesmente viver em paz. Isso atormenta a nós dois, mas Thurxantraxinzethos fez com que esse medo se transformasse em realidade e dor para Coran, na forma de um corpo quebrado e quase inerte na floresta do rei Karanthir. E principalmente por ter feito isso com ele, pela morte de meu amigo Erol de uma forma tão brutal, e pela dor que ele causou a todos os meus companheiros, eu jamais, jamais perdoarei esse meio-dragão do abismo.

E ainda assim, há esperança. E também nos espera mais dor e medo, mas sempre há esperança. Pois quando caí, eu pensei que não resistiria e morreria. Não havia apenas a dor que sentia por ver todos morrendo a minha volta; a dor física também se abateu sobre mim de uma maneira excruciante. Ainda assim, eu ouvi palavras de conforto. Alguém viera nos buscar e socorrer, e assim que perdi a consciência, vi também alguém esperando por mim em meio a escuridão. Uma meio-elfa. Uma mulher que chegava a me lembrar de minha mãe, mas que obviamente não era ela, e agora não me lembro mais de seu rosto. Mas eu me lembro que havia naquela figura um semblante de paz indescritível.

- Não tema e não perca tuas esperanças. Pois antes da contenda de teu grupo acabar, uma marca vermelha irá ferir teu coração de modo que tu jamais experimentaste, e de várias maneiras tal cor se transformará em teu pior pesadelo. Muitas serão as baixas e as lágrimas, e vosso mundo todo mudará. Se vós estivéreis alquebrados, no entanto, vós permitireis que todos os sacrifícios se transformem em perdas vãs. Há muitos olhando por vós, e contra vós, crianças. Se olharem para o lado certo, contudo, nada será desperdiçado.

Ela então sorriu e a imagem desapareceu, e eu simplesmente mergulhei em minha inconsciência até despertar nesse lugar que representa segurança, paz, e uma promessa de felicidade e amor para mim. O ritual de Gruumsh não se completou e estamos aqui, afinal. Posso ouvir Oyama esbravejar lá fora. Sei que devemos cumprir nossa missão, mesmo que, um a um, nós tombemos e todos os nossos anseios terminem apenas em promessa, em sonhos que nunca serão realizados, pelo menos neste plano de existência. Enquanto ainda tivermos a chance de proteger aquilo que nos é caro e aqueles que amamos, é o que devemos fazer. Se precisar, vou repetir isso todos os dias para continuar caminhando. E espero que as mulheres de Myrra estejam certas quando dizem que não há ferida que o tempo não cure.

sábado, 16 de outubro de 2010

As Crônicas de Elgalor – Capítulo 21: Depois da tempestade (parte 1)


Boa noite, amigos e visitantes! Com grande honra, trago a vós a continuação das Crônicas de Elgalor, sob a penção e pena de Odin. Agora, o grupo formado pelo acaso e pela necessidade terá seus problemas para voltar a ativa...


As Crônicas de Elgalor – Capítulo 21: Depois da tempestade (parte 1)


Por Odin.


Astreya abriu os olhos assustada. Quando olhou ao redor, viu um quarto branco, com várias janelas que o mantinham bastante iluminado. Ela estava deitada em uma cama, vestindo uma túnica branca com detalhes prateados. Ao virar o pescoço um pouco para a esquerda, viu que havia alguém sentado em uma cadeira de madeira ao lado de sua cama.
- Está se sentindo melhor? – perguntou o rei Coran, aliviado ao ver a barda desperta.
- Coran! – gritou Astreya se surpreendendo com a altura da própria voz – minha voz voltou. Onde estamos? O que aconteceu com os outros?
- Calma – disse Coran se levantando – está tudo bem agora. Estamos nas casas de cura de Sírhion. Já faz três dias desde o confronto com Thurxanthraxinzethos.
- E os outros? – perguntou Astreya – me lembro de você me carregando, dizendo que tudo ficaria bem, mas não me lembro de mais nada depois...
- Depois, Bheleg e eu levamos vocês para Sindhar – continuou Coran – o rei Thingol foi... generoso, e apesar de vocês não serem elfos, ele permitiu que permanecessem em Sindhar por cerca de meio dia, depois, trouxemos vocês para cá.
- Coran, e quanto aos outros? – perguntou Astreya aflita – me lembro de Thurxanthraxinzethos ter cortado as pernas de Oyama, rasgado Bulma ao meio... sem contar Erol...
- Thamior já se encarregou de Oyama e Bulma – respondeu Coran com gentileza, tentando acalmar Astreya - ambos estão em perfeita ordem. Mas Erol infelizmente estava morto quando chegamos, além de qualquer ajuda que pudéssemos dar.
Astreya baixou os olhos tentando esconder o choro e o medo que sentia cada vez que se lembrava do que ocorrera na Floresta de Elvanna. Coran colocou a mão em seu ombro e disse:
- Sei o que vocês passaram, mas saiba que o sacrifício de vocês, e principalmente o de Erol não foi em vão. Graças aos seus esforços, o ritual de Gruumsh que traria um de seus arautos não pôde ser completado. Vocês se saíram bem, Astreya.
- Não o bastante para todos voltarmos vivos – retrucou a barda enquanto enxugava suas lágrimas – o que houve com Hargor e Aramil?
- Aramil se feriu gravemente e estava à beira da morte, mas foi curado pelos clérigos de Sindhar – disse Coran - Hargor estava em uma situação ainda pior, mas Bheleg conseguiu encontrá-lo a tempo, e foi possível que os clérigos de Sindhar o curassem também. Descanse agora. Você precisa se recuperar. Vocês todos precisam.
- Minha voz já voltou, e todos os ossos que Thurxanthraxinzethos havia quebrado estão curados – respondeu Astreya.
- Não estou falando de seus corpos, Astreya – respondeu Coran – estou falando de seus espíritos.
- Não há tempo para isso, Coran, digo, vossa majestade – disse Astreya fazendo uma pequena mesura – precisamos ir até a Torre do Desespero.
- Não – disse Coran de maneira bastante seca – não vou permitir.
- Mas você não pode... – disse Astreya estranhando a mudança de atitude em Coran.
- Sim, eu posso – respondeu Coran de maneira ainda mais fria – você principalmente, Astreya, é súdita de meu reino há mais de cinco anos. Como seu rei, eu lhe proíbo de participar do grupo do Senhor dos Ventos. E se minha autoridade permitir, nenhum de seus amigos continuará nesta contenda suicida.
Astreya abriu a boca para protestar, mas Coran virou as costas e caminhou para a porta.
- Não torne isto mais difícil do que precisa ser – disse Coran sem olhar para trás – não me obrigue a fechar o punho da mesma forma que Thingol.

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Em meio a uma clareira, Oyama chocava seus pés e punhos violentamente contra pedras e rochas, tentando aliviar um pouco sua ira. Próximo a ele, estavam Hargor, que olhava pensativo para o céu e Bulma, que permanecia mortalmente calada.
- Maldito Thurxanthraxinzethos! Quando eu encontrar você, seu desgraçado filho de uma cocatriz – disse Oyama enquanto partia uma rocha em pedaços com um soco – EU VOU ARRANCAR SEU COURO E FAZER UM SACO DE PANCADAS COM ELE!!
Hargor se levantou e olhou para seu amigo.
- É isso que você quer? – perguntou o clérigo.
- Sim! – respondeu o monge – é isso que eu VOU fazer!
- Ótimo – disse Hargor – então pare de desperdiçar seu tempo e me ajude a reunir os outros. Vamos acabar com a missão que começamos e depois voltamos para Darakar. Lá, vamos continuar com o treinamento que Durin começou dois anos atrás e quando for a hora, vamos caçar Thurxanthraxinzethos e fazer o bastardo se arrepender de ter nascido.
- E você, Bulma? – perguntou Oyama enquanto enxugava o suor com a própria barba – vem conosco?
- Não – respondeu a bárbara rispidamente – Não quero nunca mais ver suas caras feias de novo, fracotes incompetentes – vou sozinha atrás de Thurxanthraxinzethos, e vou torturá-lo tanto que até os clérigos de Erythnul vão sentir pena dele.
- O que aconteceu com Erol não foi sua culpa, Bulma – disse Hargor ignorando as ofensas da bárbara.
- Você não estava lá para ver, idiota – respondeu Bulma ainda mais agressiva.
- Você é indisciplinada, irresponsável e inconseqüente – gritou Hargor – se estivéssemos em um exército anão, você já teria sido enforcada por má conduta depois da primeira batalha. Mas...
- Mas? - perguntou Bulma.
- Não somos uma tropa de anões perfeitamente organizada – respondeu o clérigo – mas somos uma equipe. Precisamos uns dos outros se quisermos realmente fazer alguma diferença significante como indivíduos. Precisamos ficar juntos.
- Bulma... – começou Oyama – Se eu matar você por acidente como você fez com Erol, não vou perder nem uma hora de sono. Temos que ser cuidadosos e cobrir os flancos uns dos outros, como Hargor vive cobrando principalmente de nos dois, mas em uma guerra, tudo pode acontecer. Se não pudermos encarar isso, é melhor “aposentar a espada” e virar fazendeiro de uma vez.

Após um tenso momento de silêncio, Bulma se levantou e ergueu seu machado.
- Eu não nasci para ser fazendeira, e não vou perder um segundo de sono se você morrer, Oyama. Mas... – disse a bárbara olhando para Hargor – Vou me esforçar para lutar dentro da formação.
- Ótimo – disse Oyama – agora é só pegarmos Astreya, o cretino do Aramil e seguirmos para as Terras Sombrias.

Hargor novamente olhou para o céu e coçou a barba. Algo lhe dizia que desta vez não seria tão simples assim reunir o grupo novamente...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A sabedoria dos filhos da natureza

• É um problema menor ser pobre do que ser desonesto.
• Ninguém além de ti pode representar tua consciência.
• O nome de cada Deus não faz diferença, já que o amor é o deus verdadeiro de todo o mundo.
• Não julgue pelo olho, mas sim pelo coração.
• Pensamentos são como flechas: uma vez lançados, eles atingem seu alvo. Guarde-os bem ou você poderá ser sua própria vítima.
• O bem e o mal não podem viver juntos em um mesmo coração, então um bom homem não deve andar em má companhia.
• A verdade não acontece, ela simplesmente é.
• A vida não é perfeita: ela tem um lado bom e um lado ruim. Por vezes, o lado ruim nos dá mais conhecimento do que o lado bom.
• Um inimigo é muito, e cem amigos são poucos.
• Seja sempre verdadeiro com teu coração.
• Seja sempre grato pelo que têns, mesmo que em tua mente isto não seja o bastante. Um homem grato tem muito o que ganhar, mas um ingrato tem muito o que perder.



The Last of the Mohicans soundtrack - Trevor Jones




Creek Mary's Blood - Nightwish (Cenas do filme "Dança com Lobos", cuja trilha sonora original também é espetacular, por sinal).

Soon I will be here no more
You'll hear my tale
Through my blood
Through my people
And the eagle's cry
The bear within will never lay to rest

Wandering on Horizon Road
Following the trail of tears

White man came
Saw the blessed land
We cared, you took
You fought, we lost
Not the war but an unfair fight
Sceneries painted beautiful in blood

Wandering on Horizon Road
Following the trail of tears
Once we were here
Where we have lived since the world began
Since time itself gave us this land

Our souls will join again the wild
Our home in peace 'n war 'n death

Wandering on Horizon Road
Following the trail of tears
Once we were here
Where we have lived since the world began
Since time itself gave us this land

Wandering on Horizon Road
Following the trail of tears
Once we were here
Where we have lived since the world began
Since time itself gave us this land

"Hanhepi iyuho mi ihanbla ohinni yelo

O sunkmanitutankapi hena,
sunkawakanpi watogha hena,

oblaye t'ankapi oihankesni hena

T'at'epi kin asni kiyasni he
akatanhanpi iwankal

Oblaye t'anka kin
osicesni mitakuyepi òn

Makoce kin wakan
WakanTanka kin òn

Miwicala ohinni - Hanhepi iyuha
kici - Anpetu iyuha kici yelo

Mi yececa hehaka kin yelo, na
ni yececa sunkmanitutankapi

kin ka mikaga wowasaka isom

Uncipi tuweni nitaku keyas ta k'u

Unwakupi e'cela e wiconi
wanji unmakainapi ta yelo

Anpetu waste e wan olowan
le talowan winyan ta yelo

Unwanagi pi lel e nita it'okab o'ta ye

Untapi it'okab o'ta

Na e kte ena òn hanska ohakap
ni itansni a'u nita ni ihanke yelo"

Tradução:
"Eu ainda sonho todas as noites
Com os lobos, mustangues, as infinitas pradarias
Os ventos incansáveis por sobre os topos das montanhas,
A intocada fronteira da minha carne e do meu sangue
A terra santificada do Grande Espírito
Eu ainda acredito
Em toda noite
Em todo dia
Eu sou como o o caribú
E vocês como os lobos que me fazem mais forte
Nós nunca lhe devemos nada
Nosso único débito é uma vida para com nossa Mãe
Esse foi um bom dia para cantar esta canção para ela
Nosso espírito estava aqui muito antes de vocês,
Muito antes de nós,
E por muito tempo estará depois de seu orgulho lhe conduzir a seu fim".