Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

sexta-feira, 14 de maio de 2010

As Crônicas de Elgalor – Capítulo 1: Uma nova saga começa.


Estimados visitantes e aventureiros, é com prazer que lhes trago, nesta noite, o primeiro capítulo das Crônicas de Elgalor, sob a benção de Odin.

Que os ventos da boa sorte possam vos acompanhar nessa longa jornada que todos estamos trilhando...

Astreya Anathar

Capitulo I -

Durante o pequeno Conselho organizado em Sírhion pelo rei élfico Coran Bhael, o Senhor dos Ventos explicou toda a situação que acometia os Reinos Livres de Elgalor de forma sucinta, porém bastante clara.

Graças à abertura de um poderoso artefato maligno, um dos Tomos dos Cânticos Profanos, as noites estavam cada vez mais longas e sinistras. Criaturas das trevas vagavam fortalecidas pela escuridão com cada vez menos medo. Uma profecia terrível havia sido feita por Gruumsh, o cruel Deus dos Orcs; após a morte de mil elfos, mil anões e o oferecimento da cabeça de um rei de cada raça, o Deus Caolho enviaria dois poderosos avatares para devastar os reinos élficos e anões de Elgalor.

- E isso é apenas o começo. Em breve chegará o dia em que todos os exércitos dos povos livres deverão marchar juntos para tentar impedir a aniquilação total – disse o Senhor dos Ventos com a postura e a voz de um orador nato. Os mais atentos, porém, perceberam o temor que o perturbava a cada palavra proferida.

- E o que o senhor sugere que façamos – perguntou o rei Coran após ouvir atentamente todo o relato. Sentada do lado direito do rei, estava a barda Astreya, sua trovadora real. Do lado esquerdo, o clérigo Thamior, alto sacerdote de Corellon Larethian, o Deus dos Elfos.
- Inicialmente, é necessário lacrar o Tomo dos Cânticos Profanos, que está localizado na Torre do Desespero, nas Terras Sombrias ao sul do deserto de Kamaro – respondeu o Senhor dos Ventos. Vocês já possuem os meios para lacrar o tomo, porém...
- Porém? – perguntou Astreya.
- Como já devem imaginar, tal artefato não está desprotegido – continuou o Senhor dos Ventos, baixando levemente o olhar.

Involuntariamente, um momento de silêncio foi feito no salão.
Já seria tarefa suficientemente difícil, mesmo para um grupo de guerreiros experientes, atravessar as Terras Sombrias e chegar à Torre. Diante de todas as revelações que o Senhor dos Ventos, um sábio profeta fizera, todos sentiam um certo medo de até mesmo imaginar que tipo de criatura nefasta guardaria o tomo.
Por fim, o rei Coran levantou-se e disse:
- O que está protegendo o tomo, sábio profeta?
- Um dragão vermelho ancião, recentemente transformado em um lich por artes negras, vossa majestade – respondeu o Senhor dos Ventos.
- Contudo... – continuou o profeta – para entrar na Torre dos Desesperos é necessária uma chave, que está em posse de outro dragão.
- Onde? – perguntou o rei Coran educadamente, mas sentindo que não haveria fim para aquele problema “inicial”.
- Poucas milhas a leste do reino de Darakar – respondeu o Senhor dos Ventos.
- O reino dos Anões – disse Thamior como se estivesse pensando alto – Se explicássemos tudo ao Rei Balderk, ele mandaria um batalhão de guerreiros para lá e...
- Não – interrompeu Astreya – mesmo que um batalhão de anões fosse bem sucedido, haveria muitas mortes. Com a profecia de Gruumsh em curso, a morte de tantos anões poderia trazer um problema terrível.
- Você está certa – disse Thamior – contudo, se não podemos mandar o exército dos anões nem o nosso por causa da profecia, que opção temos?

Mais um momento de silêncio se fez no salão.

- Nós iremos – respondeu por fim Astreya se levantando e fazendo uma reverência para o rei Coran – meus amigos e eu cuidaremos disso. Tenho certeza que todos vão ajudar.
- Era isto que eu tinha em mente desde o início – disse o Senhor dos Ventos de forma bastante discreta – e antes que vossa majestade diga que irá acompanhar a jovem Astreya nesta contenda, devo lembrar-lhe que são necessárias as cabeças de mil elfos, e a cabeça de um único rei para que parte da profecia se cumpra.

O rei Coran baixou a cabeça tentando esconder a frustração enquanto pensava em qual seria o curso de ação mais sábio a se tomar. Após alguns instantes, olhou para todos e disse:
- Através de magia, enviarei mensagens ao reino de Sindhar, requisitando a presença de Aramil e Erol, e ao reino de Darakar, pedindo o auxílio de Hargor e Oyama. Não tenho como contatar Bulma, mas...
- Dentro de uma hora ela estará nas portas de seu palácio – disse o Senhor dos Ventos fazendo uma reverência com a cabeça.
- Ótimo – respondeu o rei Coran – enquanto isso, irei até Sindhar e explicarei pessoalmente ao Alto Rei Thingol toda a situação.
- Pode ser perigoso colocar dois reis juntos em um mesmo lugar, vossa majestade – disse Astreya com preocupação nos olhos.
- Sindhar é um reino extremamente bem protegido, Astreya – respondeu Thamior tentando acalmar a barda – Além disso, entre os elfos, não há guerreiro mais habilidoso do que o rei Coran, nem mago mais poderoso do que o rei Thingol. Eles estarão bem.
- Rogo para que esteja certo... – respondeu Astreya entrelaçando as mãos sem esconder a apreensão que sentia.

No instante seguinte, os preparativos começaram a ser feitos. O Senhor dos Ventos desapareceu magicamente do salão, e o rei Coran passou a Thamior diversas instruções que deveriam ser seguidas durante sua ausência. Astreya voltou a seu quarto, e, com grande peso no coração, abriu um baú de marfim ornamentado, onde estavam guardados sua bela cota de malha élfica púrpura, seu arco longo sagrado feito com prata mágica e sua cimitarra élfica de lâmina avermelhada.

Presentes valiosos dados pelo rei Coran. Presentes que, apesar dela não saber, o rei lhe deu pedindo aos deuses que ela jamais precisasse colocá-los em uso.

5 comentários:

  1. Bela história, barda Astreya!

    Mal posso esperar para ver a reunião que se dará entre você e seus companheiros, e o início da "nova saga" dos heróis de Elgalor

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  2. Obrigada, amigo ranger! Na próxima semana contaremos com um novo capítulo.

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  3. Interessante início para uma grande saga...Parabéns talentosa barda!

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  4. Obrigada pelo elogio, amigo Frodo! No entanto, as crônicas de Elgalor são escritas pelo alter ego mortal de Odin... apenas meu diário é escrito por minhas mãos!

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  5. Ah sim... Verdade, eu li o prólogo nos salões de Valhalla... Parabéns a você pelo diário e a Odin pelas Crônicas!

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