Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

terça-feira, 18 de maio de 2010

Diário de Astreya

Mal consigo controlar minhas mãos para escrever estas páginas. No entanto, eu o farei para me acalmar, pois no momento minha ansiedade é grande e não há muito o que fazer além de esperar.
O encontro com o Senhor dos Ventos nos trouxe o que eu esperava: más notícias. Quando o rei Coran me chamou para acompanhá-lo e ouvir o que o profeta tinha a dizer, vi por sua expressão que nada ia bem. E a extensão de suas notícias é mais grave do que pensei, pois atinge a todos nós. Quando hesitei em falar ao Senhor dos Ventos que eu e meus amigos poderíamos ir recuperar a chave necessária para abrir a Torre dos Desesperos, não foi tanto pelo medo do dragão que a guarda. Foi pelo mesmo medo que me invadia diariamente enquanto lutávamos contra o Cavaleiro Negro.
E se falharmos? Nosso fracasso implica em algo muito pior do que apenas a perda de nossas vidas. Estamos novamente envolvidos em uma complicada sucessão de eventos, de acontecimentos que precisam ser resolvidos o mais rápido possível. No momento, apenas nós podemos fazer isso. Se falharmos, falhamos com toda Elgalor. Falhamos com o povo élfico e anão. Falhamos com seus reis...
Agora mesmo, enquanto eu abria meu baú para preparar minhas armas e minha armadura, eu tive uma visão clara, algo que não me acontecia há cinco anos. De certa forma, eram apenas sombras, mas eu sabia muito bem a quem elas representavam. Um rei anão, um rei elfo. E um gigantesco orc. Um medo indescritível apoderou-se de mim nesse momento. A partir daí, tudo foi muito rápido. Havia gritos e dor, e, no fim, a imagem mais nítida de todas: uma coroa caindo.
Não quero pensar no significado disso, embora esteja óbvio a meus olhos. Tudo o que podemos fazer é nos restringir a buscar a chave da Torre dos Desesperos. Tudo o que podemos fazer é tentar ir até lá, depois, e lacrar o Tomo aberto. E o que acontecerá enquanto estivermos nesta busca? Que preço nós pagaremos por fazer isto?
Eu rogo para que nós consigamos completar nossa missão. Mais ainda, rogo para que nada aconteça enquanto estivermos longe. Para que minha visão não se torne verdadeira de forma alguma. Para que meu querido amigo ainda esteja aqui quando eu retornar. Por Pelor, como tem sido difícil não demonstrar que a extensão de meus sentimentos por Coran vai além do que seria aconselhável! Por todo esse tempo, meu comportamento foi o mais adequado possível. Sendo a barda real, eu devo extremo respeito ao rei, e a seu povo. Nunca foi minha intenção me aproveitar da situação ou mesmo do histórico do reino de Sírhion, que já teve uma rainha meio-elfa. Por isso, minha conduta foi sempre a mais séria possível. Mas, como diziam minha mãe e as mulheres de Myrra: “quando você o vir, você saberá”. Durante todo este tempo escondi meu sentimento de todos e pensei o mínimo possível nisto. Mas agora me é impraticável ocultar o fato de que, desde aquele dia interminável no barco que nos tirou de Sírhion em chamas, no qual cuidei do rei Coran para que ele não morresse, eu sabia que essa não era nossa primeira vida juntos e que nossos destinos estavam ligados. Inevitavelmente, ligados pelo coração. E isto tem sido tão forte dentro de mim, agora mais do que nunca...
De qualquer maneira, aprendi com minha mãe que nenhuma previsão ou sonho pode ser considerado como a única verdade possível ou mesmo, muitas vezes, como verdade. Aprendi com ela que toda sorte pode ser mudada por meio de nossas ações. Então espero que nossas ações sejam suficientes para mudar algo. Rezo por Balderk e Balin, reis dos anões, e por Karantir, Thingol e Coran, reis dos elfos. Rezo por seus povos e pelos humanos que com certeza serão atingidos pelo que está acontecendo. Rezo para que se faça uma aliança entre estes povos.
Mas algo me diz que isto não será tão fácil.

Astreya Anathar

4 comentários:

  1. Muito interessantes vossos relatos, lady Astreya; tuas visões são deveras perturbadoras, mas teus sentimentos são puros e sinceros.

    Afirmo com convicção que os Deuses da luz estarão a teu lado dentro e fora do campo de batalha.

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  2. Obrigada, bom Odin... confio em vossas palavras!

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  3. Parabéns por mais esta página em seu diário. Belos ensinamentos você aprendeu com sua mãe...

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  4. De fato, amigo Frodo, minha mãe é uma sábia mulher...

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