Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 1)


Boa noite, caros amigos! Com grande prazer, trago-vos nesta noite a continuação das Crônicas de Elgalor. A história continua a partir do último conto aqui publicado e também coincide, é claro, com o final da compilação das crônicas em pdf e em livro impresso. Por isso mesmo, ao invés de continuar com a contagem normal (este capítulo seria o 28), adotaremos o sistema do livro, que continha 6 capítulos feitos com a junção dos 27 contos originais.

Agradecemos a todos que prestigiaram este trabalho e esperamos que continuem conosco nesta jornada por Elgalor...

Mais uma vez, convido-os a visitar nosso novo espaço: Reinos de Elgalor. Boa leitura!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 1)
Por ODIN.

Astreya, Aramil, Oyama, Hargor e Bulma deveriam adentrar as devastadas Terras Sombrias e chegar à Torre do Desespero, onde enfrentariam um terrível demônio para conseguir lacrar um dos Tomos dos Cânticos Profanos, um artefato maldito que está gradativamente trazendo grande escuridão ao mundo de Elgalor. No caminho, eles encontraram a hábil ladina élfica Tallin, e o recém ressuscitado paladino meio elfo Evan, o antigo líder do grupo que sacrificou sua vida para derrotar o Cavaleiro Negro, há cinco anos atrás. O demônio na Torre do Desespero era capaz de controlar a mente de todos que ali entrassem, e apesar de não poder se materializar fisicamente na torre, era capaz de abrir portais para trazer criaturas horrendas de praticamente todos os planos inferiores. As únicas proteções realmente efetivas de que os heróis dispunham eram os amuletos que o Alto Rei Élfico Thingol Shaeruil havia dado ao mago Aramil.

- Os amuletos nos protegerão por quanto tempo, Aramil? – perguntou Evan enquanto Astreya usava o Olho de Charoxx para abrir a única porta de acesso para dentro da Torre do Desespero.
- Enquanto estivermos conscientes – respondeu o mago – Enquanto um de nós estiver consciente, o demônio não poderá afetar a estrutura física da torre. Eles inclusive oferecem certa proteção contra o controle mental do demônio.
- Isso já ajuda muito – respondeu Hargor.
- Pronto – disse Astreya – podemos entrar.

Um grande clarão avermelhado surgiu onde a barda havia inserido o artefato, e uma porta de pouco mais de três metros de altura se abriu na escura Torre. Evan tomou a frente, e em seguida Oyama, Bulma e Hargor entraram. Tallin e Astreya seguiram logo depois, e Aramil entrou por último. Dois segundos após o mago ter entrado, a passagem se fechou e a escuridão envolveu a todos como uma pesada e fria mortalha.
- Óbvio – resmungou Oyama.
- Vou criar um pouco de luz – disse Astreya erguendo sua mão.
- Espere! – gritou Aramil segurando a mão da barda – Há algo errado.
- Hargor, Bulma – disse Evan – estão vendo alguma coisa?
- Estamos em um salão amplo, com sete portais inativos – respondeu Hargor.
- E existem vários gárgulas nas paredes – disse Bulma segurando mais firme seu machado – mas estão todos parados.
- Acho que até Oyama já percebeu – disse Aramil com seu habitual cinismo- mas se não criarmos nenhuma luminosidade, eles continuarão imóveis.
- O que eu percebi, seu elfo de saias – retrucou Oyama – é que precisamos saber exatamente com o que estamos lidando o mais rápido possível.
- Ele está certo, Evan – disse Hargor erguendo seu martelo – e não há garantia de que os portais funcionarão enquanto os gárgulas não forem destruídos.
- Talvez nem precisemos dos portais – observou Tallin.
- Mas você precisará de luz para procurar por uma alternativa – disse Evan pensativo.
- Criem um pouco de luz e vamos acabar logo com isso! – Esbravejou Bulma.
- Cale-se, sua tola! Precisamos ter cautela – disse Aramil irritado.
- Não, elfo! Precisamos sair rápido daqui, antes que nos matemos – respondeu Hargor sentindo que suas mentes já estavam sendo afetadas.
- Preparem-se – disse Evan erguendo sua lança – Astreya...
- Sim! – respondeu a barda recitando um breve encantamento:
- Espíritos de luz e amor, acabem com esta escuridão e iluminem nosso caminho!

Neste momento, o salão inteiro se iluminou, e todos puderam ver que ele era imenso, parecendo muito maior do lado de dentro do que do lado de fora. As paredes e o chão da torre eram feitos em pedra negra, mas repletos de membros decepados e rostos agonizantes, que se contraiam em dor, mas que não faziam ruído algum. Nas paredes laterais jaziam sete grandes portais em forma de arcos, todos emitindo um tênue brilho cinzento, totalmente opaco.

Acima, havia exatos vinte e um enormes gárgulas de pedra, com asas e braços extremamente musculosos e presas longas e afiadas. No momento em que a luz da magia de Astreya envolveu o salão, os olhos de todos emitiram um perturbador brilho amarelo e eles começaram a se mover. Os gárgulas gritaram e abriram suas asas, voltando sua atenção para os heróis.

- Felizes agora? – perguntou Aramil enquanto todos formavam instintivamente um círculo defensivo com o mago e Astreya dentro.
- Para falar a verdade, sim! – gargalhou Oyama fechando os punhos com força – vamos ver o que este demônio cretino tem para nós.
- Vamos terminar isto rápido e sem desperdício de energia! – gritou Evan – temos ainda a torre inteira pela frente!
- Humph! Esqueci de como era chato lutar ao lado de um paladino... – disse Bulma com um sorriso ameaçador no rosto, enquanto olhava os gárgulas descerem rosnando e gargalhando em uma investida em forma de espiral.

Nisso, um forte vento começou a atravessar todo o salão, e os rostos das pessoas presentes nas paredes e no chão começaram a emitir gritos terríveis de medo e dor.

- HAHAHAHA – gargalhou uma voz poderosa que parecia vir ao mesmo tempo do vento e do coração de cada um deles – finalmente, teremos um pouco de diversão por aqui...

6 comentários:

  1. UAU... muito bem escrito, mestre Odin. Mal posso esperar para comprar meu livro.

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  2. Obrigada, nobre clérigo. De fato, Odin escreve com maestria! Ficaremos muito felizes se puderes adquirir o Tomo impresso!

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  3. Oyama Flagelo das Feras3 de fevereiro de 2011 às 08:14

    AHHH! eu já havia esquecido como é agoniante ler apenas um conto por semana. haha
    Vamos lá Odin e Astreya, rumo ao tomo II

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  4. Selwyna, a Bruxa da Rosa Negra3 de fevereiro de 2011 às 17:26

    Estou esperando ansiosamente pela continuação, amiga!

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  5. Entendo vossos sentimentos, Oyama e Selwyna! Que venha logo o próximo capítulo...

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  6. Rhorvals Alhanadel, o Ciclone de Aço5 de fevereiro de 2011 às 08:12

    Se o Odin puder lançar mais um capitulo das crônicas amanhã, então estará perfeito! E eu e o milico psicótico ao meu lado, não teremos problemas com ansiedade!

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