Por ODIN
A formação de batalha no formato de círculo era a mais usada pelo grupo, pois deixava Aramil e Astreya em relativa segurança para conjurar suas magias. Entretanto, contra criaturas voadoras ela era pouco efetiva.
- Não quebrem o círculo! – gritou Evan desferindo um poderoso golpe com sua lança sagrada, trespassando o peito de um dos gárgulas que descia com as presas prontas para dilacerar Aramil – se eles nos cercarem, teremos problemas.
- Concordo – respondeu Hargor esmagando o crânio de um gárgula com seu martelo – Tallin, cubra Astreya enquanto Evan protege Aramil.
- Certo! – disse Tallin arremessando dois punhais que atingiram em cheio os olhos do gárgula que tentava se aproximar de Astreya.
- Deixem os da frente conosco – gritou Oyama enquanto seu punho esmagava a garganta de um dos gárgulas.
- Que a bravura e a força dos heróis do passado guiem nossas armas nesta batalha, e que nossos esforços garantam a liberdade de nossos amados e a queda destas pérfidas criaturas! – cantou Astreya.
A canção da barda, apesar de sutil, teve um efeito devastador; O vento que soprava de forma tão perturbadora na torre simplesmente cessou, junto com todas as vozes de gritos e gemidos. Além disso, todos os heróis sentiram uma explosão de ânimo e vigor em seus corações.
- Venham, vermes – gritou Bulma enquanto girava seu machado em um violento semi-círculo que rasgou dois gárgulas ao meio – VENHAM!
- Espíritos do vento, atendam meu chamado – disse Aramil fechando os olhos e em estado de extrema concentração – que sua fúria e poder recaiam como a tempestade sobre nossos inimigos!
Quando Aramil recitou a última palavra de seu encantamento, seus olhos brilharam e um turbilhão de vento se fez ao redor dos heróis, erguendo todos os gárgulas e arremessando-os violentamente contra as paredes a mais de cinco metros de altura. Nenhum dos gárgulas foi destruído com o impacto, mas quando eles caíram, foram presas fáceis para os golpes de Oyama, para as lâminas de Tallin e para o machado de Bulma.
- Bom trabalho, Aramil – cumprimentou Evan.
- É só isso? – perguntou Bulma desapontada – eles mal nos arranharam.
- Isto foi apenas um teste – respondeu Hargor – não de nossa capacidade, mas de nossos espíritos.
- Como assim, anão? – perguntou Tallin.
- O demônio queria ver como a torre nos afetaria – respondeu o clérigo.
- Enquanto ficarmos juntos, não há nada que ele possa fazer – disse Astreya.
- E este é justamente o problema – retrucou Aramil enquanto observava atentamente os sete portais cinzentos que estavam espalhados pelas paredes laterais da torre.
- O que quer dizer, Aramil? – perguntou Evan.
- Não é óbvio, paladino? – respondeu Aramil por puro reflexo, ainda observando os portais, como se estivesse chegando a uma conclusão.
- Não, não é, seu maldito! – disse Oyama – Pare de enrolar e explique o que está acontecendo.
- Calma, pessoal – disse Astreya – a torre está afetando nossas mentes novamente.
- Claro... – disse Oyama rindo – acho que a minha mente está sendo afetada para que eu não goste do meu querido amigo Aramil.
- Como é preciso que se tenha uma mente para ser afetada, não há com o que você se preocupar, Oyama. – respondeu sarcasticamente o elfo.
- Aramil! – repreendeu Evan.
- Tudo bem – respondeu o mago – Há sete portais inativos aqui. Ao que parece, cada um deles nos leva para um andar da torre.
- E como os ativamos? – perguntou Hargor.
- Basta tocar neles – respondeu o mago.
- Então vamos logo! – disse Bulma se dirigindo para um portal.
Bulma colocou a mão em um dos portais cinzentos, mas nada aconteceu.
- Parece que alguém não é tão esperto – brincou Tallin.
- E parece que alguns tolos não me deixam terminar de falar – retrucou Aramil.
Os portais – continuou o mago – só se ativam se todos forem tocados ao mesmo tempo. Caso alguém ainda não tenha entendido, isso significa que, como há sete portais espalhados e sete de nós, daqui para frente teremos que seguir separados.
Um momento de silêncio se fez no salão. Com exceção de Bulma, todos estavam muito apreensivos.
- HAHAHAHAHAHAHA – ecoou de repente uma risada sinistra, que parecia vir de todos os lugares, inclusive de dentro da mente de cada um deles.
Evan caminhou para perto de um dos portais e estendeu seu braço.
- Nos encontraremos no fim da torre – disse o paladino com a mais absoluta convicção – todos nós.
- Sim – disse Hargor se aproximando de outro portal – os deuses estão conosco, e não há nada que não possamos enfrentar.
- Tenho pena dos coitados que ficarem no nosso caminho – disse Oyama se aproximando de outro portal.
- Para falar a verdade, estou com um mau pressentimento, mas não quero desanimar ninguém – disse Tallin rindo enquanto se aproximava de outro portal – Vamos!
- VAMOS! – disse Bulma estendendo a mão na direção do portal – É aqui que lutamos, e é aqui que eles MORREM!
- Inspirador... – disse Aramil chegando próximo a um portal.
- Nós vamos conseguir, meus amigos – disse Astreya chegando próximo ao último portal.
- Por Elgalor – disse Evan tocando seu portal.
Todos tocaram seus respectivos portais, que neste momento emitiram uma forte luz púrpura.
Em seguida, todos desapareceram.
Parabéns, Odin! Espero ansiosa pela continuação!
ResponderExcluirTomara que eu possa gritar com o Thingol! Rsrsrsrs
Amiga, vou ir com o meu amado para sua torre! Peço que console os meus pais, e os impeça de cometer uma loucura.
Será que Odin quer nos matar de curiosidade? Brincadeira! A história está bem envolvente, e Odin continua se superando a cada conto!
ResponderExcluirÉ isso aí!! Parabéns Odin! Esse trabalho tem mesmo q ter continuidade!
ResponderExcluirMais um excelente conto do grande mestre Odin! Emoção até o fim!
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