Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)
Boa-noite, bravos companheiros e amigos! Hoje trago-vos algumas belas melodias que me lembram do período mais escuro mas também deveras belo e pacífico de nossos dias... na noite refletimos, sonhamos e temos uma pequena noção da imensidão de nosso universo, quando olhamos as estrelas e enxergamos o quão vasto é o céu que nos abriga.
Vangelis - 12 o'clock
Secret Garden - Nocturne
Que os ventos da paz e da tranquilidade sempre vos acompanhem...
Caros amigos e visitantes! É com grande honra que trago hoje novamente, sob a benção de Odin, o décimo primeiro capítulo das Crônicas de Elgalor, novamente trazendo participações especiais...
Espero que gostem, porque eu gostei muito!
Que os ventos da boa fortuna estejam sempre convosco, bravos aventureiros!
As Crônicas de Elgalor - Capítulo 11: O gnomo, a bruxa e o demônio (Parte 2).
Após percorrer uma trilha sinuosa na Floresta de Kharnat por mais de meia hora, os aventureiros se depararam com um grande rochedo, e com um gnomo que os saudou, se apresentando como Nubling Erkenwald.
O gnomo fez mais uma mesura aos aventureiros e disse: - Espero que os guardiões da floresta de Kharnat não tenham lhes trazido problema. Com toda esta maldade que parece ter tomado conta de nosso mundo, eles estão mais alertas, e até um pouco paranóicos. - Foi por isso que viemos – disse Astreya baixando a cabeça em sinal de respeito – Meu nome é Astreya, estes são meus amigos Erol, Aramil, Hargor, Bulma e Oyama. Viemos à sua procura, senhor Erkenwald. - Entendo... – respondeu o gnomo coçando seu cavanhaque enquanto pensava por alguns instantes – bem, vamos entrar e tomar um chá enquanto vocês me contam toda a história.
Neste momento, Nubling se virou para o grande rochedo e fez gestos rápidos e precisos com sua pequena mão. Um portal esverdeado surgiu instantaneamente. - Vamos, entrem – disse o gnomo sorrindo enquanto pulava no portal – não tenham medo!
Os aventureiros se entreolharam por alguns instantes e Astreya disse: - Ele parece uma boa pessoa. - Para você, qualquer um que não tenha um par de chifres e língua bifurcada parece uma boa pessoa, Astreya – resmungou Aramil. - Já viemos até aqui – disse Hargor – vamos entrar. - Espero que ele tenha mais do que chá para servir – disse Bulma – estou com fome. - Haha - gargalhou Oyama – um pernil e um caneco de cerveja realmente cairiam bem agora...
Nisso os heróis passaram pelo portal. Ao chegar do outro lado, se surpreenderam, ao ver um imenso salão dentro da montanha, com diversas pedras exóticas que emitiam luzes de várias cores, estantes com centenas de livros e pergaminhos, um bem equipado laboratório de alquimia e muitos vidros contendo os mais variados tipos de poções. Satisfeito ao ver a expressão de espanto no rosto de todos os heróis, exceto Aramil, que se mostrava totalmente indiferente, Nubling conduziu todos até uma sala separada, que era iluminada por velas e pedras brilhantes, onde uma grande e bela mesa estava preparada, com oito pratos e xícaras, vários pães, uma cesta de biscoitos, muito queijo, duas grandes jarras brancas e três bules de chá. - Você sabia que viríamos ou vive com mais alguém? – perguntou Erol desconfiado, ao pensar que seria impossível ter arrumado aquela mesa para tantas pessoas em tão pouco tempo. - Na verdade, ranger – disse Nubling se sentando na ponta da mesa – tomei conhecimento da presença de vocês quando Astreya começou a cantar. Alguns animais amigos meus ouviram a bela canção e me avisaram que “amigos dos elfos” estavam na floresta. Mas, você está certo. Comigo, temos sete pessoas aqui e oito cadeiras. - Então você vive com mais alguém? – perguntou Astreya. - Minha sobrinha – respondeu Nubling se servindo de chá –ela logo se juntará à nós. Agora sentem-se, comam e me contem como eu posso ajudá-los.
Durante cerca de uma hora, Astreya, Oyama e Hargor cotaram toda a história à Nubling. Aramil permaneceu calado e taciturno o tempo todo, enquanto Oyama e Bulma devoravam os pães felizes ao saber que as jarras brancas continham vinho. Vinho anão. Todos, exceto Aramil comeram e beberam. - O vinho é ótimo – disse Hargor ao beber uma caneca inteira de uma vez. - Sim, vem das Montanhas de Ferro – respondeu Nubling orgulhoso, pois vira que todos estavam apreciando muito sua refeição. Todos, exceto... - Lorde Aramil – disse em tom de brincadeira Nubling - coma, garanto que não há nada envenenado hoje. - Obrigado, mais não estou com fome – respondeu o elfo. - Os.. os biscoitos estão uma delícia, senhor Nubling – disse Astreya sinceramente, mas envergonhada pelo comportamento de Aramil. - Fui eu mesmo quem fiz! – exclamou Nubling – Então, vocês querem que eu conserte o olho do dragão, não é? Deixem-me vê-lo. Aramil tirou de sua bolsa mágica o olho de Charoxx, que era maior do que uma bola de cristal. Nubling pegou o orbe nas mãos e observou-o atentamente. Por fim disse: - Vocês fizeram bem em trazer isto a mim... ele está instável, e no máximo amanhã vai explodir se não for consertado. O que talvez vocês não saibam, é que este olho, além de uma chave mágica, é também a filactéria que contém a alma de um dragão lich.
Todos ficaram boquiabertos com a revelação. Nem mesmo Aramil conseguiu esconder seu espanto. - O guardião da Torre do Desespero é um dragão lich que era ligado à Charoxx – disse Astreya – se a filactéria pertencer a ele... - Podemos usar o orbe para abrir a Torre e depois destruí-lo – completou Hargor. - Sim! – exclamou Nubling – parece que finalmente vocês tiveram um pouco de sorte.
- Não – ecoou uma voz doce, porém firme vinda das sombras de uma parede lateral – não tiveram. Os aventureiros e Nubling se viraram para a sombra e viram uma bela jovem meio elfa, trajando um vestido vermelho e um longo manto negro. Sua pele era clara, seus cabelos ruivos e os olhos castanhos. Ela parecia séria, como se estivesse controlando um grande pavor.
- Esta é Selwyna, minha sobrinha adotiva – disse Nubling tentando amenizar um pouco o tenso clima que se instalara. - Selwyna – disse Astreya como se estivesse se lembrando de algo – A profetisa, a Bruxa da Rosa Negra? - A própria – respondeu Nubling olhando fixamente para a sobrinha, começando a ficar preocupado – o que houve, querida? - Sabendo que o guardião original não teria condições de oferecer resistência – disse Selwyna enquanto se aproximava - o mestre da Torre do Desespero trouxe diretamente de Pandemônio, da Cidadela do Massacre de Erythnul, uma criatura terrível. - Quem? – perguntou Hargor em tom severo.
Quando Selwyna abriu a boca para dizer o nome, as pedras brilhantes que iluminavam a sala repentinamente se apagaram. Um vento frio e cortante surgiu do nada, apagando as velas da mesa, deixando o recinto na mais completa escuridão.
Subitamente, o vento se tornou mais forte, e trazia consigo ruídos terríveis de mulheres e crianças agonizando enquanto eram brutalmente assassinadas, sons de ossos se partindo e gargalhadas. Muitas gargalhadas.
Boa-noite, caros visitantes! É com grande prazer que venho aqui para divulgar o novo tomo de contos de meu parceiro Jaco Galtran, do blog Contos de RPG. Ele está a disponibilizar, com muita boa vontade, uma reunião de seus mais recentes contos em formato pdf. para download. Recomendo-vos altamente que conheçam o trabalho de Jaco, pois asseguro que ele é um excelente escritor, e o download é rápido e fácil de se fazer! Fica a dica para uma excelente leitura para aqueles que são amantes do bom RPG e de boas histórias!
Para visitar o blog e fazer o download, clique aqui!
Arte por Frodo Bacchi, especialmente para o Tomo de Jaco!
Bom-dia, caros companheiros e vistantes! Como prometi, trago-vos hoje mais uma das composições feitas por Howard Shore para embalar a película cinematográfica que represente a saga de J.R.R Tolkien. A música de hoje é praticamente o tema do filme, mesmo porque é a melodia tema da Sociedade do Anel, e, portanto, de todos os seus integrantes.
Boa-noite, amigos e visitantes. É com grande prazer que vos trago esta noite este senhor rabugento que coloquei ao lado de minhas palavras. Afinal, ele é o compositor clássico favorito de meu alter-ego mortal, que cresceu ouvindo suas composições e tendo um quadro dele dependurado na parede de sua casa, graças a seu pai.
Ludwig Van Beethoven, nascido em 16 de Dezembro de 1770 (e batizado somente no dia posterior) na Alemanha é indiscutivelmente um dos pilares da música clássica ocidental. Desde pequeno, demonstrou grandes dotes artísticos, dominando repertórios inteiros de compositores como Bach e sendo considerado o "segundo Mozart", este também um prodígio musical já em sua tenra infância.
Na juventude, estudou inclusive literatura e participou do movimento literário romântico Sturm und Drang, do qual também fez parte o escritor Goethe, sendo que compôs suas primeiras obras em Viena, aos 21 anos. Aos 26 anos de idade, no entanto, a grande tragédia de sua vida o atingiu: o compositor começou a ser acometido pelos primeiros sintomas da surdez. Isso o tornou, a partir de então, um homem recluso e depressivo, o que não o impediu, contudo, de continuar compondo, mesmo que não pudesse ouvir suas próprias obras. Foi em estado de quase total surdez que Beethoven compôs uma de suas mais belas e conhecidas obras: a Nona Sinfonia. Morreu em 26 de março de 1827, e 20.000 vienenses compareceram ao seu enterro.
Para vós, trago algumas de suas composições mais inspiradoras, e que podem certamente ser aproveitadas em momentos de jogo... Admito que não me contive, postando mais vídeos do que deveria, mas a escolha de apenas alguns seria por demais difícil...
O terceiro movimento da Quinta Sinfonia de Beethoven sempre foi um dos meus favoritos... e quando ouço seus primeiros minutos, não deixo de imaginar o quanto ela serve para embalar a vitória de aventureiros após uma difícil batalha ou sua chegada triunfante a algum reino onde serão aclamados...
Este trecho da Sétima Sinfonia é profundo e triste. Não deixo de pensar que é adequada para um momento de tristeza ou mesmo para acompanhar o relato de uma guerra nefasta ou das maldades feitas por um vilão...
Para uma tempestade, uma revelação, uma batalha, o famoso primeiro movimento da Quinta Sinfonia...
E, por fim, para o final glorioso de uma bela história ou aventura.... duas versões de uma música muito conhecida, muito tocada, mas que nunca perde sua beleza...
Para quem não conhece a bela letra dessa melodia...
Oh amigos, mudemos de tom! Entoemos algo mais agradável E cheio de alegria!
Alegria, mais belo fulgor divino, Filha de Elíseo, Ébrios de fogo entramos Em teu santuário celeste! Teus encantos unem novamente O que o rigor da moda separou. Todos os homens se irmanam Onde pairar teu vôo suave. A quem a boa sorte tenha favorecido De ser amigo de um amigo, Quem já conquistou uma doce companheira Rejubile-se connosco! Sim, também aquele que apenas uma alma, possa chamar de sua sobre a Terra. Mas quem nunca o tenha podido Livre de seu pranto esta Aliança! Alegria bebem todos os seres No seio da Natureza: Todos os bons, todos os maus, Seguem seu rastro de rosas. Ela nos dá beijos e as vinhas Um amigo provado até a morte; A volúpia foi concedida ao verme E o Querubim está diante de Deus!
Alegres, como voam seus sóis Através da esplêndida abóboda celeste Sigam irmãos sua rota Gozosos como o herói para a vitória.
Abracem-se milhões de seres! Enviem este beijo para todo o mundo! Irmãos! Sobre a abóboda estrelada Deve morar o Pai Amado. Vos prosternais, Multidões? Mundo, pressentes ao Criador? Buscais além da abóboda estrelada! Sobre as estrelas Ele deve morar.
Como disse, perfeita para o final de uma campanha!
Caros visitantes, hoje vos trago o início de um registro musical no qual trarei para vós algumas canções da mais que conhecida trilogia de O Senhor dos Anéis. Meu objetivo e trazer-vos um pouco da música que embalou esta fascinante saga nos cinemas de Midgard - pois ontem mesmo eu pude vislumbrar esta história e senti-me deveras nostálgica.
É certo que alguns dos excertos da trilha sonora desta trilogia me pareceram por demais melancólicas, mas mesmo assim não podemos negar a beleza das músicas compostas pelo canadense Howard Shore, um escaldo deveras competente que já produziu para inúmeros outros contos.
Neste dia trago-vos uma de minhas canções favoritas, e quem já assistiu a Sociedade do Anel várias vezes como eu irá reconhecer uma das músicas que mais marcam esta trilogia, abrindo-a com leveza e inocência logo após o profético e profundo relato de Galadriel...
Para vós, The Shire! (No CD, esta canção chama-se Concerning Hobbits, e é a segunda faixa...)
Bom dia, amigos, parceiros e visitantes. É com grande honra que vos trago, nesta bela manhã, as Crônicas de Elgalor, sob a benção de Odin. Vós percebereis a presença de um ilustre participante dos salões de Valhalla e do Cancioneiro desta humilde barda na primeira parte deste capítulo. E há mais por vir...
Boa leitura, e que os ventos da boa fortuna sempre vos acompanhem, bravos aventureiros que por aqui passam!
As Crônicas de Elgalor - Capítulo 10: O gnomo, a bruxa e o demônio (Parte 1).
Logo após todos serem devidamente curados, foi decidido que o grupo permaneceria em uma clareira próxima à caverna de Charoxx durante aquela noite para repousar, e que partiriam ao amanhecer à procura do mago gnomo indicado por Astreya, na esperança que ele pudesse consertar a chave que seria usada para abrir a Torre do Desespero. Era arriscado armar um acampamento fora da caverna, mas era preciso, pois o calor e a fumaça venenosa do covil de Charoxx os mataria se permanecessem lá por muito tempo. Por precaução, o grupo decidiu se revezar em rondas de duas horas para garantir que não seriam surpreendidos por eventuais inimigos enquanto dormiam.
A noite passou e não houve problema algum. Quando todos despertaram, ao raiar do sol, se prepararam para fazer um rápido desjejum, enquanto Hargor fazia suas orações e Aramil preparava suas magias. Subitamente, Astreya gritou: - Pessoal, onde está Oyama? - Ou o idiota foi atrás do tesouro do dragão ou foi devorado por um gigante ou algo parecido – respondeu Aramil com desinteresse, sem tirar os olhos de seu grimório – Não que importe. - Nós temos que procurá-lo – disse Astreya irritada com o tom de voz do mago. - Por que? – perguntou Aramil enquanto memorizava suas magias. - Calma... – respondeu Erol – Ele realmente foi atrás do tesouro. Eu disse que não havia nada lá, pois eu mesmo procurei, mas ele não acreditou e quis checar com os próprios olhos.
- Droga! – ecoou a voz de Oyama de dentro do covil de Charoxx – realmente não há tesouro nenhum! - Eu avisei – respondeu Erol pegando um pouco de frutas secas e pão que o grupo trouxe de Sírhion e Sindhar. - Charoxx se estabeleceu aqui há pouco tempo – disse Hargor bebericando seu vinho enquanto Oyama voltava – Talvez ele não tenha tido tempo de trazer seu tesouro para cá. - Faz sentido – respondeu Astreya – afinal, estas montanhas fazem divisa com o reino de Darakar, e seria tolice trazer o tesouro para cá e correr o risco dos anões o tomarem. - Então onde está o tesouro dele? – perguntou Oyama tomado por uma grande frustração. - Na Torre dos Desesperos, provavelmente – respondeu Erol – de qualquer forma, precisamos ir. Aramil balançou a cabeça em desaprovação, se virou para Astreya e disse: - Procurar este gnomo é uma perda de tempo, mas, como não temos outra escolha, me diga quem é e onde podemos encontrá-lo. - O nome dele – respondeu Astreya – é Nubling Erkenwald – e se as histórias estiverem corretas, ele tem um laboratório na floresta de Kharnat, próxima às Montanhas de Ferro, a leste de... - Eu sei onde fica – interrompeu Aramil.
Os heróis terminaram a refeição, recolheram o acampamento e se aproximaram do mago. Aramil começou a entoar um pequeno ritual, e a fazer alguns gestos fluidos e precisos com as mãos. Um clarão iluminou todo o lugar, e no instante seguinte, todos haviam sumido.
Quando se deram conta do que havia ocorrido, o grupo se viu em uma grande e densa floresta, repleta de árvores imponentes de aspecto muito antigo. Subitamente, algumas árvores começaram a mover sutilmente seus poderosos galhos e Bulma teve a impressão que uma delas andara em sua direção.
- Entes – disse Erol surpreso – esta floresta é guardada pelos pastores das árvores. - Eles são hostis? – perguntou Hargor. - Apenas se nos virem como ameaça para a floresta – respondeu o ranger. - Mande elas se afastarem de mim, elfo – grunhiu Bulma, empunhando seu machado – ou vou transformá-los em lenha. - Guarde o machado, meio-orc tola! – disse Aramil em tom severo – é por sua causa que eles estão tensos. Eles não conseguem diferenciar você de um orc, não que esta seja uma tarefa fácil. De qualquer forma, guarde seu machado agora! Bulma lançou um olhar feroz para o mago, e lançou um cuspe que atingiu a barra do manto de Aramil. Mas mesmo assim fez o que ele disse e guardou sua arma. Em seguida, Astreya começou a entoar uma suave melodia com sua harpa.
“Espíritos da terra, do vento e da água, Nós saudamos estes nobres guardiões, que há eras Defendem com amor e firmeza estas terras. Oh, poderosos pastores, permitam nossa travessia, Pois mal algum virá destes que seguem o caminho da luz e da harmonia.”
- Uma canção élfica... – observou Erol. - Que funcionou muito bem – concluiu Oyama – olhem! Lentamente, as majestosas árvores começaram a se mover e uma tênue trilha surgiu em meio à floresta. Ela era fina e sinuosa, e parecia ter mais de um quilometro de comprimento. Sem opções, os heróis seguiram em frente, com Erol tomando a dianteira.
O grupo caminhou seguindo a trilha em silêncio por cerca de meia hora, tendo a forte sensação de estarem sendo observados. O vento soprava por entre as grossas copas das árvores, como se também estivesse vivo e monitorando cada passo que os heróis davam. - Até quando vamos precisar andar? – perguntou Bulma impaciente. - Até que o gnomo de Astreya salte das árvores para consertar o olho de Charoxx ou para no contar piadas idiotas – resmungou Aramil. - Cale a boca, Aramil – respondeu Astreya zangada, realmente temendo que tudo aquilo se mostrasse uma grande perda de tempo.
Quando chegaram próximos a um grande rochedo, viram um pequeno gnomo moreno, de roupas negras e azuis e olhos bem claros. Ele surgira do nada, possuía um cavanhaque bem aparado e carregava uma grande bolsa, repleta de poções e pergaminhos. Ao notar a surpresa nos rostos dos heróis, ele se curvou educadamente e disse:
- Saudações, nobres aventureiros. Bem vindos à Floresta de Kharnat. Eu sou Nubling Erkenwald. Em que posso servi-los?
A todos os meus amigos, colegas e parceiros um feliz dia da amizade! Que este nobre e sublime sentimento seja sempre a tônica de nossas aventuras juntos! E que nunca morra a honra, a lealdade e o companheirismo entre os verdadeiros amigos!
E falando em parcerias, aproveito para agradecer o nobre clérigo por ter me concedido a honra de ser entrevistada em seu espaço "Blogs e blogueiros"! Quem quiser conferir a entrevista, pode fazê-lo clicando aqui.
Por fim, é claro, uma bela canção que reflete a amizade e as belas histórias que podem nascer entre os bravos aventureiros...
Never Forgotten Heroes - Rhapsody of Fire
Autumn is kissing valleys and hills Shy Falin welcome me Old trees are speaking to the holy wind About ancient memories Sense of infinity prelude to memory In the mystic Elgard's forest Echoes their voice
Airin 'the rose', Arwald 'the rock' Great example of pure love Warrior of ice thank you for all From the creatures of the world All kneel before you dear old Aresius We lived thousand great adventures Kept in my dreams
Fly to the crystal sky Glorious and proud Never forgotten friends of all Heroes of the whole known world May your fire burn in your hearts And let the legend survive
Fly to the crystal sky Glorious and proud Never forgotten friends of all Heroes of the whole known world May your fire burn in your hearts And let the legend survive
Um grande abraço especialmente para meus companheiros de jornada em Elgalor... como diz a canção,"We lived thousand great adventures kept in my dreams" (Nós vivemos milhares de grandes aventuras que mantiveram-se em meus sonhos).
Boa noite, caros amigos e visitantes! Inspirada pelos grandes clássicos de alguns dos compositores mais famosos de Midgard, venho trazer-vos um pouco daquilo que admiro e aprecio na música clássica, e que pode muito bem servir como inspiração para acompanhar vossas aventuras. O primeiro grande compositor que vos trago é Johann Sebastian Bach. Organista e compositor alemão do período barroco, ele nasceu em 1685 e é considerado um dos maiores músicos de todos os tempos - sendo um dos "três bês" da música clássica, que englobam Beethoven, ele e Brahms. Foi uma das grandes inspirações para a maioria dos compositores que vieram depois, sendo que em sua própria época não foi devidamente reconhecido.
Apresento-vos, nesta noite, duas belas melodias que representam situações e sentimentos bem diferenciados (aconselho-vos aumentar o volume de vossos pcs, pois as músicas clássicas não são fáceis de serem encontradas em bons volumes):
Bouree in E minor - Bach
Calma, bela, e se esta melodia não vos lembrar do medievo, não sei mais o que pode lembrar-vos!
Toccata e Fuga em D menor - Bach
Originalmente tocada em orgão, agrada-me também esta versão orquestrada! Boa para aventuras com temática de terror, ou simplesmente para uma boa fuga! A partir dos 4:00 minutos está minha parte favorita...
E para vós, uma versão "metal" desta bela melodia, misturada à outros grandes clássicos de Beethoven e Vivaldi...
Boa noite, amigos e visitantes. Hoje trago-vos, sob a benção de Odin, o nono capítulo das Crônicas de Elgalor.
Boa leitura, e que os deuses do bem estejam convosco.
As Crônicas de Elgalor - Capítulo 9: A chave
O combate contra Charoxx foi vencido. Mas a um alto custo; no fim do confronto, apenas Astreya, Aramil e Erol permaneciam de pé. Com a mão sobre o enorme ferimento em seu abdômen, Erol desviou-se do corpo tombado de Charoxx e se aproximou do corpo de Hargor, que estava praticamente esmagado pelo impacto da cauda do dragão abissal.
- Ele... – ele está vivo? – perguntou Astreya aflita, sentindo seu coração quase parar. Erol se abaixou e colocou a mão sobre a garganta do clérigo, para verificar seus sinais vitais. Após um momento... - Está – respondeu o ranger, que perdia sangue rapidamente – é preciso mais do que isso para matar um anão, mas ele precisa ser curado rápido. - Sim – disse Astreya correndo em direção ao corpo de Hargor – mas e os ...? - Cure Hargor, Astreya – interrompeu Aramil andando na direção dos corpos de Oyama e Bulma, que estavam relativamente próximos – depois o clérigo se encarregará dos demais. O mago elfo chegou perto do corpo de Oyama, que estava totalmente quebrado e banhado em sangue. - Ele está vivo? – perguntou Astreya impaciente enquanto conjurava um feitiço de cura em Hargor. - Barda – respondeu o mago com uma expressão de desprezo no rosto - Você não espera que eu toque neste... - ARAMIL! – gritou Astreya furiosa. - Humph! – resmungou Aramil, abaixando-se e verificando os sinais vitais de Oyama – parece que teremos que agüentá-lo por mais algum tempo. E antes que você berre novamente, Bulma também está respirando.
A magia de cura que fluiu pela mão de Astreya envolveu o corpo de Hargor com uma luz dourada, e o clérigo anão abriu lentamente os olhos. - Você... não é Moradin – disse Hargor tentando reorganizar os pensamentos – o que significa que vencemos. Como estão os outros? - Vivos – respondeu Erol se sentando e sentindo que seus sentidos já começavam a deixá-lo – eu... apreciaria sua ajuda, anão. - Certamente – disse Hargor ainda muito ferido, levantando-se vagarosamente. - Moradin, pai e senhor de todos os anões – disse o anão erguendo seu martelo – que por tua benção e poder sagrado os ferimentos de meus bravos irmãos de armas sejam curados!
O martelo de Hargor brilhou intensamente, e um círculo de energia positiva envolveu o corpo de todos os heróis, curando parcialmente seus grandes ferimentos. O clérigo repetiu o encantamento mais três vezes, e, após alguns minutos, todos estavam de pé. Ainda feridos, mas de pé.
- Dragão maldito! – gritou Bulma enterrando o machado violentamente na boca de Charoxx, arrancando um dos dentes do dragão – Isto, pelo menos vai virar um belo colar – disse a bárbara contemplando a grande presa. - Essa foi dura... – disse Oyama pressionando as costelas que há pouco estavam quebradas – Agora é só encontrar o tesouro. - Seus tolos... – resmungou Aramil colocando a mão no rosto – caso tenham se esquecido, precisamos da chave para abrir a Torre do Desespero. - O tesouro do dragão é bom lugar para começar a procurar, elfo! – retrucou Oyama. - Nós não sabemos o que é a chave... – disse Astreya. - Eu já a encontrei – respondeu Aramil sem paciência.
Todos ficaram calados por um instante. - Se você já encontrou a chave, mago – disse Hargor – qual é o problema? Aramil estendeu sua mão e conjurou uma magia de telecinésia. O olho direito de Charoxx começou a tremer e a emitir um brilho avermelhado. Em seguida, saiu do corpo do dragão e foi em direção à mão do mago elfo.
Aramil pegou o olho com as duas mãos, pois ele era totalmente sólido, tinha cerca de trinta centímetros de diâmetro e pesava aproximadamente dez quilos. - Esta é a chave? – perguntou Bulma incrédula - O olho do dragão? - Isso não é um olho verdadeiro, bárbara. É um artefato poderoso – respondeu Aramil. - Hargor tem razão, Aramil – disse Erol – você parece perturbado. Qual é o problema? Aramil girou o olho e todos puderam ver duas rachaduras; uma lateral e outra no centro. - Nossas flechas... – disse Astreya se recordando dos pontos onde as flechas que ela e Erol dispararam atingiram o olho mágico do dragão. - Não podemos mais usá-lo? – perguntou Hargor. - Apesar das rachaduras serem pequenas, elas foram causadas pelas flechas de Erol e Astreya, que eram mágicas – explicou Aramil – a energia arcana armazenada nele é imensa, e está completamente instável. Entre dois, ou no máximo três dias, ele explodirá. - E a explosão – continuou Aramil – seria mais poderosa do que dez sopros de Charoxx. - Então, precisamos consertá-lo – disse Oyama. - Os magos de Sindhar poderiam fazer isto – disse Erol. - Mas precisariam de vários dias de estudo – respondeu Aramil – dias que não temos - Há uma alternativa... – disse Astreya – ouvi histórias sobre um gnomo que é especialista em itens mágicos. Na construção e reparo deles. - Um gnomo? – zombou Aramil sarcasticamente – Um GNOMO? Vamos deixar que Oyama conserte a chave de uma vez. - Vou consertar outra coisa se você não calar a boca... – retrucou o monge guerreiro. - Você acha que ele realmente pode fazer isso, Astreya? – perguntou Hargor. - Não sei – respondeu a barda – mas é a melhor chance que temos, e com as magias de teletransporte de Aramil, não perderemos muito tempo. - Gnomos são notoriamente conhecidos como grandes pregadores de peças, mas têm certa habilidade para lidar com itens mágicos. – disse Erol - É arriscado, mas parece a melhor chance que temos. - Muito bem – concordou Aramil com hesitação – preciso preparar minhas magias, mas amanhã iremos até este gnomo. Tempos desesperados pedem medidas desesperadas.
- Enquanto o grande mago descansa – disse Oyama com um sorriso – vamos procurar o tesouro!
Olá amigos! Como sabeis (ou talvez não), após sete dias de um sono autoinduzido para se recuperar de um terrível ferimento, Odin retornará amanhã aos salões de Valhalla. Para comemorar seu retorno trago-vos uma canção de batalha feita pelo bardo Jacke Evermore, que lamentou muito não ter podido estar presente nas guerras de Asgard, e outra bela melodia de glória entoada pelos bardos do já apresentado Rhapsody of Fire.
Espadas em punho refletem o luar
O clima é tenso e irá piorar
Os orcs vieram e querem matar
Mas eu estou pronto e aqui vou lutar
Rasgue minha carne
Quebre meus ossos
Beije minha bunda se assim desejar
Mas esses portões, tu não romperá
Pois a fúria de Odin comigo estará
HAHAHAHA
Venha e verá
Orc maldito aqui morrerá
Meu povo é mais forte e não perderá
Este é meu grito e irei te MOSTRAR!!
Jacke Evermore
Rhapsody of Fire - Heroes of the lost Valley and Eternal Glory
Boa noite, amigos! É com grande honra que trago-vos neste dia uma canção escrita por um de meus melhores amigos, o alter-ego de Oyama Flagelo das Feras, também conhecido como Gleyson.
Ela foi cantada por um bardo que utilizava-se de instrumentos de percurssão, e fez todos os que estavam presentes na taverna da cidade de Leatan ficarem com o sangue gelado. A ameaça de um lord Vampiro paira sobre as almas dos intrépidos companheiros Eldarion, Kramer, Lothíriel, Edayn, Erkenbrand e Lúcio...
Seres sombrios que deviam jazer,
pela vontade do inferno teimam em ser
O sangue do bem eles tramam em ter
e nada que tente os pode deter
Sua moeda é o sangue
Seu sol é a lua
Sua história é o nada
E seu medo é a cura!
Seus olhos vermelhos
Seus rostos sem cor
A morte que anda
São os primos da dor...
A vida que pulsa é sua angústia
O espelho reflete mas não há nada a se ver
A água que corre é uma muralha a passar
Assim como a recusa para a entrada no lar
No seu corpo o sangue é de outro, furtado com a presa a gemer
Não sente, não respira, não come, está morto e assim deve ser
Mas anda, mata e conquista como a maldição o obriga a fazer!
Que Pelor e sua luz estejam com tais aventureiros em sua difícil missão!
Olá amigos! Trago-vos excepcionalmente nesta noite dois capítulos das Crônicas de Elgalor. Venho reiteirar neste momento, contudo, um fato que talvez não tenha deixado claro: as crônicas de Elgalor não são de minha autoria! Quem as escreve é o alter-ego mortal de Odin, que é o criador principal destas histórias. De minha autoria no cancioneiro, há apenas os diários e relatos que escrevi.
Obrigada, bons amigos e companheiros, e desejo-lhes uma boa leitura de nosso emocionante combate com o dragão Charoxx!
As Crônicas de Elgalor - Capítulo 8: Matar ou Morrer (parte 2) - para ler a primeira parte, basta apenas olhar o post abaixo!
...Com algumas costelas quebradas, Oyama e Hargor se levantaram, e novamente atacaram Charoxx, com ainda mais ferocidade. A lança do clérigo anão atingiu com força o local onde Bulma havia golpeado, e quando o dragão se virou para retaliar o ataque, sentiu a lança do ferido Erol sendo cravada em suas costas. Mais três flechas prateadas zuniram, atingindo o peito, a garganta e uma pata do dragão, sem causar qualquer dano. Oyama saltou e desferiu um poderoso chute onde Erol havia acertado a lança pela primeira vez, e pode notar que agora seu golpe fora sentido pelo dragão.
Mesmo com os músculos sendo dilacerados pela mandíbula de Charoxx, Bulma ainda tentava lutar. Usando seu machado com o braço que ainda estava livre, ela golpeou ferozmente um dos dentes do dragão, causando uma pequena rachadura na afiada presa do dragão.
Sangrando e furioso, Charoxx usou sua cauda para esmagar Erol contra a parede da caverna, tão rápido que o exausto ranger não pode posicionar sua lança para interromper o ataque do dragão. Enquanto rasgava a carne e esmagava os ossos de Bulma com suas presas, o dragão rasgou as costas de Oyama com sua garra direita e golpeou Hargor violentamente com a esquerda, quase decapitando o clérigo. Mais três flechas prateadas zuniram na caverna. A primeira atingindo a cauda de Charoxx, a segunda raspando nas escamas de seu pescoço, e a terceira, raspando levemente no olho direito do dragão.
- Finalmente... – disse Aramil apontando o cajado dourado, pulsando com uma enorme quantidade de energia arcana, na direção de Charoxx. - “espíritos do ar e da água, unam-se perante meu pedido, e convertam-se na avassaladora força do frio que tudo congela” – recitou o mago élfico, e um imenso cone de energia congelante partiu de seu cajado, explodindo brutalmente no peito de Charoxx. O enorme e orgulhoso dragão recuou com a força do impacto e se contorceu de dor e ódio, mas não soltou a bárbara. Astreya novamente empunhou seu cajado de cura e todos os heróis sentiram um pulso de energia positiva curar um pouco seus terríveis ferimentos.
- Por que... – disse Oyama se levantando com dificuldade... – ele não solta a Bulma? - Ele vai soltá-la só quando puder lançar outro sopro de fogo – respondeu Hargor se aproximando de Oyama – Vai cuspi-la em você ou em Erol, para evitar que se esquivem, e vai carbonizar todos nós em seguida. Precisamos acabar com isso agora. - Me cubra – disse Oyama – e torça para que o Erol esteja consciente. - Muito bem – disse Hargor. O clérigo se concentrou e fechou os olhos por um instante - “Moradin, conceda a benção da forja e do trovão à minha lança, e que Tua fúria divina nela se manifeste” – orou o clérigo, e sua lança foi envolvida por uma poderosa energia como se dentro dela estivessem presos mil relâmpagos. - Por Moradin! – Gritou Hargor se lançando em um ataque furioso contra Charoxx.
O dragão abissal reconhecia o perigo da lança do anão, por isso lançou sua cauda lateralmente na direção do clérigo enquanto sugava o ar da caverna pelas narinas para em seguida lançar mais um feroz sopro de fogo. Charoxx, contudo, não cairia no mesmo ardil duas vezes. Quando Hargor posicionasse a lança para interceptar o golpe, Charoxx mudaria o sentido do ataque, fazendo com que a cauda esmagasse o anão. Para a surpresa de Charoxx, Aramil e Astreya, Hargor simplesmente jogou a lança no chão, e foi atingido violentamente pela cauda do dragão. Todos ouviram o som dos ossos do clérigo se quebrando, e quando ele caiu inconsciente no chão, não era possível determinar se ele estava vivo ou morto.
Charoxx notou que algo estava errado, mas ante que pudesse conjecturar sobre o ocorrido, viu Oyama com os punhos fechados, dando um grande salto em direção à sua boca. - Cócegas, não é? – disse o monge em pleno ar, enquanto desferia um soco com toda sua força no dente do dragão que Bulma atingira com o machado.
O impacto do soco foi terrível. Oyama sentiu os ossos de sua mão se quebrando, mas sorriu satisfeito ao ver que o dente se quebrou completamente com o impacto do golpe. Charoxx perdeu o ar e urrou de dor, deixando a bárbara cair. - Pegue a Bulma, Aramil! – disse Astreya correndo em direção à lança de Hargor. - Não me dê ordens, meio-humana – disse Aramil conjurando uma magia de telecinésia para descer o corpo de Bulma suavemente até o ponto onde Astreya estaria.
Antes que Oyama chegasse ao chão, o dragão o agarrou com uma das garras e esmagou o corpo do monge com toda sua fúria. Oyama sentiu todas as suas costelas se quebrarem, e quando sentiu sua coluna começar a se partir, a lança de Erol, em um arremesso perfeito, se enterrou na pata de Charoxx, obrigando o dragão a soltar o corpo do monge, que perdera a consciência naquele instante. - Não me ignore, lagarto imbecil! – provocou Erol, que apesar de muito ferido, sacou suas espadas. O ranger sabia que seria morto agora, mas precisava ganhar um pouco de tempo para que Aramil e Astreya agissem. Charoxx avançou sobre Erol para triturar o elfo com sua mordida, quando um pequeno portal apareceu atrás do ranger, transportando-o magicamente para onde estava Aramil.
- “Espíritos da luz e da vida, curem os ferimentos de minha amiga” - disse Astreya tocando o corpo de Bulma e conjurando a magia de cura mais poderosa que conseguia. - Precisamos de você, Bulma – disse Astreya quando a bárbara abriu os olhos. Por instinto, Bulma levou a mão à lança de Hargor, e mesmo muito ferida, levantou, rosnou e correu na direção de Charoxx. O dragão, por sua vez, sugou o ar da caverna mais uma vez e se preparou para lançar seu último sopro, que transformaria em cinzas todos que ainda estavam de pé.
Erol, que observara atentamente tudo o que havia ocorrido até ali, guardou suas espadas e sacou seu arco longo. Aramil se concentrou novamente. O arco élfico de Erol se retesou, e uma flecha rasgou o ar, atingindo em cheio o olho direito de Charoxx. Aramil lançou mais uma poderosa rajada de energia congelante, desta vez, mirando na cabeça do dragão, para tentar anular o sopro.
Astreya cantou e o espírito de Bulma explodiu em fúria e determinação. No instante em que a rajada de Aramil atingira a cabeça de Charoxx, a bárbara cravou a lança de Hargor no abdômen ferido do dragão, no mesmo instante em que ele usara as garras de suas duas patas dianteiras para perfurar o corpo de Bulma. A lança, carregada com o poder de Moradin, explodiu dentro do dragão, derrubando e um grande clarão cegou todos na caverna.
Quando puderam enxergar de novo, Astreya, Aramil e Erol viram a carcaça sem vida de Charoxx, em meio aos corpos destruídos de seus valorosos amigos.
Ólá amigos! Trago-vos excepcionalmente nesta noite dois capítulos das Crônicas de Elgalor. Venho reiteirar neste momento, contudo, um fato que talvez não tenha deixado claro: as crônicas de Elgalor não são de minha autoria! Quem as escreve é o alter-ego mortal de Odin, que é o criador principal destas histórias. De minha autoria no cancioneiro, há apenas os diários e relatos que escrevi.
Obrigada, bons amigos e companheiros, e desejo-lhes uma boa leitura de nosso emocionante combate com o dragão Charoxx!
As Crônicas de Elgalor - Capítulo 7: Matar ou Morrer (parte 1)
Charoxx puxou novamente o ar e liberou seu terrível sopro de fogo sobre todos os aventureiros. Mesmo Aramil e Astreya, que estavam um pouco mais afastados, foram atingidos. A proteção mágica conjurada por Aramil resistira bem a este primeiro ataque, mas o mago sabia que o que restara de sua magia era suficiente para proteger a todos apenas do calor insuportável da imensa caverna. Mais um sopro, e estariam todos mortos.
Oyama, Hargor, Erol e Bulma avançaram ainda mais, prontos para atacar. Contudo, no momento em que o sopro de fogo cessou, Aramil gritou: - O olho do dragão! Hargor sentira uma forte emanação de magia ao redor do dragão, mas não pudera identificar sua origem. Agora, estava claro. Dolorosamente claro. O olho direito de Charoxx brilhou, e uma corrente de relâmpagos rompeu na direção dos aventureiros. O raio central atingiu Bulma impiedosamente, quase derrubando a poderosa bárbara, e outros cinco raios menores rumaram ferozmente em direção aos outros heróis.
Com grande agilidade, Oyama e Erol esquivaram-se dos raios, e avançaram em direções opostas, tentando flanquear o dragão. Astreya conseguiu se desviar um pouco, o suficiente para reduzir o impacto total do raio. Já Hargor e Aramil, foram atingidos em cheio. Apesar da dor, o clérigo anão conseguiu se recobrar rápido devido à resistência física de seu povo e avançou. Aramil foi arremessado cerca de dez metros para trás por causa do impacto, e por pouco não perdeu a consciência.
- VOU ARRANCAR SUAS ENTRANHAS POR ISSO! - gritou Bulma se levantando em um frenesi completamente ensandecido. Tamanha era sua fúria, que ela esqueceu de pegar a lança matadora de dragões no chão e avançou com seu machado. Erol golpeou Charoxx com a lança, que emitiu um brilho dourado quando atingiu as espessas escamas do dragão. Charoxx uivou de dor, não tanto pelo ferimento, mas sim por causa da poderosa magia contida nas lanças. Do outro lado, Oyama golpeou com toda sua força, mas seus punhos não foram capazes de romper as escamas do dragão abissal. Neste momento, Hargor e Bulma se aproximaram para entrar na batalha.
Ajudando Aramil a se levantar, Astreya ergueu seu cajado de cura e entoou um pequeno encantamento: - Que as forças divinas da vida e da luz curem nossos ferimentos. O cajado branco brilhou e todos foram envolvidos por uma aura branca. Neste instante, todos sentiram a dor diminuindo e seus ferimentos serem levemente curados
- Isso não vai funcionar – disse Aramil tenso, pegando seu cajado dourado. - O que você está falando, Aramil? – perguntou Astreya aborrecida com o pessimismo do mago. - O olho direito de Charoxx – respondeu o mago ainda sentindo os efeitos do relâmpago que o atingira – ele está drenando nossa proteção Elemental, e ao mesmo tempo protegendo o dragão contra quaisquer magias que nós lancemos. Posso superar a resistência natural que Charoxx tem contra magias, mas não a resistência que o olho lhe confere. Se não o anularmos, não teremos chance alguma.
Hargor se posicionou ao lado de Oyama, e Bulma golpeou ferozmente o abdômen do dragão com seu machado, fazendo um corte profundo nas resistentes escamas de Charoxx, apesar do dragão não esboçar nenhuma feição de dor. Oyama desferiu mais uma série de socos que poderiam pulverizar rochas, mas que não tiveram efeito algum contra a couraça de Charoxx. - Você está fazendo cócegas, monge maldito – zombou Charoxx chicoteando Oyama com sua poderosa cauda, enquanto avançava com suas garras sobre Erol, estranhamente ignorando Bulma. Estando próximo de Oyama, o clérigo anão usou sua lança na cauda de Charoxx. O dragão mais uma vez uivou de dor, mas ainda assim foi capaz de derrubar tanto o monge quanto o anão com a força de seu golpe. Como navalhas, suas garras atingiram Erol, que mesmo se protegendo com a lança, teve o peito quase rasgado pelas garras de Charoxx e tombou com a força do impacto. Bulma avançou novamente, e o dragão abissal sorriu.
Quando a bárbara estava perto o bastante, Charoxx virou a cabeça velozmente e cravou suas presas no corpo da bárbara, que agora urrava de fúria e dor. Veterano de muitas batalhas, o dragão sabia que se tentasse morder Hargor ou Erol, eles usariam as lanças para frustrar o ataque, e ainda golpeariam o interior de sua boca com as armas de haste. Feito extremamente difícil de se conseguir quando está se empunhando um machado ou espada. Charoxx levantou sua cabeça e pressionou novamente o corpo de Bulma entre suas presas afiadas.
- Pelo menos estamos livres de mais um sopro por enquanto – disse Aramil enquanto concentrava energia em seu cajado. - Vou fingir que não ouvi isso! – respondeu Astreya furiosa pegando seu arco de prata. - Acerte uma flecha no olho direito – disse o mago ignorando a fúria de sua companheira – mesmo que pegue apenas de raspão já será o suficiente. “Mesmo de raspão”, resmungou Astreya para si mesma enquanto retesava seu arco mágico. Erol poderia fazer um disparo como este, mas ela... - Não é hora para ter dúvidas – disse Astreya enquanto mirava – como Oyama disse, agora é matar ou morrer. Nisso, a barda disparou, e uma flecha prateada composta de pura energia rasgou o ar.
E atingiu em cheio o peito de Charoxx, deixando um pequeno chamuscado nas escamas do dragão. - Vocês meio-humanos não conseguem fazer nada direito, não é? – disse o mago elfo. - Aramil... – respondeu Astreya rangendo os dentes e preparando mais uma flecha.
Boa noite, nobres amigos! Trago-vos esta noite uma bela homenagem mandada a mim por nosso nobre aliado e herói Nubling Erkenwald aos anões de Darakar e o forte Hino Imperial de Damasca.
Que o nobre espírito dos guerreiros anões de Darakar e dos bravos homens de Damasca estejam sempre entre nós, incitando-nos com sua coragem e determinação!
Homenagem aos anões de Darakar e sua frutífera aliança com os gnomos
Nobres companheiros e irmãos de batalha! Como sabeis, é terminada a guerra entre os salões de Valhalla e a Horda. Quero parabenizar a todos os einherjar que lutaram até o último sopro de suas vidas para defender os salões dourados e toda Asgard, e também aos bravos guerreiros que reinvindicaram Midgard e Elgalor com suas vidas. Por eles, trago-vos elegias de tristeza e glória, para lembrar a todos nós que um ideal jamais morre, mas continua nos espíritos de coragem e bravura de cada homem e mulher que assim desejarem!
Braveheart Theme - James Horner
Who wants to live forever - Queen (Trilha sonora de Highlander - infelizmente os vídeos com cenas do filme estavam com o som muito baixo, então, aí está para vós a interpretação de um dos bardos de voz mais bonita de Midgard)
There's no time for us
There's no place for us
What is this thing that builds our dreams
yet slips away from us
Who wants to live forever?
Who wants to live forever....?
There's no chance for us
Its all decided for us
This world has only one sweet moment set aside for us