Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

As Crônicas de Elgalor - Capítulo 18: Contagem de corpos


Amigos e visitantes. Mal tenho palavras para descrever o novo capítulo das Crônicas de Elgalor. Com grande honra as trago sob a benção e a pena de Odin.

Boa leitura... e que os ventos da boa sorte estejam com todos vós.

As Crônicas de Elgalor - Capítulo 18: Contagem de corpos.
Por Odin.

Erol estava morto, com a cabeça partida ao meio pelo machado de Bulma.
Bulma estava no chão com o abdômen trespassado pela espada de Thurxanthraxinzethos.
Astreya estava inconsciente, com a traquéia parcialmente esmagada.
Não havia sinal de Aramil ou Hargor; ambos poderiam já estar mortos.

Oyama sabia que estava sozinho contra Thurxanthraxinzethos, um monstro cruel e astuto que certamente o mataria com apenas um golpe, e o faria da maneira mais perversa e dolorosa possível. Mesmo assim, Oyama não sentia medo. Apenas ódio.

Muito ódio.

Oyama gritou com toda a força de seus pulmões e disparou em uma investida suicida contra Thurxanthraxinzethos. O meio dragão sorriu e correu na direção do monge, com sua enorme espada preparada para desferir um ataque circular que partiria o corpo de Oyama com a mesma dificuldade que uma faca corta um pedaço de manteiga. Em um feito digno de ser lembrado pelas canções dos bardos, Oyama saltou e desferiu um poderoso chute frontal que atingiu como um martelo a boca de Thurxanthraxinzethos, arrancando mais três dentes do meio dragão. O meio dragão foi arrastado um metro para trás com a força do impacto, mas antes que Oyama chegasse ao chão e atacasse novamente, Thurxanthraxinzethos agarrou a perna do monge com sua mão direita e girou sua espada flamejante impiedosamente, em um ataque terrível que decepou a perna que Oyama usara para golpeá-lo duas vezes.
Oyama caiu no chão cerrando os dentes para não dar a Thurxanthraxinzethos o prazer de ouvi-lo gritar; as chamas da espada de Thurxanthraxinzethos haviam cicatrizado o terrível corte, mas a dor que Oyama sentia era absolutamente indescritível.
- Gosta de me chutar, meretriz dos anões? – zombou Thurxanthraxinzethos cuspindo sangue enquanto decepava a outra perna do monge em um acesso de risos que refletia a mais pura crueldade – vamos ver se consegue fazer isso de novo.
O bravo Oyama não desferiu um grito sequer; cerrou os dentes e se virou, tentando morder a perna de Thurxanthraxinzethos. Nisso, o monge viu a sombra da enorme pata armadurada do meio dragão descer sobre sua cabeça, e tudo ficou escuro.

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Hargor e o meio dragão Ar- Zerakk lutavam ferozmente. A resistente armadura de batalha do anão já possuía inúmeras rachaduras, graças aos poderosos golpes da lança profana de Ar- Zerakk, e o sangue que escorria do corte que sofrera na testa comprometia cada vez mais a visão do clérigo. Um dos joelhos de Ar- Zerakk já havia sido esmagado pelo martelo de Hargor, e o meio dragão só conseguia se manter de pé graças à força de sua cauda. Quando Ar- Zerakk conseguiu se aproximar o suficiente do anão, abriu a boca e desferiu seu poderoso sopro de fogo no rosto de Hargor. O clérigo, por puro reflexo, levou seu escudo ao rosto ainda a tempo de se proteger do jato de fogo que certamente incineraria sua cabeça se o atingisse. Quando Hargor ergueu seu martelo para realizar um contra-ataque, sentiu a lança de Ar- Zerakk varando sua armadura e atravessando seu diafragma. O robusto anão rosnou e se curvou de dor conforme a lança mágica de Ar- Zerakk penetrava ainda mais sua carne, enquanto espinhos se abriam de sua ponta causando severos danos internos ao já castigado corpo do clérigo.
- Você durou bastante, mas nunca teve chance, anão maldito – disse Ar- Zerakk sadicamente enquanto afundava devagar sua lança no tronco de Hargor – E ainda por cima escolheu a pior morte. Deveria ter deixado minhas chamas arrancarem sua cabeça imunda. Teria sido mais rápido.
Hargor rosnou como um animal selvagem à beira da morte. Por mais que se esforçasse, não conseguia mais manter seu martelo erguido. Como um último gesto de resistência, agarrou a lança de Ar- Zerakk com a mão que segurava o escudo e apertou firme o cabo de seu martelo.
- Isso mesmo, anão – gargalhou Ar- Zerakk enquanto cuspia no rosto de Hargor – resista bastante. Quero aproveitar bem este momento. Afinal, posso passar o dia inteiro vendo você se contorcer enquanto os espinhos de minha lança rasgam você de dentro para fora.
- E só para constar – continuou Ar- Zerakk girando a lança lentamente para provocar ainda mais dor ao clérigo anão – vou tornar você meu morto-vivo de estimação depois disso.
Em um acesso de fúria, Hargor gritou o nome de Moradin e ergueu se martelo. Ar- Zerakk riu e puxou a lança para fora do corpo do anão, mas percebeu que Hargor a mantinha presa com a outra mão que a segurava; quando Ar- Zerakk se deu conta de que àquela distância o martelo de Hargor poderia atingi-lo, já era tarde demais.
- Lembra-se do que eu disse sobre seu crânio? – gritou o anão enquanto baixava seu martelo furiosamente na cabeça de Ar- Zerakk.

O impacto do martelo de Hargor foi terrível; o crânio de Ar- Zerakk rachou, e quando o meio dragão sentiu tudo a sua volta começar a girar, percebeu mais uma forte martelada abrir seu crânio ao meio. Antes de morrer amaldiçoando todos os filhos de Moradin, Ar- Zerakk sentiu o martelo de Hargor explodir mais quatro vezes contra sua cabeça.

- Estou indo, meus irmãos – disse Hargor cuspindo sangue enquanto caia sobre o corpo de seu inimigo. Não havia forças para conjurar uma magia de cura, apenas o suficiente para esboçar um leve sorriso de satisfação ao ver o que restou do crânio de Ar- Zerakk.

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Aramil andava com dificuldade em direção à barreira tênue que anteriormente protegia o trono do rei Karanthir. Ao seu redor, o mago via a outrora majestosa floresta dos elfos silvestres se desfazer em chamas. Quando olhava para baixo, percebia que seu manto esmeralda estava repleto de sangue. Seu sangue. Colocando a mão sobre o enorme corte em seu abdômen, ele prosseguiu se lembrando de sua batalha contra o feiticeiro meio dragão. Uma batalha rápida e dolorosamente mortal.

Aramil se protegeu dentro de uma muralha de energia, e sabia que seu inimigo se teletransportaria para dentro dela. E foi realmente isso que aconteceu.

Quando ficou de frente para o mago elfo, o meio dragão desferiu um devastador sopro de fogo. Aramil havia predito isso também, tanto que invocou a proteção elemental de um Espírito da Água, e saiu ileso do ataque de seu inimigo.

Rapidamente, Aramil contra-atacou, usando uma de suas mais poderosas magias, o raio negro da desintegração. Seu raio atingiu em cheio o meio dragão, mas um instante antes de se desintegrar, ele esfaqueou o elfo com uma adaga mágica do sangramento. Se não fosse devidamente tratado, Aramil sangraria até morrer. Isso, nem mesmo o arqui-mago de Sindhar pôde prever.

Aramil não deu um único passo sem pensar em se teletransportar para Sindhar, mas ele sabia que enfraquecido como estava, não poderia garantir que chegaria a seu destino, e sabia que as coisas aqui não estavam bem. Hargor não os alcançou como prometera e nenhum dos outros saiu da barreira.
- Raças inferiores – cuspiu o mago enquanto caminhava debilmente apoiando-se em seu cajado – não fazem nada direito.

Apesar da arrogância, Aramil sabia que dificilmente conseguiria obter êxito onde todos os seus companheiros haviam provavelmente falhado. Contudo, ele tinha um plano de emergência.

E esperava viver tempo suficiente para descobrir se ele seria frutífero ou não...

6 comentários:

  1. Agora estou muito ansioso para saber o que vai acontecer. Espero que o plano do Aramil de certo. (e que ele tenha mais um desintegrar preparado)
    Thurxanthraxinzethos não pode prevalecer depois de cometer essas atrocidades. E a Astreya não pode ser levada para o harem desse monstro horrendo.
    (A historia esta excelente, Odin, mas escrever só um capítulo por semana é muito cruel. Tente escrever dois capítulos, por favor.)

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  2. Oyama Flagelo das Feras25 de setembro de 2010 às 09:33

    É... nem sempre as coisas seguem o caminho que a gente prevê.

    Ei Aramil, preste atenção no que vai fazer, agora está tudo em suas mãos, gostando ou não.

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  3. Ai minha gastrite... eu não posso ficar nervoso Odin!

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  4. Amigos... realmente uma grande tensão paira em meu cancioneiro. O desfecho dessa longa batalha logo se apresentará para nós...

    Obrigada sempre por vossas visitas e apreciações!

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  5. Selwyna, a Bruxa da Rosa Negra27 de setembro de 2010 às 15:52

    Pela Dama Vermelha (Wee Jas), tudo isso que está acontecendo é horrível, Astreya! Esse meio-dragão monstruoso não pode ter êxito em seus planos. Uma criatura maldita que só usa as mulheres como brinquedos e para criar mais monstros assassinos. Espero que o plano de Aramil seja efetivo, mas se tratando desse elfo arrogante duvido que tenha muito sucesso.

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