Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

sábado, 6 de novembro de 2010

As Crônicas de Elgalor - Capítulo 23: Reunidos uma vez mais.


Boa-noite, amigos! É com grande honra e alegria que vos trago neste sábado o décimo terceiro capítulo das Crônicas de Elgalor, sob a pena e a benção de Odin.
Boa leitura, e que os ventos da fortuna sempre vos acompanhem!


As Crônicas de Elgalor - Capítulo 23: Reunidos uma vez mais.


Por Odin.

Mais um dia se passou, e agora todos os heróis de Elgalor já estavam plenamente recuperados, ao menos fisicamente. Contudo, ainda havia questões que precisavam ser resolvidas antes que eles pudessem uma vez mais se reunir.

Pela manhã, na grande praça em frente ao belo palácio de Sírhion, Oyama, Hargor e Bulma aguardavam impacientes por Astreya, enquanto conferiam seus equipamentos. Junto deles, estava Thamior, o alto clérigo de Sírhion.
- Eu entendo a preocupação de Coran, Thamior – disse Hargor olhando atentamente para sua armadura que havia sido restaurada pelos hábeis ferreiros de Sírhion – mas ele não pode simplesmente impedir Astreya de sair, muito menos nos manter aqui contra nossa vontade.
- Muito menos nos deixando armados – disse Bulma conferindo o fio de seu machado.
- Eu só peço que esperem um pouco – respondeu Thamior ignorando o comentário de Bulma – esperem para que ele e Astreya resolvam isto.
- Muito bem – disse Oyama colocando suas braçadeiras – mas se ela quiser partir conosco e Coran não permitir...
- Vamos nos preocupar com isso caso aconteça – disse Hargor cortando o assunto – e enquanto estou aqui – continuou o anão em tom mais brando – vou ensinar a seus ferreiros como se junta as placas de uma armadura sem deixar brechas ou pontos frágeis nas articulações...

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Dentro do palácio, na câmara real, Astreya abriu educadamente a porta, fez uma mesura e esperou permissão para entrar. Ela vestia uma nova cota de malha élfica que lhe foi dada por Thamior, e carregava sua espada na cintura e arco nas costas. Coran estava sentado em seu trono de carvalho, lendo atentamente um pergaminho que acabara de receber de um mensageiro de Sindhar.
- Pode entrar, lady Astreya – disse ele de maneira polida, mas olhando com desagrado para as armas que a meio elfa carregava.
- Obrigada – respondeu a barda fazendo outra mesura – o senhor sabe porque vim.
- Sim – respondeu Coran se levantando de seu trono e caminhando em direção à Astreya – e agradeço por não ter simplesmente partido ignorando meu pedido.
- Ordem – disse Astreya com tristeza– o senhor não fez um pedido, me deu uma ordem ontem pela manhã.

Por um instante, Coran não soube o que dizer. Quando abriu a boca para falar, Astreya o interrompeu:
- Eu entendo sua posição, Coran. Mas preciso que entenda a minha também.
- Eu compreendo – disse Coran ficando a menos de dois metros de Astreya – e é por isso que com grande pesar não vou obrigá-la a partir daqui fugida, como se estivesse fazendo algo errado.
Desta vez, Astreya ficou sem saber o que dizer. Coran colocou a mão dentro de um bolso em seu cinto e tirou algo pequeno.
- Por favor, estenda sua mão – disse o rei à barda com a voz bastante calma.
Astreya estendeu sua mão direita, mesmo não entendendo o que aquilo significava. Coran colocou gentilmente na mão da meio elfa um pequeno e bem adornado anel dourado, com inscrições feitas em prata e ouro branco. Ao olhar para o anel, Astreya sentiu seu coração parar por um instante, e seus olhos começaram a lacrimejar.
- Coran... – disse a barda tentando organizar seus pensamentos – eu não posso...
- Você não precisa me responder agora – respondeu o rei colocando os dedos suavemente nos lábios da barda – guarde isso com você, de forma que possa sempre se lembrar de mim e de que tem um lugar para onde voltar. Quando tudo isso acabar, você me responde se aceita ou não meu pedido.
Astreya deu um forte abraço em Coran e começou a chorar. Pela primeira vez em muitos meses, de alegria, e não de preocupação ou medo. Ele ergueu delicadamente a cabeça da barda e ela naturalmente o beijou, selando um momento desejado por ambos há tempos.
- Apenas prometa, querida Astreya – disse Coran acariciando os belos cabelos ondulados da meio elfa – que você vai voltar para me dar sua resposta.
- Eu prometo – respondeu a barda recostando sua cabeça no peito de Coran – eu prometo...

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Ao final daquele dia, todos os preparativos finais haviam sido arranjados. Aramil foi para Sírhion encontrar seus “companheiros”, trazendo preciosas informações dadas pelo Alto Rei Thingol sobre a Torre do Desespero e o demônio que a guardava. Segundo o mago, o capitão Bheleg de Sindhar, com o consentimento do rei Coran, havia convocado o auxílio de uma experiente ladina élfica que trabalhava junto da tropa de elite mista formada por soldados de Sindhar e Sírhion. Ela encontraria os aventureiros em uma pequena vila outrora ocupada por humanos que fazia fronteira entre o reino de Kamaro e as Terras Sombrias.

Nos portões de Sírhion, os cinco heróis se reuniram e começaram a organizar seus planos.

- Irei nos teletransportar para um vilarejo humano abandonado à cerca de vinte quilômetros da região onde achamos que fica a Torre do Desespero – disse Aramil aos demais – é o mais próximo das Terras Sombrias que podemos chegar sem um grave risco da magia falhar. Lá vamos encontrar a ladina Tallin.
- A caminhada vai nos fazer bem, e espero que ela seja bonita e bastante “sociável” – respondeu Oyama – na verdade, achei que você não voltaria, Aramil.
- Para a sorte de todos vocês, eu decidi vir – respondeu o mago.
- Vou agradecer Moradin por nossa boa fortuna – disse Hargor em um tom ranzinza.
- Vamos logo! – exclamou Bulma – quero encontrar aquele maldito meio dragão e fazer um tapete com o couro dele!
- Não sabemos se ele estará na Torre ou não, Bulma – disse Hargor – mas se estiver...
- Vamos dar cabo da raça dele! – gritou Oyama levantando os punhos e gargalhando.
- Idiotas... – murmurou Aramil – novamente cercado por idiotas.

Astreya gargalhou. Eles estavam indo rumo às Terras Sombrias, um lugar amaldiçoado repleto de mortos vivos e demônios. Na Torre do Desespero, encontrariam um terrível arqui-demônio, e talvez até mesmo Thurxanthraxinzethos. Ainda assim, ela não conseguia parar de gargalhar.

Pois, apesar da triste morte de Erol, tudo estava voltando ao normal, e quando todo aquele pesadelo tivesse um fim, ela teria muitos motivos para querer voltar para casa.

6 comentários:

  1. Tchar'zanek, Deus do Sofrimento e Campeão do Chaos6 de novembro de 2010 às 17:16

    HAHAHAHAHAHAHAHA, finalmente chegou o momento tão aguardado! Quero ver quais são as informações que o incompetente do Thingol deve ter dado ao Aramil!
    Primeiro atacar os espíritos depois os corpos, já sei quais são as fraquezas psicológicas de cada um!

    OFF: Obrigado, Odin por escrever esse maravilhoso conto e por deixar dois personagens criados por mim participar dele (Gronark e Nubling)!
    Estou muito curioso para saber como o Gronark vai sair da torre sem comer os corações!
    Achei duas imagens, uma do Vardalon, pois aquela que eu e o Rafael te mandamos estava com o molde de arte nela, e uma do Gronark de como ele apareceu num dos vídeos da guerra!

    Gronark
    http://magnetica.ru/gallery/wp-content/uploads/warhammer.jpg

    Vardalon
    http://images3.wikia.nocookie.net/warhammeronline/images/2/23/Engra_Deathsword_Concept.jpg

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  2. Pena que não sou um elfo, senão gostaria de celebrar esse casamento...

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  3. Selwyna, a Bruxa da Rosa Negra6 de novembro de 2010 às 20:19

    Espero que ocorra tudo bem em sua jornada, amiga! Finalmente Coran teve a coragem para te pedir em casamento, e lembre-se de me chamar para sua madrinha, Astreya! Vou incomodar o tio Nubling para ele fazer o bolo de graça! Hehehe

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  4. Hahaha, fico feliz que tenham gostado, e agradeço-te pelas imagens, alter-ego de Tchar'zanek; provavelmente Gronark há de aparecer na abertura da segunda parte da história, no capítulo 26.

    Acredito que após o capítulo 25 teremos um e-book reunindo a primeira parte da história. Um ilustrador de Midgard contato meu alter-ego mortal e demonstrou bastante interesse em ilustrar as crônicas. Se tudo corre bem, o e-book contará inclusive com algumas ilustrações.

    Vejamos o que o futuro nos reserva...

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  5. Obrigada amigos! Selwyna, considere-se convidada para ser a madrinha, tu e Aldharon! Clérigo, seria muito bom ter vossa presença em nosso casamento...
    Também estou curiosa para ver como Gronark vai aparecer nesta torre.

    E vamos torcer para que as ilustrações saiam, não é, Odin? Façamos uma corrente positiva para que nosso artista consiga encontrar tempo e inspiração!

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  6. Esse ebook vai fica ótimo, ainda mais se tiver as ilustrações. Tomara que dê tudo certo!

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